SÃO PAULO - Um homem que foi assaltado ao sair de um banco na Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo, fez exatamente o que a polícia não recomenda: reagiu ao roubo, acabou apanhando, e ainda assim perseguiu os assaltantes. Felizmente, a vítima teve apenas ferimentos leves. Os ladrões foram presos pela polícia dentro de uma lotação.
O assalto aconteceu na tarde desta quarta-feira, quando o homem, que não quer se identificar, sacou R$ 2,5 mil de uma agência bancária localizada na Rua Domingos de Moraes. Segundo a polícia, a vítima já devia estar sendo observada por um bandido, que avisou os comparsas do lado de fora. É o chamado crime da 'saidinha de banco', uma modalidade de roubo que cresceu muito nos últimos tempos em São Paulo. Clientes que fazem saques elevados são as principais vítimas.
O homem foi abordado na saída do estacionamento. Ele levou coronhadas no pescoço e chutes e teve o dinheiro e o celular roubados.
- Eles me deram duas coronhadas e chutes. Levaram o dinheiro e o celular - diz a vítima.
Mas através de um segundo celular que não havia sido roubado, a vítima conseguiu avisar a polícia.
- Depois, peguei minha moto e fui atrás deles - contou o homem.
Durante a fuga, a vítima foi informando a polícia sobre as ruas usadas pelos bandidos para fugir, as características físicas de cada um e as roupas que estavam usando.
Os bandidos ainda chegaram a atirar para o alto para intimidar o homem. Mesmo assim, ele continuou a perseguição.
Os ladrões também chegaram a jogar no chão R$ 1,4 mil do dinheiro roubado para que o homem desistisse. Mas ele continuou a perseguição.
A dupla acabou entrando numa lotação para despistar, mas foi presa pela polícia. Com eles, estavam o restante do dinheiro roubado e um revólver.
- A pessoa não deve reagir por instinto, arriscando sua vida - diz o delegado Airton Sante.
- A vítima deve sempre chamar a polícia - diz o delegado.
O Globo
Mostrando postagens com marcador vítima. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vítima. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 16 de março de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
Suspeito de matar jovem em balada diz que reza pela família da vítima
Igor Caleman foi morto na madrugada de domingo, 9 de janeiro, dentro de um bar em São Paulo. Acusado do assassinato, Raphael Carvalho falou pela primeira vez sobre o crime.
A violência de cada dia. Em 2010, em média, 113 pessoas foram assassinadas, todos os meses, em São Paulo - quase quatro mortes por dia. Nos últimos dias, dois assassinatos chamaram a atenção. Jovens foram mortos em baladas de bairros nobres da cidade.
Os jovens se divertiam em uma das regiões mais chiques de São Paulo, onde ficam os bairros Itaim Bibi e Vila Olímpia, lugar de muitos bares e boates. Na sexta-feira (21) e no sábado (22), produtores do Fantástico estiveram na região com uma câmera escondida. Flagramos muita gente bêbada e disposta a entrar em uma briga.
“Eu pago mil para não entrar. Mas pago R$ 10 mil para não sair”, diz um homem.
“Normalmente, chegam, sim, a vias de fato. Brigas por mulheres, por xingamentos, fila nos banheiros”, comenta a delegada Nilze Baptista Scapulatiello.
Igor Caleman cursava o último ano de Direito e trabalhava em uma empresa de cartões de crédito. Ele estava em um bar quando foi morto. Era madrugada de domingo, 9 de janeiro. Acusado do assassinato, o rapaz de 20 anos falou pela primeira vez com uma equipe de reportagem. Raphael Carvalho não quer mostrar o rosto. Diz que a briga começou depois de um esbarrão.
“Teve bate boca, troca de insultos, e o segurança separou a gente. Depois de uns dez minutos, fui fumar um cigarro com meus amigos. Estava na área de fumante. Ele puxou meu cabelo para baixo. Eu estava com o copo de chope na mão, e eu tentei me soltar. O copo acabou atingindo ele”, descreve Raphael.
O segurança do bar Luiz João Pedro Telles da Costa conta uma versão bem diferente.
“Do jeito que o rapaz que faleceu puxou o cabelo, pus a mão no peito dos dois. Do jeito que os dois foram para trás, o rapaz arremessou bem no pescoço do menino”, lembra o segurança.
“Não estava embriagado naquele dia. Era o meu segundo copo de chope, que eu nem tinha terminado ainda”, se defende Raphael.
