quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Truques simples para acabar com o o estresse e aliviar a ansiedade

Não dá para evitar: a vida moderna causa estresse e ansiedade. Coisas importantes como a insegurança no emprego, ou pequenas como uma pia entupida, vão se amontoando e os níveis de ansiedade vão aumentando, e vão mudando o cérebro das pessoas.


Agora, pesquisadores dizem que podemos treinar o cérebro para ser menos ansioso, com uma terapia comportamental-cognitiva (TCC), um conjunto de técnicas que ajudam a mudar a nossa massa cinzenta, literalmente.
A TCC é centralizada na ideia que podemos nos libertar de angústias se nos tornamos conscientes de nossa forma distorcida de ver as situações, particularmente as estressantes, ajustando desta forma nosso comportamento.
E a história de mudar o cérebro não é brincadeira: um levantamento em 2012 apontou que a TCC aumenta o córtex prefrontal – a parte do cérebro associada com a ponderação e as decisões – e diminui o tamanho da amídala, a região associada com o estresse e o medo.
É uma maneira de recuperar controle da própria vida, mudando não só a maneira de pensar, mas a própria estrutura do cérebro. Você pode tentar uma TCC com as técnicas abaixo, ou então consultando com um terapeuta especializado, e quanto mais incorporar estas técnicas ao seu dia-a-dia, melhor vai enfrentar os pensamentos ansiosos.
Experimente as técnicas, repita as que funcionam melhor para você, e em duas semanas você provavelmente vai se perceber alguém mais calmo e feliz:
  • Fique calmo, preocupe-se depois: a maior parte das ansiedades nascem de uma impressão de urgência que em 85% das vezes não é justificada. Escreva o que te preocupa, e então não olhe para estas notas por três a cinco horas. Quando você retornar às anotações, provavelmente o problema não vai mais parecer tão preocupante, e você vai estar em melhor condiçẽos de considerar ações produtivas.
  • Pense pequeno: algumas vezes as ansiedades crescem a tamanhos épicos, como quando pensamos “nunca vou me livrar de minhas dívidas!”. Adote uma abordagem de pensar pequeno, um passo de cada vez. Você pode não pagar todas as dívidas agora, mas pode diminui-las um pouco a cada mês.
  • Tenha uma conversa produtiva consigo mesmo: escreva ou diga em voz alta as maneiras com que você lida com uma situação, como “eu geralmente faço as coisas sozinhas”, ou “eu sei pedir ajuda”. Lembre a si mesmo de como você é capaz.
  • Deixe o George Clooney ajudar: imagine o problema de uma perspectiva externa. O que o teu melhor amigo – ou celebridade favorita – diria? Conjure a voz daquela pessoa para te guiar em direção à calmaria.
  • Use seus sentidos:
--> a atenção plena, uma prática que foca nosso cérebro no presente, é tão antiga quanto Buda, mas está se tornando bastante popular. Da mesma forma que a TCC, ela condiciona a mente para ser mais resistente ao estresse, diminuindo o cortisol, que está relacionado ao estresse, e aumentando as conexões dos neurônios na parte do cérebro que controla as emoções.
Quando estamos ansiosos, nossos pensamentos dificilmente estão no presente; ruminamos erros passados, ou nos preocupamos com consequências futuras. Prestar atenção no que você está vendo, ouvindo, cheirando e sentindo foca a mente novamente no presente.
Quanto mais você praticar a atenção plena, melhor equipado estará para enfrentar a ansiedade, e a calma retorna mais rapidamente. Experimente este exercício em quatro passos:
  1. Com os olhos fechados, imagine-se o seu entorno como visto de cima.
  2. Qual a sensação do assoalho, do cobertor, ou da cadeira? Como está a temperatura na sala?
  3. Quais são os sons que você ouve? Talvez algum aparelho elétrico esteja zumbindo ou algumas árvores estejam farfalhando.
  4. Agora preste atenção em tudo isto ao mesmo tempo.
Difícil? Este é o ponto – preencher a mente com o presente. Quando sua mente começar a divagar, traga-a de volta usando os sentidos. A serenidade pode ser o prêmio.[CNN]


Dicas anti-estresse

O estresse é um mal típico do mundo moderno, da vida agitada e cheia de tensões. Vai muito além de um simples cansaço físico e mental.

