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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Aurora boreal e aurora austral. Espe­táculos fantásticos nos céus dos hemisférios

Nas altas latitudes, ocorrem às vezes no céu espe­táculos fantásticos que são chamados de aurora boreal, no hemisfério norte e no hemisfério sul, aurora austral. Essas auroras são produzidas quando partículas eletricamente carregadas prove­nientes do Sol colidem com átomos e moléculas da ionosfera, a uma altitude de 80 a 500 quilômetros, levando-os a emitir luz.
Aurora Boreal no Polo Norte

Esses prótons e elétrons solares afluem para a terra transportados pelo vento solar, uma podero­sa rajada de partículas que parte do sol a 2 milhões de quilômetros por hora. O vento solar também car­rega parte do campo magnético do Sol, que intera­ge com a magnetosfera terrestre e permite que as partículas mergulhem em direção à terra ao longo de linhas de força magnética próximas aos pólos.

Formação da aurora

É na área de vários milhares de quilômetros do nosso planeta que estes fenômenos surgem. É a corona solar, que emite este plasma do vento na forma de partículas energéticas (elétrons e íons) que se move a cerca de 450 km / s. As partículas do vento solar com a origem da aurora são emitidos pelo sol na forma de um plasma extremamente quente pulverizadas em direção à  terra . Este fenômeno é devido à chegada dessas partículas carregadas ejetada pelo Sol, que colide com o campo magnético da  terra. Estas alta energia de partículas carregadas são então capturados e encaminhados pelas linhas do campo magnético da  terra em direção ao círculo polar. Estes elétrons e prótons, por vezes, excitar ou ionizar os átomos da atmosfera superior (ionosfera). Os átomos animado, não pode permanecer nesse estado, uma camada de troca eletrônica, liberando um fóton. Essa ionização provoca a formação do arco da aurora, cuja cor depende dos átomos ionizados e altitude, o que muda tons que vemos no céu, a altitudes entre 80 e 1000 km.



Na antiguidade, quando o imenso véu colorido irrompia a noite, era sinal de uma fúria divina ,um prenúncio de alguma catástrofes ou guerras, em outras palavras:castigo certo. O terror se espalhava entre os espectadores. Aquilo só podia ser coisa de Deus. Ou do diabo. E Logo as primeiras pessoas começaram a tentar desvendar este mistério e começaram a surgir as primeiras teorias.

Espíritos?
Para os índios as luzes do norte eram como espíritos humanos dançantes, fantasmas dos seus inimigos que, querendo vingança, tentavam voltar.

Havia quem acreditasse que eram espíritos jogando bola com crânios humanos e andassem armados para enfrentá-los.Já para os Esquimós as luzes representavam o espírito da floresta e dos seus animais.

Galileu Galilei
Aos poucos o segredo do fenômeno foi sendo desvendado e em vez de fúria divina, descobriram um outro tipo de fúria... Em 1621, um homem que investigava o movimento dos astros começou a explicar o que antes apenas apavorava a humanidade. Já que, por algum motivo que ele não suspeitava, a luminosidade noturna quase sempre ocorria no norte da Europa, ele começou batizando o fenômeno de "aurora boreal”.

Aurora Boreal
Em referência à deusa romana do amanhecer: aurora e ao seu filho Bóreas, que representante dos ventos nortes. A expressão que ele inventou é usada por muita gente até hoje. Mas não é a mais correta.

No século seguinte, o navegante inglês James Cook, descobridor da Austrália, presenciaria no Oceano Índico a aurora de Galileu, mas na direção do pólo sul. Chamou-a de aurora austral. A partir daí, ficou claro que ela não pertencia exclusivamente ao norte, mas às duas regiões polares do  planeta. Veio daí o nome aurora polar.

Edmond Halley
Um sujeito que entrou para a história na cauda de um cometa, o astrônomo Edmond Halley foi o primeiro a ligar a ocorrência das auroras polares ao campo magnético terrestre.

Fúria Do Sol
No entanto, foi apenas no fim do século XVIII que outro pesquisador, o americano Elias Loomis, daria um passo decisivo para transformar o mistério da aurora em ciência, ao investigar a atividade solar. Ele percebeu que ao ocorrer uma erupção solar 20 a 40 horas mais tarde tinha-se notícia de uma espetacular aurora em regiões próximas ao norte do Canadá e dentro do círculo polar ártico.

