Um século depois, um dos desastres mais famosos da História ainda exerce um fascínio sobre as pessoas por conta dos seus mistérios
Ele foi um colosso dos mares que teve vida curta, mas o fascínio pelo Titanic permanece, cem anos depois, tão grande e impressionante quanto os seus 268 metros de comprimento e suas 46 mil toneladas de peso. Da cidade inglesa de Southampton partiu em 10 de abril de 1912 o RMS Titanic, até então o maior navio do mundo, com destino a Nova York, nos Estados Unidos.
Da cidade de origem era mais de um terço das cerca de 1.500 pessoas que morreram no navio. Atingida por um iceberg, a embarcação afundou em 15 de abril de 1912, não chegando ao seu destino. Dos que estavam a bordo, sobreviveram 705. A tragédia completa cem anos no próximo domingo.
Cinco inquéritos foram abertos para investigar as causas do acidente, mas culpados nunca foram apontados. Fala-se bastante numa sucessão de equívocos e azares que, combinados, culminaram na tragédia. Os problemas vão de falhas estruturais a fatores ambientais daquela noite.
Considerado uma maravilha da engenharia da época, o navio possuía; 15 anteparos à prova d’água que dividiam o casco, mas eles não eram altos o suficiente para impedir a passagem da água entre os 16 compartimentos que, em tese, foram projetados ali para permitir que a embarcação continuasse flutuando.
Mas há hipóteses mais novas. Uma delas é a do historiador e escritor inglês Tim Maltin, que recuperou diários de bordo de vários navios que navegaram, na época, nas mesma rota do Titanic e realizou estudos em parceria com um dos maiores estudiosos em miragens do mundo, o astrônomo Andrew Young, da Universidade de San Diego, nos EUA. Segundo ele, um fenômeno óptico causado pelo clima no Atlântico Norte, chamado super-refração, teria impedido a tripulação de enxergar os icebergs naquela noite fria e sem a iluminação da lua. Com o ar extremamente frio, a luz emitida pelos objetos abaixo da água é duplicada e o horizonte fica encoberto por uma neblina escura que dá a impressão de águas tranquilas, o que pode ter encobrido o iceberg.
Essas suposições, baseadas em estudos sérios ou não, ganharam força ao longo dos anos principalmente pelo mistério que cerca o fundo do mar. Somente para se saber o paradeiro exato dos destroços foram necessários 73 anos. As primeiras expedições foram enviadas em 1963, mas a maioria fracassou por falta de financiamento. Em 1985, o oceanógrafo norte-americano Robert Ballard – que tinha convencido a marinha dos Estados Unidos a desenvolver, cinco anos antes, um sistema de busca subaquático em parceria com o seu instituto Woods Hole Oceanographic – conseguiu localizá-lo com um submarino não-tripulado.
Considerado uma maravilha da engenharia da época, o navio possuía; 15 anteparos à prova d’água que dividiam o casco, mas eles não eram altos o suficiente para impedir a passagem da água entre os 16 compartimentos que, em tese, foram projetados ali para permitir que a embarcação continuasse flutuando.
Mas há hipóteses mais novas. Uma delas é a do historiador e escritor inglês Tim Maltin, que recuperou diários de bordo de vários navios que navegaram, na época, nas mesma rota do Titanic e realizou estudos em parceria com um dos maiores estudiosos em miragens do mundo, o astrônomo Andrew Young, da Universidade de San Diego, nos EUA. Segundo ele, um fenômeno óptico causado pelo clima no Atlântico Norte, chamado super-refração, teria impedido a tripulação de enxergar os icebergs naquela noite fria e sem a iluminação da lua. Com o ar extremamente frio, a luz emitida pelos objetos abaixo da água é duplicada e o horizonte fica encoberto por uma neblina escura que dá a impressão de águas tranquilas, o que pode ter encobrido o iceberg.
Essas suposições, baseadas em estudos sérios ou não, ganharam força ao longo dos anos principalmente pelo mistério que cerca o fundo do mar. Somente para se saber o paradeiro exato dos destroços foram necessários 73 anos. As primeiras expedições foram enviadas em 1963, mas a maioria fracassou por falta de financiamento. Em 1985, o oceanógrafo norte-americano Robert Ballard – que tinha convencido a marinha dos Estados Unidos a desenvolver, cinco anos antes, um sistema de busca subaquático em parceria com o seu instituto Woods Hole Oceanographic – conseguiu localizá-lo com um submarino não-tripulado.
Nova viagem
Na última terça-feira, mais de 650 descendentes das vítimas do naufrágio se reuniram para uma cerimônia no mesmo cais de onde o Titanic partiu. Elas jogaram flores na água no local de onde o transatlântico da White Star partiu e fizeram um momento de silêncio em memória dos que perderam suas vidas na tragédia. Uma gravação do apito do Titanic soou no cais ao meio-dia - mesmo horário no qual o Titanic se soltou das amarras.
A cerimônia foi encerrada com o hino “Nearer My God To Thee” (Mais perto, meu Deus, de Ti), que, reza a lenda, teria sido tocado pelos músicos do navio enquanto ele afundava.
O MS Balmoral, navio que vai refazer a rota do Titanic, partiu do porto da cidade no domingo, mas teve de interromper sua jornada na terça-feira por causa de uma emergência médica a bordo. "O navio voltou e tomou a direção de cerca de 20 milhas náuticas a leste, que o levará para mais perto da costa, num local ao alcance de um helicóptero”, informaram os organizadores da excursão em comunicado. "Assim que o passageiro deixar a embarcação para tratamento médico, o navio vai retomar sua rota”, diz o documento, sem identificar a pessoa ou descrever o problema de saúde que ela teve.
O cruzeiro deve durar 12 noites. O navio leva 1.309 passageiros, dentre eles parentes de alguns dos mais de 1.500 passageiros do Titanic que morreram, e pretende recriar a experiência do transatlântico. Muitos passageiros, tripulantes e camareiros estão vestidos com roupas da época. As refeições seguem o menu do Titanic e uma banda toca músicas daquele período.
Duas cerimônias em memória da tragédia devem acontecer no final de semana: a primeira perto da meia-noite de 14 de abril, quando o Titanic bateu contra o iceberg, e a segunda nas primeiras horas do dia 15, quando a embarcação afundou. O Balmoral pertence à Fred. Olsen Cruise Lines, cuja matriz, a Harland and Wolff, construiu o Titanic em Belfast. (Das agências)
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