O menor de 16 anos que participou do crime foi transferido para Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente
Nove dos dez detidos que invadiram o Hotel Intercontinental, em São Conrado, foram transferidos na manhã deste domingo para o Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Depois de passar a noite na delegacia da Gávea, os suspeitos fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal na manhã deste domingo. Eles serão indiciados por três crimes: porte ilegal de armas, cárcere privado e associação com o tráfico de drogas. O menor de 16 anos foi enccaminhado para Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
De acordo com o jornal O Globo, o confronto entre policiais e traficantes pode ter sido desencadeado por uma operação secreta da Polícia Militar do Rio de Janeiro, não autorizada pela Secretaria de Segurança Pública. A informação, porém, foi negada pelos representantes da PM. As fontes ouvidas pelo jornal afirmaram que 12 policiais à paisana tentaram prender Antônio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico da Rocinha. Ainda segundo a reportagem, Nem estaria em uma festa de aniversário, acompanhado por pelo menos 60 traficantes armados com fuzis, metralhadoras e pistolas.
Polícia tática em frente ao hotel Intercontinental em São Conrado, Rio de Janeiro (Felipe Dana/AP)
O confronto começou às 8 horas. Segundo a versão da polícia, um bando de traficantes da Rocinha, que fica no bairro, voltava para a favela, depois de ter passado a noite no Vidigal, morro próximo, dominado pela mesma facção criminosa. Na Avenida Niemeyer, que liga Leblon a São Conrado, o grupo encontrou policiais do 23.º Batalhão de Polícia Militar (Leblon). Começou então o tiroteio de 40 minutos.
Na fuga, os bandidos invadiram o cinco-estrelas na frente da praia, que tinha 800 hóspedes. Eles fizeram 35 reféns na cozinha do hotel – entre eles cinco hóspedes estrangeiros. Foram quase duas horas de negociação com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Dos dez bandidos, nove têm antecedentes criminais. No tiroteio, morreu Adriana Duarte de Oliveira dos Santos, de 41 anos, que, segundo a polícia, fazia parte do grupo de criminosos. Quatro policiais ficaram feridos.
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Fonte: VEJA
(Com Agência Estado)
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