Claudeci Rocha levou dois tiros. "Foi muita covardia", disse o tio da vítima, o motorista Natalino Rossoni Serafim
foto: Marcos Fernandez - GZ
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| Natalino Rossoni Serafim, 43, foi ao DML liberar o corpo de seu sobrinho Claudeci Serafim Fraga, assassinado no Clube do Grupo Aguia Branca |
O mecânico Claudeci Serafim da Rocha, 28 anos, foi executado com dois tiros, sendo que um atingiu o coração, na noite de sábado (16), dentro da área externa do clube da Associação de Funcionários do Grupo Águia Branca, em Vila Palestina, Cariacica. No momento do crime, acontecia uma festa dentro do clube. Claudeci estava acompanhado de um irmão e de um amigo que trabalham na empresa.
As investigações apontam que o motivo da execução teria sido um esbarrão no assassino quando Claudeci estava pagando uma bebida no bar. Ele e o rapaz suspeito acabaram discutindo, mas a confusão acabou resolvida no mesmo instante. Antes de ir embora, o suspeito teria feito ameaças dizendo "a história não ia ficar assim".
No entanto, o bandido retornou logo depois na garupa de uma moto e efetuou sete disparos na direção de Claudeci quando ele caminhava em direção ao carro para ir embora. Dos sete tiros, dois o atingiram, um foi na perna direita e outro nas costas que acabou perfurando o coração, segundo informações do tio da vítima, o motorista Natalino Rossoni Serafim, 43.
"Foi muita covardia. Nós queremos saber se eles foram revistados na hora de entrar e como entraram com a arma. Achamos um descaso por parte dos seguranças", disse Natalino.
Após ser atingido, Claudeci caiu no chão e agonizou por alguns minutos. De acordo com a família, o socorro demorou e foram os policiais militares que atenderam a ocorrência que o socorreram para o Hospital São Francisco, mesmo município. Mas, ele não resistiu. O corpo de Claudeci será velado na igreja Assembleia de Deus de Areinha, Viana.
Em nota, empresa afirma que pivô da briga era convidado
Em nota, a Viação Águia Branca informou que Claudecir Serafim da Rocha se envolveu numa discussão que ocorreu no final da festa, envolvendo cerca de 10 pessoas. Diante do tumulto, a equipe de segurança do evento colocou parte dos envolvidos para fora. Um deles, convidado da festa, saiu prometendo reagir.
A chefia da segurança recebeu a informação e determinou que o portão do estacionamento, que já estava liberado para a saída de veículos, fosse trancado. Quando um dos vigias foi fechar o portão, entretanto, foi rendido por dois homens que estavam de moto e invadiram o estacionamento. O homem que estava na garupa da moto, que havia sido retirado da festa após a discussão, estava com arma em punho.
A Viação Águia Branca destaca que havia segurança reforçada no evento, tanto na entrada do salão quanto na entrada do estacionamento. Todas as pessoas que entraram na festa, inclusive, passaram por detectores de metais. O incidente, porém, ocorreu no fim da festa, quando o estacionamento ainda estava liberado, para a saída de veículos. O vigia que ia fechar o portão não reagiu, para não iniciar uma troca de tiros e, assim, impedir que outras pessoas saíssem feridas.
A Viação Águia Branca informa ainda que está apoiando as investigações, fornecendo as informações necessárias à polícia, bem como amparando a família da vítima. No salão do clube existem câmeras, mas elas não estavam funcionando durante a festa, devido a um pique de energia ocorrido por volta das 17h30 de sábado, que desativou o sistema de monitoramento.
Natalie Marino -A GAZETA
