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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Paleontólogos desvendam criatura associada ao Monstro do Lago Ness

Fama de monstro, coração de mãe. Em síntese, esse é o retrato que uma dupla de paleontólogos traçou ao analisar um fóssil único: o de uma fêmea de plesiossauro grávida, com 80 milhões de anos.

A reputação dos plesiossauros anda manchada desde que esses répteis marinhos da Era dos Dinossauros foram associados ao célebre Monstro do Lago Ness, na Escócia. Faz quase um século que quem acredita na existência do bicho aposta que se trata de uma espécie sobrevivente de plesiossauro.

Dino-robô anda em ruas de Sydney para promover semana da ciência

Ninguém nunca provou que Nessie (como o monstro é conhecido) existe mesmo, mas o fóssil estudado pelo argentino Luis Chiappe, do Museu de História Natural de Los Angeles, e Frank O'Keefe, da Universidade Marshall (EUA), mostra que o bicho estava mais para uma baleia do que para um lagarto quando o assunto era ter bebês.

S. Abramowicz/Dinosaur Institute
Ilustração artística do plesiossauro com seu filhote; fóssil encontrado em 1987 só foi estudado agora

Até hoje, ninguém tinha muita certeza sobre o método reprodutivo adotado pelos plesiossauros. É verdade que os mares da época em que ele viveu estavam cheios de répteis que não botavam ovos e davam à luz seus filhotes dentro d'água, mas faltavam dados diretos sobre os bichos no registro fóssil.

DO BAÚ

Chiappe e O'Keefe mudaram isso ao resgatar da gaveta um esqueleto descoberto em 1987, no Estado americano do Kansas, mas nunca estudado. O exemplar de Polycotylus latippinus, que teria medido cinco metros quando vivo, estava misturado a uma estranha maçaroca de ossos menores e mais delicados.

Ocorre que esses ossos estavam posicionados "por dentro" do esqueleto principal. Embora a anatomia deles deixe claro que se trata da mesma espécie do bicho maior, o fóssil mais modesto está cheio de cartilagens e possui proporções do corpo que são típicas de um feto.

De quebra, não há sinais de que tenha sido devorado pelo grandalhão, o que faz com que a hipótese de gravidez seja a mais provável. Mais importante ainda, o bebê é grandalhão.

Ele e a mãe morreram antes do fim da gestação, mas os paleontólogos calculam que ele teria alcançado entre 35% e 50% do comprimento da genitora se tivesse nascido.

Essa proporção é fora de série mesmo entre os répteis aquáticos da Era dos Dinos. Mas bate com o que se vê entre bichos como orcas e outros mamíferos aquáticos de grande porte, por exemplo.

Dar à luz bebês grandalhões costuma ser uma estratégia evolutiva típica de espécies que investem muita energia nos filhos, cuidam muito deles mesmo depois do nascimento e formam grupos sociais grandes e estáveis.

Por isso mesmo, o estudo, que está na revista especializada "Science", aposta que o estilo de vida dos plesiossauros (ao menos no caso da espécie estudada) era surpreendentemente parecido com o de baleias, golfinhos "e outros mamíferos marinhos altamente sociais".

REINALDO JOSÉ LOPES
O Globo

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Fóssil de criatura estranha é encontrada por paleontólogos do Marrocos

Um grupo de paleontólogos encontrou o fóssil de um predador marinho que teria vivido entre 488 milhões e 472 milhões de anos atrás.

A criatura _ Anomalocaris_ provavelmente usava os membros da frente, que tinham o formato de duas garras encurvadas, para capturar alimentos.

Ela também possuía o corpo segmentado e filamentos que devem ter servido como guelras na respiração.

A descoberta, feita por uma equipe de Marrocos liderada por Peter van Roy e Derek Briggs, leva os pesquisadores a acreditarem que animais marinhos do período Cambriano seriam maiores e sobreviveriam mais do que se pensava antes.

A pesquisa será publicada na edição de 26 de maio da "Nature" neste mês.

Eurekalert!/France Presse
Ilustração artística de criatura marinha; fósseis indicam que corpo segmentado deve ter ajudado-a a respirar.

folha

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Daemonosaurus chauliodus: Nova espécie de dinossauro preenche hiato

Cientistas descobrem no Novo México o Daemonosaurus chauliodus, elo evolucionário entre dois grupos de terópodes.



NOVO MÉXICO - Um cientista da Smithsonian Institute descobriu, no Novo México, fósseis do crânio e das vértebras do pescoço de um Daemonosaurus chauliodus, um elo evolucionário entre dois grupos de dinossauros. A descoberta está na publicação "Proceedings of the Royal Society B".

Os mais antigos dinossauros bípedes conhecidos incluem espécies de predadores como o Herrerasaurus, que habitou a região hoje correspondente à Argentina e ao Brasil há cerca de 230 milhões de anos. Até agora, havia um hiato entre esses animais e os terópodes mais desenvolvidos, mas a análise da estrutura óssea mostrou que o Daemonosaurus chauliodus é esse elo.

O tamanho do animal não pode ser definido a partir do material encontrado, mas o crânio tem cerca de 14cm e o maxilar superior tem dentes grandes e inclinados para a frente. O Daemonosaurus chauliodus viveu no fim do período Triássico (antes do Jurássico), há cerca de 205 milhões de anos. A descoberta mostra que ainda há muito a aprender sobre a evolução dos dinossauros.

- A exploração contínua, mesmo em regiões bem exploradas, como o sudoeste dos EUA, ainda trará descobertas notáveis de fósseis - disse Hans Sues, curador de vertebrados no Museu de História Natural Smithsonian e principal autor da pesquisa.

O Globo