Raphael faz faculdade de Administração e é analista de crédito em um banco. Foi preso em flagrante e indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de matar. Passou quatro dias na cadeia e foi solto. A Justiça decidiu que ele pode responder em liberdade.
“As investigações precisam ser aprofundadas, porque tudo leva a crer que Raphael agiu em legítima defesa”, avalia o advogado de Raphael, Luciano de Freitas Santoro.
“Se eu tivesse a possibilidade de falar alguma coisa para a família dele, eu diria que eu estou muito chateado com isso. Estou rezando todos os dias, peço pela minha família que está muito mal com isso. Peço pela família do menino, para o próprio menino encontrar uma luz, mesmo porque não foi minha culpa”, diz Raphael.
“O que eu falaria para ele é que ele causou muito mal para mim. Mas eu não posso me furtar como cidadão, de exigir justiça”, declara Gilson Caleman, pai de Igor.
Ruas movimentadas à noite toda e muitos jovens à procura de diversão. Foi na Vila Olímpica, região nobre de São Paulo, em frente a uma boate, que aconteceu outro caso recente de violência na balada paulistana. Uma foto foi tirada pouco antes de Ronald Braum, promotor de eventos, ser morto com um tiro. No último domingo (16), ele e cinco amigos se envolveram em uma briga. Motivo: um deles dançou com uma moça e um rapaz, de óculos, não gostou.
Na saída, um rapaz e outro - que estava de bermuda e aparentemente não tinha entrado na boate - discutiram de novo com Ronald e os colegas. O que estava de bermuda sacou uma arma e atirou várias vezes, matando Ronald e ferindo mais três pessoas. Os criminosos ainda não foram identificados.
“Ele não tinha o costuma de ir nessa balada, era a primeira vez. Primeira vez que ele foi conhecer”, diz Maria Rosa Alfredo Braum, mãe se Ronald.
As roupas dele vão ajudar as vítimas da chuva, no Rio de Janeiro.
“O pessoal que também, infelizmente, está passando pela dificuldade. A gente vai doar”, diz Rafael Alfredo Braum, irmão da vítima.
Na madrugada deste domingo (23), na saída de uma boate da Vila Leopoldina, Zona Oeste da cidade, flagramos o desespero de uma moça. Ela diz que estava com o namorado e que, mesmo assim, um homem levantou o vestido dela. Houve briga e ela acabou levando um soco no rosto.
“Pelo amor de Deus, ele me bateu muito. Eu quero ir embora”, se desesperava a jovem.
Estão na internet vários flagrantes de brigas na saída de baladas paulistanas. Para evitar que cenas assim terminem em tragédia, Gilson Caleman, o pai de Igor - o estudante que morreu ferido por um copo de vidro - faz ainda um apelo emocionado aos pais de jovens.
“Ensinem seus filhos um senso de amor ao próximo, de paz. Se a gente não der esses ensinamentos diariamente para os nossos filhos, as tragédias vão continuar acontecendo”, conclui.
FANTÁSTICO
![]() |
O estudante de Direito Igor Caleman, que morreu após briga em casa noturna de São Paulo |
Os jovens se divertiam em uma das regiões mais chiques de São Paulo, onde ficam os bairros Itaim Bibi e Vila Olímpia, lugar de muitos bares e boates. Na sexta-feira (21) e no sábado (22), produtores do Fantástico estiveram na região com uma câmera escondida. Flagramos muita gente bêbada e disposta a entrar em uma briga.
“Eu pago mil para não entrar. Mas pago R$ 10 mil para não sair”, diz um homem.
“Normalmente, chegam, sim, a vias de fato. Brigas por mulheres, por xingamentos, fila nos banheiros”, comenta a delegada Nilze Baptista Scapulatiello.
Igor Caleman cursava o último ano de Direito e trabalhava em uma empresa de cartões de crédito. Ele estava em um bar quando foi morto. Era madrugada de domingo, 9 de janeiro. Acusado do assassinato, o rapaz de 20 anos falou pela primeira vez com uma equipe de reportagem. Raphael Carvalho não quer mostrar o rosto. Diz que a briga começou depois de um esbarrão.
“Teve bate boca, troca de insultos, e o segurança separou a gente. Depois de uns dez minutos, fui fumar um cigarro com meus amigos. Estava na área de fumante. Ele puxou meu cabelo para baixo. Eu estava com o copo de chope na mão, e eu tentei me soltar. O copo acabou atingindo ele”, descreve Raphael.
