sábado, 5 de maio de 2012

Homossexualidade: o conhecimento científico pode vencer o preconceito?

Ser ou não ser: esta (ainda) é a questão
A homossexualidade ainda é um assunto tabu. Mas o conhecimento científico pode vencer o preconceito
Por Vera Magyar, com Evany Leal de Castro

Na Grécia Antiga, a homossexualidade era uma prática natural e esteticamente bela. Com a civilização judaico-cristã, caiu em desgraça. Chegou a ser considerada doença, equívoco que se prolongou até 1974, quando a Organização Mundial de Saúde riscou-a de sua lista de enfermidades. As pesquisas sobre uma possível origem genética, realizadas a partir de 1991, causaram polêmica. Mas um novo caminho surgiu, embora os estudos não sejam conclusivos, nem descartem as causas emocionais e culturais. Hoje já se sabe que não se trata de uma opção, mas de uma condição. Tão humana quanto andar, comer ou respirar. Mesmo assim, às portas do segundo milênio, o assunto continua a ser tabu, envolto em preconceito e na falta de informação.
(Imagem: Características Booker Catherine PYMCA / Rex)

São milhões de pessoas, de todas as idades, classes sociais, culturas, raças, religiões e nacionalidades. Estão aí, pelo planeta, atuando, trabalhando, vivendo, amando. Pessoas iguais às outras. A diferença é que se relacionam sexualmente com parceiros do mesmo sexo. Segundo algumas estatísticas, chegam a representar cerca de 11% da população mundial. Não deixa de ser um número expressivo, mas, mesmo assim, não escapam do rótulo de minoria. E, como tal, são olhadas com desconfiança e preconceito pela maioria heterossexual, o grupo que determina o padrão de comportamento a seguir. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, amar e sentir atração sexual por pessoas de um ou do outro sexo não é uma escolha. As pessoas apenas são heterossexuais ou homossexuais. Bem que os cientistas têm se esforçado para descobrir o que determina a orientação afetivo-sexual dos seres humanos, mas todos os estudos feitos até agora, nas áreas da biologia e da genética, não chegaram a resultados definitivos. Um dos trabalhos pioneiros no campo da sexualidade foi realizado pelo zoólogo norte-americano Alfred Kinsey, nas décadas de 40 e 50. O cientista propôs a famosa Escala Kinsey, utilizada até hoje pelos estudiosos da área. De acordo com essa escala, as pessoas podem variar de exclusivamente heterossexuais (50%) a exclusivamente homossexuais (4%). Entre esses dois extremos estariam os indivíduos predominantemente heterossexuais, os bissexuais e os predominantemente homossexuais.

As pesquisas de Kinsey mostraram que, numa amostra de 18 mil pessoas, 46% estariam nessas categorias intermediárias, podendo ir de um ponto a outro na escala, de acordo com a sua fase da vida, seu momento psicológico, ou as circunstâncias do meio em que vivem.

Várias décadas mais tarde, em agosto de 1991, o neurocientista norte-americano Simon Le Vay publicou na revista Science os resultados de uma pesquisa sobre o tamanho de um determinado grupo de células encontrado no hipotálamo - glândula nervosa situada na base do cérebro, ligada ao comportamento emocional e afetivo - que poderia estar relacionado com a orientação afetivo-sexual. Le Vay examinou esse grupo de células, chamado de INAH3, em mulheres heterossexuais e homens, tanto heterossexuais como homossexuais, que haviam morrido em decorrência da aids. Os estudos revelaram que o tamanho desse grupo celular nos homossexuais masculinos era menor do que nos heterossexuais masculinos, atingindo dimensões semelhantes aos das mulheres heterossexuais, o que poderia indicar alguma relação entre essa conformação celular e a orientação afetivo-sexual. A pesquisa sofreu várias críticas, uma delas a de que Le Vay não havia colhido amostras dessas células em mulheres homossexuais, que, para comprovar a teoria, teriam, a princípio, que apresentar células de tamanho semelhante às dos homens heterossexuais. O cientista alegou dificuldade de encontrar um número suficiente de mulheres homossexuais que tivessem morrido de aids. Outra ressalva feita ao estudo foi a possibilidade de que a própria doença poderia ter influenciado na diferenciação do tamanho do grupo celular, embora o próprio Le Vay tenha demonstrado que mesmo heterossexuais que morreram de outras doenças possuíam os grupos INAH3 maiores.

