Cerca de cem contêineres e carretas carregadas com equipamentos eletrônicos afundaram no Rio Negro. A área segue interditada e duas pessoas continuam desaparecidas. Ainda não se sabe as causas do acidente.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Amazonas (Setcam) estima em cerca de R$ 30 milhões os prejuízos com o acidente no Porto Chibatão, na Colônia Oliveira Machado, zona norte.
De acordo com o secretário executivo do Setcam, Augusto Araújo, pela avaliação das empresas 68 carretas e 56 contêineres foram danificados com o deslizamento de terra nos pátios do porto privado. “Estamos trabalhando com a projeção de que cada uma delas levava cerca de R$ 220 mil em cargas. Além disso, tem também o prejuízo com as próprias carretas e os contêineres”, disse.
Araújo afirmou que grande parte das cargas que trafega nas embarcações segue com seguro bancário de um porto ao outro. “Cada empresa tem sua seguradora e está trabalhando para ser ressarcida do prejuízo material. Não acreditamos que haverá problemas com o ressarcimento, mas aquilo que a seguradora não cobrir, o Chibatão já aventou com a possibilidade de negociar com relação ao frete e demais serviços”, destacou Araújo.
Conforme avaliação da Setcam, 75% das cargas danificadas com o acidente eram destinadas ao comércio.
Segundo o administrador portuário do Chibatão, José Luiz Batista, as atividades de carga e descarga no porto continuam ocorrendo normalmente. “O rodofluvial (transporte), que vem de Belém (PA) de balsa, está desembarcando aqui no terminal. A diferença é que antes eu tinha duas rampas descarregando, agora só uma faz isso”, disse o administrador sem precisar em quanto tempo aumentou o processo de descarga no porto.
Resgates
Uma semana depois do deslizamento de terra nos pátios de armazenagem do Porto Chibatão, as buscas por vítimas e a retirada dos entulhos no local seguem lentas.
A administração do Porto Chibatão, que está responsável pelo trabalho de retirada dos contêineres, informou que, até ontem, só conseguiu retirar sete dos 56 contêineres do local onde houve o deslizamento de terras. Também até ontem, o Corpo de Bombeiros não havia localizado os corpos dos operadores de máquina Sílvio Barbosa, 63, e Pedro Paulo, 31, funcionários do porto. Os bombeiros informaram que as buscas continuam por tempo indeterminado.
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