Mas que relação pode existir entre uma erupção solar, auroras polares ocorrendo dois dias depois (a 149 milhões de quilômetros de distância do Sol) e, o campo magnético terrestre?

Vento Solar
Essa relação é dada pelo vento solar, uma descoberta que ainda não completou meio século. No fim da década de 50, os cientistas perceberam que, além de luz e calor, o Sol também emite grandes quantidades de matéria, ou, mais exatamente, prótons e elétrons, Deu-se o nome de vento solar a este fluxo de prótons e elétrons carregados eletricamente.

Erupção Solar
Ele é ininterrupto, mas quando há uma erupção solar toma-se mais violento.
Quando o vento solar entra em contato com o campo magnético terrestre, parte das partículas é atraída para onde existe maior atividade magnética, ou seja, nos pólos.

Com o movimento de rotação da  terra , formam-se nestas regiões linhas de magnetismos em forma de espiral. É ali que as partículas vindas do Sol serão aceleradas. Em contato com o oxigênio e nitrogênio livres na alta atmosfera, as partículas aceleradas emitem luz, como se estivessem num tubo de lâmpada fluorescente.

Fenômeno Natural... ...ou não
As auroras Boreais não são fenômenos exclusivamente naturais, elas podem ser provocadas por outros motivos.

Aurora Artificial
Formadas através de explosões nucleares em altas camadas da atmosfera (em torno de 400 km). Tal fenômeno foi demonstrado pela aurora artificial criada pelo teste nuclear americano: Starfish Prime, em 1962. Nessa ocasião o céu da região do Oceano Pacífico oi iluminado pela aurora por mais de sete minutos. Tal efeito foi previsto pelo cientista Nicholas Christofilos, que havia trabalhado em outros projetos sobre explosões nucleares.

Auroras Viajadas
Tanto Júpiter quanto Saturno também possuem campos magnéticos muito mais fortes que os terráqueos e ambos possuem grandes cintos de radiação. O efeito da aurora polar vem sendo observado em ambos, mais claramente com o telescópio Hubble.

Tais auroras parecem ser originadas do vento solar. Por outro lado, as luas de Júpiter, em especial, também são fontes poderosas de auroras. Elas são formadas a partir de correntes elétricas pelo campo magnético, geradas pelo mecanismo de dínamo relativo ao movimento entre a rotação do  planeta e a translação de sua lua. Particularmente, Júpiter possuivulcões ativos e ionosfera.

Como as terrestres, as auroras de Saturno criam regiões ovais totais ou parciais em torno do pólo magnético. Por outro lado, as auroras daquele  planeta costumam durar por dias, diferente das terrestres que duram por alguns minutos somente. Evidênciasmostram que a emissão de luz nas auroras de Saturno contam com a participação da emissão de átomos de hidrogênio.

Uma aurora foi recentemente detectada em Marte por uma sonda espacial durante suas observações do  planeta em 2004, com resultados publicados no ano seguinte. Marte possui um campo magnético mais fraco que o terrestre, e até então pensava-se que a falta de um campo magnético forte tornaria tal efeito impossível. Foi percebido que o sistema de auroras de Marte é bastante parecido com o da  terra , sendo comparável às nossas tempestades de baixa e média intensidade.

Auroras Coloridas
As auroras boreais mais comuns têm uma cor verde-amarelada, e resultam do choque com átomos de oxigênio a alturas de entre 90 e 150 quilômetros. Também as auroras vermelhas, que ocasionalmente aparecem acima das verdes, são produzidas pelos átomos de oxigênio, enquanto que as azuis se devem aos íons das moléculas de hidrogênio. As auroras boreais produzem-se tanto no Inverno como no Verão, mas são invisíveis à luz de dia e, por isso, não se vêm no Verão. As épocas em que há mais probabilidades de vê-las são de Setembro à Outubro e de Fevereiro à Março, a partir das 9 da noite, sendo que a melhor hora é por volta das 23:30.

Auroras Famosas
As especulações sobre as auroras boreais não são exclusividades dos povos antigos. Hollywood também já criou várias lendas em volta das místicas auroras boreais. Uma aurora boreal causou uma anomalia temporária no filme AltaFrequencia, com Dennis Quaid. Como resultado, um filho conseguiu comunicar-se com seu pai por rádio amador trinta anos no passado e alterou a curso da história. As auroras boreais também fazem sucesso em filmes infantis como HappyFeet e Irmão Urso. Ou Resgate Abaixo de Zero, onde cachorros ficam perdidos na Antártica seguindo uma aurora boreal.

