terça-feira, 24 de agosto de 2010

Cientistas identificam proteína capaz de destruir HIV em macacos

'TRIM 5 alfa' pode ser base de tratamento contra vírus em humanos. Estudo foi focado em aminoácidos capazes de garantir imunidade

Já faz mais de 25 anos desde que os cientistas descobriram o HIV, o retrovírus responsável por causar a AIDS. Desde então, houve avanços no tratamento que ajudam a retardar a propagação do vírus, prometendo levar a pará-lo completamente, mas ainda sem a cura. Agora, Os cientistas  chegaram  a uma descoberta potencial:  identificaram um dos principais componentes "da TRIM5-alfa, uma proteína natural que" em massa " destrói o vírus em macacos rhesus.

"A descoberta pode levar a novos tratamentos baseados TRIM5a que nocautear HIV em humanos", o pesquisador Edward M. Campbell, PhD, Universidade da Loyola University Health System , disse em um comunicado de imprensa.

Proteína chamada TRIM5 alfa, capaz
de destruir o HIV em macacos resus.
No organismo dos primatas, o composto é responsável por prender e dizimar o vírus. Os homens também possuem uma versão da proteína, porém ineficaz para combater o agente responsável pela Aids.

"Ao continuar a estreitar sua busca, os cientistas esperam identificar um aminoácido, ou uma combinação de aminoácidos, que permitam TRIM5a a destruir o HIV. Uma vez que estes aminoácidos essenciais são identificadas, seria possível alterar geneticamente TRIM5a para torná-lo mais eficaz em seres humanos. Além disso, uma melhor compreensão do mecanismo de ação pode possibilitar o desenvolvimento de drogas que imitam a ação TRIM5a."


A TRIM5 alfa é composta por quase 500 aminoácidos. Seis deles, localizados em uma região pouco estudada do composto, foram identificados pelo trabalho da Universidade Loyola de Chigago como cruciais para a função de inibir o corpo de infecções virais. Quando alterados em células humanas, a proteína alfa perdeu sua capacidade de atacar o HIV.

A pesquisa foi feita em uma cultura de células, sem uso de seres vivos. O estudo será tema da edição de setembro da revista Virology.

Para detectar a reação com o HIV, os cientistas da Universidade Loyola atrelaram proteínas fluorescentes a TRIM5, permitindo destacar as interações microscópicas. A prática é comum nas pesquisas mais recentes envolvendo a proteína e o vírus.

A eficiência da TRIM5 alfa em macacos é conhecida desde 2004, porém a pesquisa liderada por Edward M. Campbell abre a possibilidade de saber exatamente quais mecanismos da proteína são responsáveis por destruir o HIV.

É um passo fundamental para conhecer como este efeito pode ser reproduzido em homens, seja pela manipulação da proteína no organismo dos humanos ou pela produção de compostos que simulem a ação da TRIM5 alfa.

Do G1 e outros

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