Outra tentativa de definir geneticamente a orientação afetivo-sexual foi levada a efeito, também em 1991, por Richard Pillard, professor de Psiquiatria da Universidade de Boston, e Michael Bailey, psicólogo da Universidade Northwestern, ambos americanos. A partir de uma comparação entre gêmeos idênticos (univitelinos) e não-idênticos (bivitelinos) do mesmo sexo, Pillard e Bailey descobriram maior coincidência na orientação homossexual entre os univitelinos, levando-os à conclusão de que talvez a homossexualidade seja influenciada por algum fator genético, já que os univitelinos têm a mesma configuração genética.

Herança maternaN essa busca das raízes genéticas para a homossexualidade, um dos trabalhos de maior repercussão foi o de Dean Hamer, geneticista do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. Ele dirigiu uma pesquisa que selecionou 76 homens homossexuais para estudar seus familiares paternos e maternos. O resultado do estudo, publicado em julho de 1993, mostrou que, entre os familiares paternos dos pesquisados, havia a incidência de 2% de indivíduos homossexuais - o mesmo valor encontrado na população em geral, em um levantamento casual sem ligação familiar -, ao passo que no lado materno esse índice pulava para 7,5%. A pesquisa de Hamer levantou a hipótese de que a homossexualidade pudesse estar vinculada a um fator genético do lado materno, diretamente relacionado com o cromossomo X transmitido pela mãe. Posteriormente, sua equipe selecionou 40 pares de irmãos homossexuais. Em 33 deles (82,5% dos pares), uma parte do cromossomo X, conhecida como Xq28, apresentava a mesma seqüência de DNA, a fonte de informação genética dos seres vivos. Sua conclusão: algumas pessoas poderiam apresentar predisposição genética à homossexualidade. O estudo reacendeu na sociedade a discussão sobre as origens da escolha sexual. "O trabalho de Hamer representou uma grande virada nas pesquisas sobre a genética da homossexualidade", afirma Lyria Mori, professora de genética do Instituto de Biociências da USP. Mas ela ressalva: "Claro que esse estudo, para ser comprovado, ainda tem de ser repetido por outros grupos, o que é um procedimento básico na ciência para que uma hipótese seja aceita".

Entre maçã e jiló

A tualmente, há muitos grupos trabalhando na questão da genética da homossexualidade, mas depois das pesquisas de Hamer, nenhum outro estudo de impacto foi publicado. "Para o futuro, a tendência é tentar reduzir cada vez mais a região isolada, pois a Xq28 é um fragmento muito grande, que pode até conter centenas de genes", prevê Lyria Mori.


"A questão da orientação sexual é muito complexa e ninguém, até hoje, conseguiu definir, com certeza, o que leva uma pessoa a ser homossexual e a outra, heterossexual", reconhece o psicólogo Oswaldo Rodrigues, do Instituto Paulista de Sexualidade, e do Centro de Estudos e Pesquisas em Comportamento e Sexualidade (Cepcos), de São Paulo. "É como tentar explicar por que uma pessoa gosta de maçã e não gosta de jiló", conjectura o psicólogo.

Aproveitando a metáfora da maçã, a questão pode ser vista assim: uma pessoa pode ter desenvolvido preferência por esta fruta, porque passou por experiências positivas com ela, na infância. A maçã saciava a fome e era oferecida com afeto, pela mãe. Supria, portanto, necessidades físicas e afetivas. Já o jiló, que não entrava no cardápio familiar, nunca teve significado algum. A rejeição a ele resulta de escolha consciente, objetiva, não de determinante inconsciente, portanto, subjetiva.

