Acusado da autoria do crime de introdução de mais de 30 agulhas no corpo de um garoto de 2 anos, o ex-padrasto do menino, Roberto Carlos Magalhães, está foragido da Cadeia Pública de Ibotirama, onde estava preso à disposição da Justiça.
Salvador
O ajudante de pedreiro Roberto Carlos Magalhães Lopes, vulgo "Bertinho", acusado de inserir dezenas de agulhas no corpo do enteado de 2 anos, em Ibotirama, na Bahia, fugiu neste fim de semana da delegacia da cidade, onde estava preso. Segundo o delegado Antonio Cordeiro, da Polícia Civil de Bom Jesus da Lapa, Lopes e mais dois detentos escaparam na madrugada deste domingo, pela porta da frente.
"Eles aproveitaram que as celas da delegacia de Ibotirama estavam em reforma e serraram as grades e o cadeado", diz o delegado. De acordo com Cordeiro, Lopes estava à disposição da Justiça aguardando julgamento.
Em janeiro deste ano, o ajudante de pedreiro foi denunciado À Justiça pelo Ministério Público da Bahia por tentativa de homicídio qualificado. A promotora responsável pela denúncia, Mariana Tejo de Oliveira, também denunciou Angelina Capistana dos Santos, amante de "Bertinho" que, segundo ele, ajudava-o a introduzir as agulhas no menino durante um ritual de magia negra.
As polícias Civil e Militar continuam as buscas atrás de Roberto Carlos Magalhães e dos outros fugitivos: Dercílio Ferreira e Lídio Lima, acusados de homicídio. Eles estariam, segundo as informações, na zona rural da cidade.
O caso do menino com as agulhas pelo corpo ganhou destaque no noticiário no fim do ano passado, após a criança reclamar de dores pelo corpo. Na ocasião, o padrasto da vítima confessou ter inserido, num suposto ritual de magia negra, os objetos no corpo do garoto para se vingar da mãe da criança e manter um relacionamento amoroso com Angelina. O menino passou por três cirurgias para a retirada de 31 agulhas.
Medo
A mãe do menino de 2 anos teme que o acusado não seja punido pelo crime. "Espero a justiça de Deus e a justiça da terra, que tem que ir atrás dele e colocá-lo atrás da jaula de novo. O que ele fez pode fazer com qualquer criança", teme Maria de Souza.
Ontem, peritos da Polícia Técnica fotografaram a delegacia onde Magalhães estava preso desde dezembro do ano passado. O acusado já foi ouvido pela Justiça, mas o juiz ainda não decidiu se ele vai para um manicômio judiciário ou se será condenado por tentativa de homicídio, conforme denúncia do Ministério Público.
A Gazeta
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