Sons?
Através da história as pessoas vêm escrevendo e falando sobre sons associados às imagens da aurora. Um explorador dinamarquês mencionou tal efeito em 1932 enquanto descrevia tradições folclóricas dos esquimós da Grelândia. Os mesmos sons no mesmo contexto já haviam sido mencionados por um antropólogo canadenseem 1916.

Público Cornélio, um historiador da Roma antiga, escreveu em sua obra Germânia,que os habitantes da Germânia aclamavam escutá-los da mesma maneira.

Atualmente várias pessoas continuam reportando tais sons, ainda que suas gravações nunca tenham sido publicadas, e que existam problemas científicos com a idéia de sons originados de auroras serem ouvidos. A energia das auroras e outros fatores tornam improváveis que sons atinjam o solo, e a coincidência dos sons com as mudanças visíveis da aurora conflitam com o tempo de propagação necessário para que o som possa ser ouvido.

Alô, Aurora?

Sempre a cem quilômetros das nossas cabeças, no mínimo. A distância é providencial, pois a formação da aurora polar libera energia da ordem de um milhão de watts (o que produz, no pico, a Usina de Sobradinho, no rio São Francisco). Mesmo assim, de longe, elas provocam tempestades magnéticas tão fortes que costumam afetar os rádio - transmissões, o movimento das bússolas, a ação de radares e até mesmo a rota de alguns satélites.Parece coisa de doido mas, nos Estados Unidos, existe um serviço para astrônomos amadores que informa a ocorrência de erupção solar. Para quem estiver realmente disposto a conhecer ao vivo o panorama oferecido por estas páginas, o mapa da mina é esta espécie de "Disque Aurora": 001-303-497 3235. É o SpaceEnvironmentalService Center, que fica no estado do Colorado.

Auroras do Amor
Enquanto se sabe tão pouco sobre a influência das tempestades magnéticas no metabolismo humano, algumas agências de turismo japonesas continuam vendendo viagens pelo Círculo.

Enquanto se sabe tão pouco sobre a influência das tempestades magnéticas no metabolismo humano, algumas agências de turismo japonesas continuam vendendo viagens pelo Círculo.Polar Ártico para casais que não conseguem ter filhos. Dizem que fazer amor debaixo de uma aurora polar aumenta a chance de concepção. Nada de científico. Talvez seja puro magnetismo. [Fontes: Yesachei e slideshare.net]




Planeta Extremo testemunha aurora boreal na Noruega

A equipe enfrentou frio de -30°C e o perigo de ursos polares em 15 dias de caça por um dos fenômenos mais surpreendentes do  planeta

Neste episódio de  planeta Extremo, o repórter Clayton Conservani viajou em busca da aurora boreal. Ela só é encontrada em lugares onde a luz do sol quase não aparece e o frio bate os -30ºC. Por isso, é muito raro encontrar alguém que tenha tido o privilégio de ver - com os próprios olhos - esse que é um dos fenômenos mais incríveis da natureza. Não é o caso do repórter Clayton Conservani.

A equipe partiu de Longyearbyen, no arquipélago de Svalbard, extremo norte da Noruega, o ponto da  terra  permanentemente habitado mais próximo do Pólo Norte, atrás do desafio de encontrar a aurora boreal. Em algumas noites, é possível ver as luzes coloridas dançando na atmosfera. A caçada não fácil. O frio de -30°C é apenas um dos obstáculos. O outro é assustador: 2,5 mil ursos polares, soltos no gelo.

Nessa parte da Noruega, não teremos a luz do dia em nenhum momento. São seis meses de escuridão no inverno. Para chegar perto da aurora boreal, nossa expedição vai usar apenas trenós. Ela pode durar até duas semanas.

O impacto da primeira visão da aurora boreal é grande, mas sabemos que o efeito pode ser mais espetacular. As luzes estão fracas. É preciso buscar regiões onde clima esteja favorável e o céu claro.

A próxima chance está a 850 quilômetros de distância, na cidade de Alta. Dessa vez, teremos um pouco de conforto. Vamos passar a noite em um hotel de gelo que só funciona no inverno. Para construir o hotel, foram usadas 600 toneladas de neve e 300 de gelo.