"Nossa cabeça funciona como um arquivo, onde armazenamos sensações. São elas que, na vida adulta, aliadas a outros fatores, como o ambiente e a herança biológica, vão definir nossa orientação sexual", lembra Rodrigues. "É como se recebêssemos da natureza um terreno físico, concreto, sobre o qual vamos edificando construções e dando a ele uma outra configuração. Podemos mexer nesse espaço como quisermos, mas não podemos mudar de terreno", argumenta o psicólogo. Segundo John Money, psicólogo clínico, estudioso e pesquisador de intersexos da Universidade de Baltimore, nos Estados Unidos, antes mesmo do nascimento todos os seres humanos passam por momentos cruciais de definição biológica, que John Money chama de quatro encruzilhadas: a fecundação, a combinação dos cromossomos, a combinação dos hormônios sexuais e, finalmente, a "moldagem" dos órgãos sexuais. O sexo biológico - em linguagem científica, "características genotípicas e fenotípicas do corpo" - é o que vai nos dar a primeira definição sexual: menino ou menina.

Mas a composição da sexualidade humana vai muito além disso. O registro em cartório garante o sexo da criança, mas não sua sexualidade. A identidade sexual vai sendo construída ao longo da infância e passa por uma prova de fogo na adolescência. "Na construção da identidade sexual entram elementos inconscientes de pai e mãe, dinâmica familiar, e as expectativas em relação à criança", relaciona Paulo Roberto Ceccarelli, professor doutor em Psicopatologia e Psicanálise pela Universidade de Paris e autor da tese "A construção do sentimento de identidade sexual". Cecarelli, que é também participante do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas, lembra que o sexo biológico, ou seja, o corpo; a identidade sexual, quem a pessoa acha que é, e o papel sexual, que é como a pessoa se comporta, são três dos componentes da sexualidade.

Desejo e afeto
Há mais um: a orientação sexual, ou seja, por quem a pessoa sente desejo. Essa costuma se estruturar por volta dos 20 anos de idade, como resultado das experiências vividas na infância e na adolescência. "Uma determinada orientação sexual pode ser para a vida toda ou para uma fase apenas. São muito comuns, por exemplo, relações homossexuais na adolescência, quando a personalidade do indivíduo está ainda em formação. Mas pode estar também direcionada pelo desejo, pelo afeto, ou por ambos", lembra o
psicólogo Oswaldo Rodrigues.

Embora venham tentando, os cientistas ainda não encontraram uma resposta definitiva para a questão mais crucial: como se desenvolve uma orientação sexual em particular? Há respostas apontando para várias direções, de fatores hormonais, genéticos, congênitos a causas culturais e emocionais. O que todo mundo, hoje em dia, parece concordar é que a orientação sexual não é uma escolha. O que se tem observado é que ela emerge para a maioria das pessoas, no início da adolescência, sem ter havido nenhuma experiência sexual anterior. A maioria dos que se descobrem, nessa fase da vida, não enquadrados no padrão heterossexual, tentam mudar ou esconder sua orientação sexual. Ninguém escolhe ser o que é.

Cai por terra, portanto, a idéia de que a orientação sexual é uma opção. Como também não resta pedra sobre pedra da tese obscurantista de que a homossexualidade e todas as outras variações da sexualidade humana consideradas fora do padrão são doenças. Hoje, psicólogos, psiquiatras e outros profissionais de saúde mental concordam que homossexualidade não é doença, problema mental ou emocional. Até a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1995, reconsiderou o assunto e riscou a homossexualidade da sua lista de doenças. "Homossexualidade não pode mais ser considerada desvio ou escolha. Muito menos perversão. Perversão é um sujeito impor ao outro sua fantasia sexual", afirma o dr. Paulo Ceccarelli. Nesse emaranhado todo que é a sexualidade, convém lembrar que a homossexualidade é apenas uma dentre as inúmeras nuances da sexualidade humana. Há quem diga até que existem, na verdade, 11 sexos. Essa é a tese defendida por Ronaldo Pamplona da Costa, médico, psiquiatra e psicodramatista, registrada no livro Os

Onze Sexos - As Múltiplas Faces da Sexualidade Humana. Suas conclusões: "Depois de mais de dez anos de estudos, somados à minha experiência em consultório e à análise das escalas biológica, de gênero e afetivo-sexuais, posso concluir que existem 11 sexos: cinco na vertente masculina (heterossexual, bissexual, homossexual, travesti, transexual), cinco na vertente feminina (transexual, travesti, homossexual, bissexual e heterossexual) e mais o intersexo (hermafrodita).

