segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Mistério da 'ilha fantasma' do Pacífico foi solucionado, diz cientista

Cientista diz que mistério da 'ilha fantasma' do Pacífico foi solucionado
Pesquisador apontou erro em marcação feita por baleeiro em 1876.
Polêmica começou quando grupo de navegadores não encontrou território.

Um pesquisador da Nova Zelândia assegurou nesta segunda-feira (3) que o mistério da "ilha fantasma" do Pacífico sul, que aparece nos maiores atlas do mundo mas não está no lugar indicado, se deve a um erro dos dados coletados por um baleeiro em 1876.

Esta ilha pode ser vista no atlas digital do Google Earth e é chamada de Sandy Island, no mar de Coral, no meio do caminho entre Austrália e o território francês da Nova Caledônia. Mapas marítimos também destacam sua existência, mas uma equipe de cientistas australianos que foi a sua procura não a encontrou no lugar informado pelos mapas.

Shaun Higgins, cientista do museu de Auckland, intrigado pela história, foi investigar nos arquivos. "A ilha foi mencionada pelo baleeiro Velocity", declarou o investigador à rádio ABC. O capitão do barco mencionou uma série de "quebra-mares" e algumas "ilhotas de areia".

"Suponho que na época eles notificaram um risco. Podem ter encontrado um recife em formação pensando que era um recife já formado. Existem várias possibilidades", completou. "O que temos é um ponto no mapa, anotado na época e que desde então vem sendo repetido", concluiu.

O caso da ilha fantasma começou um debate intenso na internet. No portal www.abovetopsecret.com, um internauta assegura que de acordo com o serviços hidrográficos franceses, o ponto deveria ter sido retirado dos mapas em 1979.

Reprodução do Google Earth mostra local onde ilha deveria estar, na Oceania (Foto: Reprodução/The Times)Teorias da conspiração

O tema também ganhou as redes sociais.
Pelo Twitter, usuários disseram que no Yahoo Maps e no Bing Maps a ilha também consta como Sandy Island, mas que ao fechar o zoom, o território desaparece. Teorias conspiratórias entre os internautas apontam para um possível "truque" de cartógrafos, que incluiriam territórios falsos em seus mapas para saber quando alguém está tentando roubar seus dados.

Outros diziam que o serviço de hidrografia da França já havia identificado que a ilha não existia e tinha solicitado que ela fosse apagada de mapas e cartas náuticas ainda em 1979. Em resposta à polêmica, o Google disse que recebia com bons olhos o feedback dos cientistas a respeito do mapa.

"Nós trabalhamos com uma ampla gama de fontes de dados comerciais e de pessoas respeitadas para levar aos nossos usuários os mapas mais atualizados e ricos em detalhes. Uma das coisas mais empolgantes sobre mapas e geografia é que o mundo é um lugar em constante transformação, e manter-se por dentro dessas mudanças é um esforço sem fim", disse um porta-voz da empresa.

G1

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