quinta-feira, 29 de março de 2012

Monge tibetano morre após atear fogo a si mesmo


Mais um monge tibetano morre após atear fogo a si mesmo
É o segundo caso apenas nesta semana; tibetanos protestam contra autoritarismo da China

LONDRES Exilados tibetanos divulgaram nesta quinta-feira que mais um monge morreu após atear fogo ao próprio corpo, em protesto contra o governo chinês. Na quarta-feira, Jampa Yeshi morreu após ficar dois dias internado em tratamento intensivo por causa de queimaduras que ele mesmo causou.

Tibetano exilado tenta apagar chamas do corpo do colega,
Jamphel Yeshi, após ele atear fogo ao próprio corpo
durante protesto contra visita do presidente chinês,
Hu Jintao, à Índia, em Nova Délhi. Yenshi morreu em
um hospital local em decorrência de seus ferimentos.
26/03/2012 REUTERS/Adnan Abidi
Lobsang Sherab, de 20 anos, se auto imolou na quarta-feira na cidade chinesa de Jialuo. Ele teria gritado frases enquanto queimava na rua principal de sua cidade natal e morreu no local. Policiais teriam removido seu corpo para evitar que moradores realizassem um funeral. Para prevenir agitação, as forças de segurança também ordenaram o fechamento de lojas. Os exilados que divulgaram sua morte eram do mesmo monastério que Sherab, mas agora vivem na Índia.

Mais de 30 pessoas já atearam fogo ao próprio corpo no último ano em áreas tibetanas da China, para protestar contra seu governo autoritário. Pelo menos 22 morreram. Os ativistas argumentam que a repressão chinesa é tão opressiva que os tibetanos não tem outra maneira de realizar protestos.

O governo chinês enxerga as auto imolações como terrorismo e acusa o líder espiritual tibetano Dalai Lama, que há décadas está exilado na Índia, de incitar as ações.

O governo tibetano em exílio, baseado na cidade indiana de Dharamsala, afirmou na quarta-feira que a China está usando métodos brutais para suprimir protestos pacíficos dentro do Tibet.

Nós pedimos que os líderes do Brics levantem a questão do Tibet junto ao presidente Hu Jintao junto com Síria e Irã, apela um comunicado divulgado pelos tibetanos.

O Globo

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