Segundo Costa, entre os dois extremos, o masculino e o feminino, há, portanto, incontáveis possibilidades de combinação: homens afeminados, mas heterossexuais, mulheres masculinizadas, que tanto podem ser hetero ou homo, ou, ainda, homens e mulheres bissexuais que convivem sexualmente com ambos os sexos. Há um vai-e-vem permanente dos seres humanos, em constante mutação e transformação, na estrada da sexualidade. O problema maior é compreender e aceitar isso. "Vivemos numa sociedade hipócrita, que trancafia a sexualidade, que a relega a um papel inferior, apesar de ser ela o eixo principal de nossa personalidade. Não apenas forma de reprodução, mas fonte de prazer", destaca Costa.

Mais tolerância
Numa sociedade que condena qualquer tipo de nuance da sexualidade que ultrapasse o modelo heterossexual, não é difícil entender os conflitos sociais e pessoais que as minorias sexuais têm de enfrentar. Não é à toa que nos Estados Unidos, por exemplo, onde há mais estatísticas a respeito, o número de adolescentes homossexuais que cometem suicídio é de 2 a 6 vezes maior do que os não-homossexuais, representando a triste marca de 30% de todos os casos de suicídio registrados com adolescentes.

Violência contra si próprios, violência da sociedade contra eles. Os casos de assassinatos de homossexuais no Brasil vêm crescendo, segundo estudos feitos pelo Grupo Gay da Bahia, um dos mais atuantes do Brasil. Apesar da precariedade estatística foram registrados no ano passado 130 casos, um aumento de quatro casos em relação ao ano anterior.

Apesar desses percalços, os homossexuais continuam firmes em sua luta por respeito e dignidade. E alguns especialistas, como o psicólogo Oswaldo Rodrigues, prevêem um futuro mais tolerante: "Eu sou otimista", arrisca ele. "Com a atual interpenetração dos papéis sociais masculino e feminino, que marca hoje a sociedade moderna, está diminuindo o fosso que existia entre papel e escolha sexual. Essa 'androginia', expressa no vestir, na vida profissional, no papel de pai e mãe, menos dicotômicos, pode tornar nossa sociedade, neste final de século, um pouco mais indulgente com as diferenças."

Um cérebro diferente
Comparando hipotálamos dissecados de pessoas homossexuais e heterossexuais mortas pela aids, o cientista americano Simon Le Vay notou que o grupo celular chamado de INAH3 na área pré-óptica medial era mais que duas vezes maior nos homens que nas mulheres. O INAH3 também mostrou ser duas a três vezes maior em homens heterossexuais do que em homossexuais

Gênios além do gênero
Homossexuais e bissexuais - assumidos ou presumidos - que deixaram sua marca na História Safo ( 600 a.C.). Primeiro poeta ocidental a escrever sobre o amor romântico, passou a maior parte de sua vida na ilha de Lesbos, onde tinha uma escola de poesia para meninas. Amou tanto homens quanto mulheres. A palavra "lésbica" deriva da ilha onde viveu.

Sócrates (468?-399 a.C.). Um dos maiores filósofos gregos, nunca escondeu sua paixão por belos rapazes. Seu amante mais famoso foi Alcebíades, político e general ateniense.

Alexandre, o Grande (356-323 a.C.).
Rei da Macedônia aos 20 anos, expandiu seu império até a Índia, conquistando as civilizações mais poderosas da época, entre as quais a Pérsia. Durante toda a sua vida, teve um amigo muito íntimo,
Hefaistion, com quem dividia tudo.

Júlio César (100?-44 a.C.). Estadista romano brilhante, com enorme talento para estratégias militares e políticas. Sua vida sexual foi tão variada que mereceu o epíteto: "Marido de toda mulher e esposa de todo homem".

Leonardo da Vinci (1452-1519). Pintor italiano da Renascença, arquiteto e engenheiro, teve vários amantes homens. Seu último amante foi Francesco Melzi, que ficou ao seu lado até a morte.