É causado pela ação de defesas orgânicas decorrentes de estímulos físicos, psicológicos ou psicossociais.
Constitui uma adaptação do organismo e produz uma sucessão de transformações físicas e químicas acionadas pelo sistema nervoso. Assim, o comportamento e a saúde são influenciados pela forma como lidamos com os agentes estressantes.
Esses agentes podem ter origem em estímulos diversos - uma diminuição de temperatura, trânsito congestionado, falta de dinheiro, uma reunião social ou de trabalho - que force o organismo a uma reação. Situações antagônicas, como o casamento ou a separação, também podem ser fatores estressantes.
O estresse pode provocar desde uma simples dor de cabeça até um infarto. Por outro lado, pode ser positivo quando nos ajuda a atingir um alto índice de eficiência. Algumas pessoas realizam melhor o seu trabalho quando estão sob pressão. Ao alcançar seus objetivos conseguem relaxar, e isso produz um aumento das reservas físicas e emocionais que serão utilizadas em outros desafios.
O estresse é negativo quando a pessoa permanece ligada e não consegue relaxar mesmo após ter vencido os desafios. Os efeitos do estresse comprometem a saúde, a qualidade de vida e os momentos felizes. Por isso é fundamental encontrar uma
saída, aprendendo a gerenciar os fatores estressantes.
Dica 1 - A falta de tempo pode exercer pressões que produzem estresse. A preocupação em fazer o dia render, diminuindo os intervalos entre os compromissos, é um fator comum de estresse na vida moderna. É necessário programar melhor as atividades, marcando os compromissos em horários não muito próximos, com tempo suficiente para enfrentar possíveis imprevistos sem desesperar. Estabelecer prioridades e respeitar o planejamento estabelecido para o dia tem um bom efeito para o controle do estresse.
Dica 2 - A competição é um dos grandes estímulos para a sociedade e para o indivíduo. Devemos lutar por nossos objetivos e sonhos, porém sem o desgaste de comparar as conquistas e perdas pessoais com as dos outros. É importante não confundir competição com competência. Competência é querer fazer bem aquilo que se faz e competição é desejar ser melhor do que os outros.
Dica 3 - A essência da qualidade de vida e da felicidade está na relação afetiva com os outros, todos aqueles com que convivemos. Ser aceito e querido é muito importante para diminuir os efeitos nocivos do estresse. Assumir novas posturas diante das pessoas pode ser a chave para estabelecer laços afetivos saudáveis.
Dica 4 - Atividades físicas regulares ajudam a combater fatores de risco à saúde, facilitam a descarga de tensões, proporcionam relaxamento e diminuem o estresse. Não é necessário treinar para ser atleta e sim procurar um estilo de vida mais ativo, exercitar-se sempre que possível. Este é um fator fundamental no combate ao estresse. Segundo os cardiologistas, trinta minutos diários são suficientes para condicionar o organismo e trazer benefícios à saúde. Basta vencer a inércia. Depois de começar, fica difícil imaginar a vida sem atividade física.
Cada um de nós reage de maneira diferente diante das diversas fontes de tensões. Quanto maior o auto-conhecimento, maior a probabilidade de dar respostas eficazes às situações geradoras de tensão. É indispensável aumentar as formas viáveis e saudáveis de lidar com o estresse, já que ele sempre estará presente na nossa vida.
Por:
Flávia Leão Fernandes
CRP 06/68043 Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia pela Universidade de Londres, Inglaterra e especialista em Psicologia Hospitalar com enfoque em obesidade.

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