domingo, 11 de março de 2012

"Temos que encarar e aceitar", diz Gianechini ao 'Fantástico'

O ator falou da luta contra o câncer e como superou a doença
O Fantástico deste domingo (11) mostrou uma matéria de superação de pessoas que estavam no auge de suas profissões, mas tiveram que encarar um grande desafio: a luta contra o câncer. Os atores Reynaldo Gianecchini, que teve um linfoma, e Drica Moraes, que sofreu de leucemia, deram seus depoimentos e falaram como enfrentaram essa temida doença.

Gianecchini lembrou que ao descobrir o diagnóstico, pensou que poderia ser erro médico: "a primeira coisa que fazemos é negar para nós mesmos e achar que o exame deu errado. Mas depois, quando tive a certeza, aceitei e encarei de frente".

O ator disse que ficou muito debilitado, mas buscou forças em outros pacientes: "eu olhava para o lado e via pessoas piores do que eu sorrindo. Era uma solidariedade natural. Tudo isso me deu força", afirmou Gianechini.

Drica Moraes também lembrou da fase difícil: "a vida enfrenta a morte. Eu tive que passar por isso, mas superei. Hoje, meu melhor amigo é alguém que não conheço", afirmou, se referindo ao seu doador de medula óssea.

Reynaldo Gianechini volta ao teatro nesta terça-feira (13), com a peça Cruel, em São Paulo. Drica estreia no dia 16 o espetáculo À Primeira Vista. [Terra]



Os atores os atores Reynaldo Gianecchini (39) e Drica Moraes (42), que se recolheram da carreira profissional para enfrentar a luta contra o câncer, comentaram em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, sobre o momento de superação e o período longe do trabalho.
“A primeira coisa acho que é a gente negar para a gente: ‘eu acho que teve um erro médico ou de exame’. Então, quando chegou o diagnóstico preciso, eu falei: ‘Ok, eu tenho câncer’. Então, acho que o primeiro lance é você encarar de frente e aceitar. A maioria das pessoas às vezes só olha a ponta do iceberg, que é a doença – ‘Oh, que triste’. Mas tem tanta coisa por trás. Tinha toda uma parte outra que te fez tão bem também e te fez crescer tanto”, afirmou o ator
“Eu vejo as mudanças com muita alegria. Eu acho que as mudanças, perder, é muito bom. Perder alguma coisa que você foi e que você não é mais não é necessariamente ruim”, avaliou a atriz.
Gianecchini fez questão de contar que tirou forças ao se espelhar em outras pessoas que passavam pela mesma situação. “Em vários momentos eu estava muito fisicamente debilitado. Aí olhava para o lado, tinha um caso muito pior que o meu, de pessoas assim com um sorriso, passando por uma situação superdifícil, mas com um sorriso na cara. É uma solidariedade que vem naturalmente e que você naturalmente faz você sair daquele buraco”, explicou.
Já Drica, admitiu que chegou a ficar assustada, porém, destacou que soube enfrentar o problema. “O medo da morte é uma coisa fatal. Vai aparecer, quer você queira, quer você não queira. Mas a vida inclui a percepção da morte. A vida pode enfrentar a morte. Então, você passa por isso”, disse.
Reynaldo e Drica, que retornam aos palcos nesta semana, com Cruel e A Primeira Vista, respectivamente, também falaram da alegria de voltar ao trabalho. “Vontade total. Está parecendo que estou organizando uma festa. Minha sensação é essa: que eu estou aqui celebrando algo a mais do que o trabalho”, declarou Gianecchini. “Meu melhor amigo é uma pessoa que eu não conheço, que é o meu doador. Então essa peça fala desse tipo de coisa, desse tipo de sutileza, de troca, de amor onde você se transforma através do outro”, comentou a atriz, lembrando de um de seus processos de recuperação da doença.

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