terça-feira, 20 de julho de 2010

Eliza está viva, diz advogado do goleiro Bruno.

Advogado de Bruno: Principal testemunha de defesa do goleiro é a Eliza Samudio
Para Ércio Quaresma, várias mulheres desaparecem para conseguir vantagens sobre os homens.





Rio - Mostrando a descontração e polêmico como sempre, o advogado Ércio Quaresma, que defende Bruno, Luiz Henrique Romão (Macarrão) e outros, afirmou nesta terça-feira que Eliza Samudio é a principal testemunha de defesa do caso que investiga sua própria morte.
Quaresma: 'Eliza era profissional do sexo' | Foto: Ney Rubens / Portal Terra

"Hoje, a Eliza (Samudio) é a principal testemunha de defesa do Bruno, Macarrão e dos outros. Até que se tenha corpo ou atestado de óbito, essa menina está viva. Ela ainda pode estar desaparecida por vingança. Várias mulheres fazem isso com os homens para conseguir alguma coisa. Sem o cadáver, a qualquer momento ela pode aparecer", disse Ércio Quaresma à Rádio CBN.



Ainda sobre Eliza Samudio, o advogado tentou desqualificar a mulher. "A mãe dela a abandonou em tenra idade. O pai dela é estuprador. Ela era atriz pornô, trabalhava em produções pornográficas, era profissional do sexo", disse.


Para Quaresma, a conduta da Polícia Civil de Minas Gerais está totalmente fora dos padrões de uma investigação séria e os erros cometidos pelos investigadores e autoridades serão suficientes para absolver Bruno e seus amigos de todas as acusações.

"Os erros da Polícia Civil de Minas Gerais vão absolver o Bruno, Macarrão e os outros. Esse vídeo ilícito, veiculado por uma emissora de televisão, custou a cabeça de duas delegadas (Alessandra Wilke e Ana Maria Santos). E podem esperar: mais cabeças serão decapitadas", afirmou.


Pressão psicológia e tortura
O advogado aproveitou para informar que a mulher de Bruno, Dayanne de Souza, voltará a ser sua cliente na quinta-feira. Em sua versão, Dayanne teria resolvido romper relações com ele em decorrência da pressão psicológica exercida pela Polícia Civil de Minas.
"Fizeram uma pressão psicológica muito grande para a Dayanne falar. Deixaram ela na delegacia o dia inteiro, dizendo que iriam atrás de cada um da família dela em busca de um depoimento. Depois, fizeram a Dayanne falar até às 4h da manhã. Mas gostaria de dizer que a Dayanne volta a ser patrocinada por nós na quinta-feira", afirmou.
Tortura é uma das palavras preferidas de Ércio Quaresma para qualificar o trabalho investigativo da polícia mineira. Além do problema com Dayanne, o doutor ainda comparou as autoridades do estado designadas para o caso com as da época da inquisição francesa, onde pessoas que não seguiam os preceitos da Igreja Católica eram classificadas como doentes ou bruxos, entregues e torturadas.


"Os torturadores da inquisição teriam aulas e pediriam benção para os policiais de Minas Gerais. Os investigadores estão fazendo tortura psicológica e, em alguns casos, agressão. O Macarrão foi agredido ontem", disse.
Quaresma afirmou também estar 'estarrecido' com a notícia de que o Supremo Tribunal de Justiça tenha negado  habeas corpus para Bruno, Dayanne e Macarrão.


"Estou estarrecido com essa notícia. Eu não fui ao STJ. Vou tomar uma providência e buscar um contato com o ministro. Vou ligar para o meu escritório agora. Isso não foi gente nossa", completou.
O DIA noticia o caso com exclusividade
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.
No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. No dia seguinte, O DIA noticiou, com exclusividade, o caso. Com equipes de reportagem no local, O DIA ONLINE acompanhou a investigação da história, minuto a minuto, a partir do dia 26 de junho.
A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa, mas logo conseguiu a liberdade. O goleiro e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.
Na quarta-feira 7 de julho, a Justiça decretou prisão preventiva do goleiro Bruno, o amigo Macarrão, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos - conhecido como "Neném", "Bola" ou "Paulista", sua mulher Dayanne e mais quatro envolvidos no crime. A polícia apreendeu ainda um menor, de 17 anos, primo de Bruno, que teria participado da trama. No dia seguinte, 8 de julho, a mãe de Eliza Samudio ganhou a guarda provisório do bebê, agora com 5 meses. No dia seguinte, Bruno, Macarrão e Neném foram convocados a prestar depoimento mas se negaram. Segundo seus advogados, os acusados só falarão em juízo.
Fonte: 
O DIA ONLINE

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