“Do jeito que o rapaz que faleceu puxou o cabelo, pus a mão no peito dos dois. Do jeito que os dois foram para trás, o rapaz arremessou bem no pescoço do menino”, lembra o segurança.
“Não estava embriagado naquele dia. Era o meu segundo copo de chope, que eu nem tinha terminado ainda”, se defende Raphael.
Raphael faz faculdade de Administração e é analista de crédito em um banco. Foi preso em flagrante e indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de matar. Passou quatro dias na cadeia e foi solto. A Justiça decidiu que ele pode responder em liberdade.
“As investigações precisam ser aprofundadas, porque tudo leva a crer que Raphael agiu em legítima defesa”, avalia o advogado de Raphael, Luciano de Freitas Santoro.
“Se eu tivesse a possibilidade de falar alguma coisa para a família dele, eu diria que eu estou muito chateado com isso. Estou rezando todos os dias, peço pela minha família que está muito mal com isso. Peço pela família do menino, para o próprio menino encontrar uma luz, mesmo porque não foi minha culpa”, diz Raphael.
“O que eu falaria para ele é que ele causou muito mal para mim. Mas eu não posso me furtar como cidadão, de exigir justiça”, declara Gilson Caleman, pai de Igor.
Ruas movimentadas à noite toda e muitos jovens à procura de diversão. Foi na Vila Olímpica, região nobre de São Paulo, em frente a uma boate, que aconteceu outro caso recente de violência na balada paulistana. Uma foto foi tirada pouco antes de Ronald Braum, promotor de eventos, ser morto com um tiro. No último domingo (16), ele e cinco amigos se envolveram em uma briga. Motivo: um deles dançou com uma moça e um rapaz, de óculos, não gostou.
Na saída, um rapaz e outro - que estava de bermuda e aparentemente não tinha entrado na boate - discutiram de novo com Ronald e os colegas. O que estava de bermuda sacou uma arma e atirou várias vezes, matando Ronald e ferindo mais três pessoas. Os criminosos ainda não foram identificados.
“Ele não tinha o costuma de ir nessa balada, era a primeira vez. Primeira vez que ele foi conhecer”, diz Maria Rosa Alfredo Braum, mãe se Ronald.
As roupas dele vão ajudar as vítimas da chuva, no Rio de Janeiro.
“O pessoal que também, infelizmente, está passando pela dificuldade. A gente vai doar”, diz Rafael Alfredo Braum, irmão da vítima.
Na madrugada deste domingo (23), na saída de uma boate da Vila Leopoldina, Zona Oeste da cidade, flagramos o desespero de uma moça. Ela diz que estava com o namorado e que, mesmo assim, um homem levantou o vestido dela. Houve briga e ela acabou levando um soco no rosto.
“Pelo amor de Deus, ele me bateu muito. Eu quero ir embora”, se desesperava a jovem.
Estão na internet vários flagrantes de brigas na saída de baladas paulistanas. Para evitar que cenas assim terminem em tragédia, Gilson Caleman, o pai de Igor - o estudante que morreu ferido por um copo de vidro - faz ainda um apelo emocionado aos pais de jovens.
“Ensinem seus filhos um senso de amor ao próximo, de paz. Se a gente não der esses ensinamentos diariamente para os nossos filhos, as tragédias vão continuar acontecendo”, conclui.
FANTÁSTICO
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Vítima de sequestro acha algoz pelo orkut em SP e ajuda a prendê-lo
![]() |
Sequestrador |
O sequestro aconteceu em março deste ano, em Vargem Grande Paulista, na região metropolitana da capital paulista. A vítima foi levada para um matagal em São Vicente e, por três dias, ficou dentro de uma fossa de 1,5 metro de largura sem ver a luz do dia. Ela recebia comida por uma tampa. Depois, ela foi levada para uma casa na mesma cidade.
O cativeiro foi descoberto após uma denúncia anônima. Quando a polícia chegou ao local, ela estava sozinha.
- Ela foi então orientada a manter um certo contato (com o sequestrador), e com isso obter as informações que nós precisávamos para chegar até ele - explicou o delegado Idinelson de Jesus Martins.
Santos é apontado como um dos chefes do tráfico na Baixada Santista e estava foragido desde o ano passado, após ser beneficiado pela saída temporária de Dia das Crianças. Na casa do criminoso, que já foi condenado por sequestro, foram apreendidos 40 kg de maconha. A namorada dele, Kelly Daniele da Silva, de 20 anos, que também estava na residência, foi presa em flagrante.
O Globo
Assinar:
Postagens (Atom)