Elize disse que agiu sozinha
Cabeça de Marcos Kitano Matsunaga |
A mulher prestou depoimento desde as 11h30. Segundo a polícia, ela afirmou também que foi agredida por Matsunaga antes do crime e que agiu sozinha. O rastreamento do celular mostra que a mulher esteve na região onde partes do corpo da vítima foram deixadas. Apesar disso, a polícia ainda investiga o marido de uma empregada de Elize sob suspeita de ter ajudado a desovar o corpo.
"Ela disse que não teve a ajuda de ninguém e que fez tudo sozinha, mas nós vamos checar todo esse depoimento. A investigação ainda não está terminada", afirmou o delegado Jorge Carrasco, chefe do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Uma testemunha de Cotia - local onde foi desovado o corpo - diz ter visto quando um motociclista, vestido de preto e em uma moto escura, jogou os sacos plásticos azuis onde estavam pedaços do corpo do executivo. Essa é a primeira vez que Elize, que é bacharel em direito, é ouvida desde o crime. Até então, ela negava qualquer envolvimento na morte do marido.
Elize afirmou que após atirar na cabeça do executivo, arrastou o corpo até o banheiro da empregada onde fez o esquartejamento. Partes do corpo teriam sido armazenadas nos refrigeradores do apartamento onde o casal morava.
As três malas que aparecem com ela em imagens das câmeras de segurança do prédio foram usadas para fazer o transporte do corpo até o local onde foi feita a desova - na Grande SP, segundo depoimento. As malas estão sendo procuradas pela polícia, segundo Carrasco. A arma usada no crime é uma pistola automática calibre 380 e foi encaminhada para a perícia. A polícia inicialmente disse que era uma arma calibre 7.65, mas corrigiu a informação.
Durante o depoimento, Elize disse que usou várias facas para esquartejar o corpo do marido. As facas do crime serão entregues para a polícia, de acordo com Carrasco.
EMPRESÁRIO
O empresário havia desaparecido no dia 20 de maio. No dia seguinte, o primeiro pedaço de corpo foi encontrado. A última parte a ser achada foi a cabeça, que permitiu que o reconhecimento da vítima fosse feito pelo seu irmão no dia 28. Elize está presa desde a noite de segunda-feira. Ontem, a prisão foi prorrogada por mais 30 dias.
CÂMARAS
A polícia analisou imagens de câmeras de segurança do prédio onde morava o casal, na zona oeste de São Paulo. No sábado, o casal, uma babá e a filha do casal - de um ano - chegam ao apartamento por volta das 18h30. A babá, dispensada, foi embora logo em seguida.
Cerca de uma hora depois, Matsunaga desce até a portaria para pegar uma pizza. Ele estava com a mesma roupa - uma camisa marrom - encontrada pela polícia nos locais onde pedaços de seu corpo foram deixados.
Às 5h de domingo, a babá chega ao apartamento - ao qual ela possui acesso limitado, não podendo circular por todos os cômodos. Por volta das 11h30, Elize desce até a garagem, pelo elevador de serviço, com três malas.
Às 23h50, ela retorna sem as malas. Segundo a polícia, ela afirmou que esqueceu as malas no carro. "O fato é que ele entrou no apartamento vivo e de lá não saiu", disse ontem o delegado Jorge Carrasco, chefe do DHPP.
Os policiais do DHPP (departamento de homicídios) suspeitam que Elize contratou um detetive para seguir o executivo. E descobriu que, entre 17 e 18 maio, ele saiu com algumas mulheres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique a vontade para comentar, só lembramos que não podemos aceitar ofensas gratuitas, palavrões e expressões que possam configurar crime, ou seja, comentários que ataquem a honra, a moral ou imputem crimes sem comprovação a quem quer que seja. Comentários racistas, homofóbicos e caluniosos não podemos publicar.