Depois, prosseguimos sem medo, enfrentando apenas o clima agressivo. Caminhamos por duas horas, mas novamente não conseguimos avistar a aurora boreal. Será que viemos de tão longe para não encontrarmos esse fenômeno? Agora, só temos mais uma chance. O suspense vai durar até a última cidade.

São 310 quilômetros de estradas escorregadias e curvas perigosas até chegar a Tromso. Nessa parte da Noruega, mesmo no inverno, teremos algumas horas de luz depois da escuridão do extremo norte.

Vamos direto para o Observatório de Tromso em busca de dicas para encontrar a aurora boreal. O pesquisador Helge Nylund tenta simplificar e diz que a aurora é um doce sopro vindo do sol. Na verdade, as explosões solares liberam partículas de elétrons, que são atraídas para os pólos da  terra . Quando os elétrons chegam à atmosfera, colidem com átomos de oxigênio e nitrogênio, e o resultado desse choque é a Aurora boreal, a 100 quilômetros de distância da  terra.

O estudioso nos recomenda procurar um caçador de aurora boreal. Seguimos a dica e encontramos Kjetil Skogli, um dos melhores do mundo para capturar a aurora. Kjetil explica que existem diferentes formas na Aurora boreal e diz que vai nos ajudar. Quando os primeiros raios de sol aparecem, já estamos caminhando. Kjetil nos leva por uma trilha íngreme em uma montanha.

Nosso guia diz que vamos precisar de calma e resistência. A aurora boreal está prestes a surgir quase na fronteira com a Finlândia. São mais cinco horas de viagem, debaixo de uma nevasca. Vamos percorrer 16 quilômetros pelo Vale das Trutas, usando trenó até o ponto ideal para avistarmos as luzes do norte.

Subimos e descemos pelo Vale das Trutas até uma planície onde vamos passar a noite. Chegamos a um lugar perfeito para avistarmos a aurora boreal, bem longe das luzes da cidade. É esperar pela escuridão completa e tentar ver as luzes do norte. Já são 15 dias de viagem pela Noruega. Nosso prazo está esgotado.

De repente, o céu começa a se transformar, as luzes parecem assombrações coloridas vindas de todas as direções. O repórter Clayton Conservani comenta o fenômeno: “É emocionante e ao mesmo tempo assustador. A sensação é de que estamos em um sonho ou tendo algum tipo de alucinação”.

Foram duas horas de magia. Usamos uma câmera especial para captar a aurora boreal, mas o fenômeno é tão complexo que é difícil sincronizar o áudio com a imagem, e entendemos por que a Aurora boreal é considerada o fenômeno mais espetacular do planeta  terra.

Até o experiente Kjetil se comove: “O céu está repleto de aurora boreal. Não importa se você busca isso por 10 ou20 anos. Quando o céu está cheio de luzes do norte, é sempre lindo. Essa noite nós tivemos muita sorte, foi um grande show”. [Site do Fantástico]


domingo, 29 de janeiro de 2012

Brasileiro se torna 'caçador' de aurora boreal na Noruega

Brasileiro se torna 'caçador' de aurora boreal na Noruega
Carioca conduz expedições em busca do fenômeno.
'Luzes do norte' causam emoção e medo em quem presencia.

A curiosidade em desvendar os mistérios em torno das auroras, fenômenos que acontecem em regiões próximas aos polos terrestres, tem levado grupos de brasileiros a enfrentar o frio da região do Ártico para conhecer de perto a ˜dança das luzes˜.


Neste domingo (29), um grupo de 75 pessoas parte para a Noruega juntamente com o advogado carioca Daniel Japor Garcia, 37 anos, que se especializou em guiar conterrâneos pelas terras gélidas do país nórdico, um dos países do Hemisfério Norte afetados pelas tempestades solares.

Com quatro viagens na bagagem, Japor pode ser surpreendido junto a outros turistas brasileiros em 2012 por atividades solares mais intensas, já constatadas pelos cientistas na última semana, que resultaram na aurora boreal mais forte dos últimos seis anos.
Aurora boreal observada na cidade norueguesa de Svalbard. (Foto: Daniel Japor / Divulgação)

“Equipes que estavam na região quando as luzes apareceram disseram que nunca viram nada parecido. Espero conseguir visualizar alguma 'rebarba' desta aurora forte”, disse.