Michelangelo Buonarroti (1475-1564). Autor do teto da Capela Sistina no Vaticano, teve vários envolvimentos amorosos com seus belíssimos modelos. Após a sua morte, seus poemas foram alterados para sugerir que haviam sido escritos para uma mulher. Só em 1960 os originais foram recuperados e publicados sem censura.

Piotr Tchaikovski (1840-1843). Considerado o mestre dos compositores para o balé clássico, o russo Tchaikovski, autor de composições para o balé comoO Lago dos Cisnes e da Suíte Quebra-nozes, levou uma vida solitária, marcada por tragédias familiares e crises nervosas. Morreu em circunstâncias misteriosas: acusado de envolvimento homossexual com um membro da família imperial russa, Tchaikovski teria sido induzido ao suicídio por envenenamento.

Pier Paolo Pasolini (1922-1975). Um dos principais cineastas do neo-realismo italiano, Pasolini trouxe os tabus da sociedade para o centro de suas obras. Homossexual assumido, o diretor de O Evangelho Segundo São Mateus e Comício de Amor morreu tragicamente aos 53 anos, assassinado
por um garoto de programa.

Todas as cores do arco-íris
A vida, nem sempre tão colorida, dos que pertencem às minorias sexuais
Homossexual masculino Tarcísio Mendes Lima, 27 anos, professor, não tem postura afeminada, mas é um homossexual resolvido e assumido, como ele mesmo se define. Descobriu ter desejos homossexuais aos 9 anos de idade. Aos 14, sua primeira relação sexual, com um menino de 13.

Bissexual
Douglas (nome fictício), 25 anos, solteiro, professor. Sempre gostou de homens mais novos e do lado sentimental das mulheres. Teve várias namoradas e nunca escondeu das mulheres com quem se relacionou as suas tendências bissexuais. Douglas descobriu ser bissexual aos 21 anos de idade, quando ele e um amigo encontraram uma garota que sugeriu fazerem sexo a três.

Lésbica
Tatiana (nome fictício), 28 anos, antropóloga, descasada, já passou por dois casamentos. O primeiro, aos 18 anos. Ficou casada quatro anos e teve um filho, hoje com 10 anos. Enquanto durou o relacionamento, foi feliz. Mas tinha atração por mulheres, e chegou a comentar o fato com o marido. Hoje mora há 11 meses com uma mulher.

Transexual masculino
Cláudia (nome fictício), 28 anos, cabeleireira, teve infância normal, foi criado como menino, mas só gostava de fazer serviços classificados como "femininos", como a limpeza doméstica, tricô, crochê. Aos 14 anos, entendeu que era transexual. Conversou com a mãe e começou a tomar hormônios por conta própria. Está à espera da cirurgia que vai lhe dar identidade feminina.

Transexual feminino
Zé Antônio (nome fictício), 39 anos, vendedor. Tinha genitais femininos, com alguma alteração externa. Foi criado como mulher, mas não se comportava como tal, desde a infância. Mudou sua identidade, sobrenome e sexo. Tem postura masculina, com barba, pêlos etc. Casou-se, aos 26 anos, com uma garota, na igreja, ela de noiva, ele de noivo.

Anote
Os livros que ajudam a entender as minorias sexuais
· Diferentes Desejos - Adolescentes Homo, Bi e Heterossexuais, de Cláudio Picazio, Edições GLS

· Tornar-se Gay - O Caminho da Auto-aceitação, de Richard Isay, Edições GLS

· Transexuais - Perguntas e Repostas, de Gerald Ramsey, Edi-ções GLS

· Adeus, Maridos - Mulheres que Escolheram Mulheres, de Deborah Abbot e Ellen Former, Edições GLS

· Os Onze Sexos - As Múltiplas Faces da Sexualidade Humana, Dr. Ronaldo Pamplona da Costa, Editora Gente

· A Inocência e o Vício - Estudos sobre Homoerotismo, de Jurandir Freire Costa, Relume Dumará.

· Sexualidades Brasileiras - Ricahrd Parker e Regina Maria Barbosa (orgs.) , Relume Dumará.

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