domingo, 8 de abril de 2012

Roacutan. Estudo rejeita ligação entre droga contra acne severa e suicídio


Estudo rejeita ligação entre droga contra acne severa e suicídio
Pesquisa do Instituto Karolinska, da Suécia, avaliou 5,7 mil pessoas que usaram isotretinoína

As pessoas tratadas por acne severa devem ter sua saúde mental monitorada de perto, segundo um estudo do Instituto Karolinska, da Suécia.

No entanto, de acordo com a BBC Brasil, a pesquisa revelou que a isotretinoína, droga popular que combate a acne e que no Brasil é vendida principalmente com o nome Roacutan, não aumenta os riscos de suicídio, apesar de indícios anteriores.

O estudo, feito com 5.700 pessoas entre 1980 e 2001, foi publicado no British Medical Journal.

A isotretinoína (também conhecida como Roacutan, Accutan, Amnesteem, Claravis, Clarus e Decutan) tem sido prescrita desde 1980 nos casos em que o uso de antibiótico não se mostra efetivo no combate à acne severa.

Mas há relatos que ligam o uso da droga à depressão e ao comportamento suicida.


Por isso o pesquisador Anders Sundstrom e a sua equipe estudaram tentativas de suicídio antes, durante e depois do tratamento com essa droga.

Segundo a BBC, eles descobriram que 128 dos 5.700 pacientes investigados que estavam ingerindo a droga foram internados por tentativa de suicídio.

O risco de suicídio era maior entre os que haviam terminado o tratamento em até seis meses. Segundo os pesquisadores, isso se devia ao fato de que os pacientes cuja acne melhorara com o tratamento se sentiam frustrados por não notarem avanços em suas vidas sociais, e não a efeitos do tratamento.

Ainda assim, eles relatam que a tentativa de suicídio era um evento raro - os dados mostram que apenas uma em cada 2.300 pessoas que ingeriram a droga tentaram se matar pela primeira vez após iniciarem o tratamento.

Segundo Sundstrom, os efeitos da acne são um fator mais importante para tentativas de suicídio que o uso da isotretinoína. "Não estamos certos de que a droga acrescente algum risco", disse.



Saiba como acabar com a acne

Sim, é possível ficar livre das espinhas. Em alguns casos basta mudar de hábitos. Em outras situações, o jeito é um tratamento mais agressivo que pode combinar ácidos, remédios e alimentação

Elas costumam surgir, geralmente, na adolescência e em partes de destaque do corpo, como rosto, colo e costas. São as espinhas. Elas atormentam a vida de muitos adolescentes, que querem ficar livres do incômodo o mais rápido possível.

Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional do Espírito Santo, Sandra Maria Bittencourt, 90% dos adolescentes sofrem com o problema.

O ideal, evidentemente,  é ter uma pele lisa e saudável. Mas, para quem não tem essa sorte, não é preciso ficar desesperado, nem se sentir o pior dos seres humanos e muito menos o mais feio.

O problema tem solução e em alguns casos adotar algumas atitudes diferentes contribuem bastante para evitar o aparecimento das espinhas e até mesmo auxiliar no tratamento.

O estudante Hyago Monteiro, 17 anos, conhece bem o problema. "Comecei a ter espinha desde cedo. Meu pai teve muita espinha na adolescentes e eu herdei. Mas minha mãe me levava ao dermatologista. Só que fui para Flórida e parei o tratamento. Passei a comer muito fast food. Aí já viu. Hoje, tomo um medicamento oral e passo um ácido no rosto todo dia. Minha pele melhorou bastante, mas ainda ficaram as manchas", conta Hyago.

De acordo com a dermatologista, acne tem relação com genética e os meninos são os mais afetados. "Por uma pré-disposição familiar, as glândulas sebáceas reagem mais aos hormônios da puberdade, principalmente a testosterona, que há tanto no homem quanto na mulher - nelas em menor quantidade. As glândulas aumentam de tamanho, produzem a secreção um pouco alterada, e por fator genético, há um estreitamento na saída do ducto onde elimina a secreção da glândula, endurecendo o material sebáceo, dando origem ao cravo - comedão. Essa glândula pode romper, o que é chamado vulgarmente de espinha, levando a várias graduações de acne", explica a especialista.

O caminho parece meio complicado, mas o resultado do processo é bem conhecido. A estudante Lívia da Silva , 18 anos, é outra que fica bastante  incomodada com as protuberâncias no rosto, apesar de hoje serem pouco visíveis. "Aos 12 anos começou a me dar espinhas. Tomei um remédio por conta própria e causou efeito contrário, aumentou muito", afirma a estudante.

Por isso, a dermatologista Sandra Maria Bittencourt aconselha fazer acompanhamento médico para tratar a acne. "A pessoa nunca deve se auto-tratar. Também não deve espremer as espinhas porque pode causar inflamação, que gera cicatriz", alerta.

Lívia continuou na luta para ficar livre do problema. "Aos 14 anos, passei a me tratar com a minha dermatologista atual. Fui melhorando aos poucos, mas sempre o efeito era paliativo. Fiquei assim por quatro anos. Usei vários ácidos e fiz peeling. Ficava bom na hora, mas depois de duas semanas voltava. Há um mês passei a tomar um medicamento mais forte. O único efeito colateral que estou sentindo é a boca ressecada", diz Lívia.

Sobre o remédio adotado por Lívia, a dermatologista Sandra afirma que ele deve ser usado em graus mais severos de acne e precisa ser monitorado pelo especialista. "É o tratamento mais eficaz. Os outros contornam a acne - não curam. Já essa medicação tem uma perspectiva de cura em torno de 85%, se a pessoa não tem problema hormonal. É importante que o tratamento seja feito corretamente. Se  não tomar uma dose eficaz, volta tudo de novo. Mas tem efeitos colaterais como má formação do feto, aumento da sensibilidade solar, ressecamento da mucosa labial e as taxas de triglicerídios podem crescer", salienta a médica.

Dicas para evitar o problema

Evite filtro solar com óleo e álcool e maquiagens em excesso. Certos medicamentos causam acne medicamentosa. Excesso de aminoácidos, corticoides orais e anabolizantes também pioram a acne. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional do Espírito Santo, Sandra Maria Bittencourt, não existe dado científico que comprove a relação entre a alimentação e acne.


GAZETA ONLINE

Um comentário:

  1. Existe alguma ligação do uso do Roacuton com o aumento do peso durante o tratamento?
    Faço tratamento dermatológico, porém, o meu tratamento e inteiramente com medicamentos tópicos. Inicialmente, tive uma melhora absurda, minha pele ficou muito bonita e totalmente limpa. Porém, não perdurou. Faço tratamento há 5 anos, e esse ano, minha médica decidiu iniciar o tratamento com o Roacutan. Fiz todos os exames, ainda espero o resultado de alguns. Bom, a minha acne é tipo I moderada, provavelmente, pode se pensar que não seria necessário o uso devido a outros tratamentos que podem também trazer bons resultados. Mas como havia "dito" no inicio, fiz e faço tratamento tópico e não resolveu, ou melhor, elas ainda persistem em voltar. Como faço tratamento a algum tempo, os anos passaram, hoje com 23 anos minha dermatologista tomou essa decisão. No começo, fiquei com muito medo e até pensei e não tomar, mas fiz uma pesquisa na internet, pensei na possibilidade de não te-las mais. Então, hoje estou esperando apenas o resultado dos outros exames para iniciar o tratamento. Estou ansiosa e com bastante medo, mas, espero que de tudo certo. Aguardo resposta da minha pergunta quanto o aumento do peso.
    Abraços!

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