Curiosidade
A expedição vai passar pela cidade de Svalbard, a Ilha de Tromso, além do arquipélago de Lofoten -- todas localidades do território norueguês -- e acontecerá durante o melhor período de visualização, que vai de janeiro e março, quando o céu da região fica quase sem nuvens.

O carioca conta que sempre teve curiosidade em conhecer a aurora boreal. Em 2006, durante uma viagem à Europa, teve a oportunidade de admirá-la pela primeira vez.



“Na hora, chorei de emoção. Porém, senti um pouco de dificuldade em conseguir ir aos locais onde poderíamos ver melhor este fenômeno. Na segunda vez que fui para lá, treinei as rotas e, a partir desta experiência, comecei a formar grupos de interessados na aventura”, disse.

“Na última vez que a vi, em fevereiro de 2011, foi em Svalvard. Foi muito forte, tanto que a neve parecia acender. Parecia que a gente conseguia pegar com a nossa mão, de tão intenso que foi, embora estivesse a cerca de 100 km de distância da superfície terrestre˜, disse.

Segundo Japor, para guiar o grupo por estradas com neve, entre montanhas e longe das grandes cidades, ele teve que se aprofundar na geografia da região, além de aprender a operar equipamentos que conseguem detectar as atividades solares.

“Acabamos estudando um pouco de astronomia e climatologia. Existem vários sites que apontam onde vão ocorrer essas atividades, que dependem da intensidade das tempestades solares. A partir destas informações, seguimos para a caçada˜, afirma. “Porém, tem dia que mesmo com o tempo aberto a aurora não aparece˜, disse.

Nesta expedição os brasileiros serão divididos em dois grupos. A viagem dura em média 11 dias e custa aproximadamente R$ 10 mil por pessoa.
O advogado e 'caçador de aurora' Daniel Japor já foi
4 vezes para o Ártico.(Foto: Daniel Japor/Divulgação)

Tempestade solar
A atividade solar também afeta o Polo Sul, onde o fenômeno recebe o nome de aurora austral. Já na parte de cima da Linha do Equador, as fortes luzes do espetáculo visual podem ser vistas na Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Rússia, parte da América do Norte e na Escócia.

As auroras podem causar alterações nos sistemas de satélites e pode afetar comunicação por rádio nos polos. A aurora boreal da última semana atingiu grau 3, de uma escala utilizada pela agência espacial norte-americana (Nasa) que vai até 5.

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), a navegação aérea e as plataformas petrolíferas também podem ser afetadas nestas regiões devido ao fenômeno espacial.

Eduardo Carvalho
Do Globo Natureza, em São Paulo

domingo, 3 de julho de 2011

Aurora Boreal. Em 2012, fenômeno luminoso que ocorre no pólo Norte poderá ser visto até a latitude de Roma

A aurora boreal, fenômeno luminoso que ocorre no pólo Norte geralmente na época dos equinócios, está se intensificando desde 2007 e deve atingir o ápice de luminosidade em 2012, segundo a Nasa

O fenômeno é causado pelos ventos solares que carregam um fluxo contínuo de partículas elétricas liberadas pelas explosões que ocorrem na superfície do Sol. Quando estas partículas atingem os campos magnéticos da Terra algumas ficam retidas provocando a luminosidade intensa pela liberação de energia ocorrida com a colisão destas partículas com as moléculas e átomos presentes na atmosfera.

O fotógrafo islandês Orvar Thorgiersson, 35, está registrando a evolução do fenômeno. "Agora há dias em que as luzes são tão claras que você pode ler um livro à noite. Elas são mais claras que a lua", diz.

O evento será causado pelo máximo solar, período em que o campo magnético no equador do sol roda num ritmo ligeiramente superior ao dos seus pólos.

O ciclo solar leva em média 11 anos entre um máximo solar e o outro.

O último máximo solar ocorreu em 2000. Segundo a Nasa, o próximo, que ocorrerá em 2012, deve ser o maior desde 1958, quando a aurora boreal surpreendeu os habitantes do México com três ocorrências.

Em 2012, espera-se que as luzes da aurora possam ser vistas até a latitude de Roma. No entanto, caso seja de fato tão intenso, o fenômeno poderá causar problemas a telefones celulares e sistemas de GPS pela liberação de energia num grau mais elevado.

BBC