domingo, 11 de setembro de 2011

Atentados do 11 de setembro completam dez anos. Reveja a cobertura da época

Em poucos minutos, 410 metros de concreto e 110 andares, nas duas torres, vieram ao chão. 

No dia 11 de setembro de 2001, incrédulos olhavam para a televisão e contemplavam, como em um filme de horrores, as duas maiores torres de Nova York indo ao chão. Mesmo preparado para receber impactos de aviões do porte de boeings 727, o World Trade Center não resistiu à forte batida das aeronaves 767 sequestradas horas antes por terroristas.

A tragédia foi a maior já registrada em solo norte-americano. Desmancharam-se os 417 metros do World Trade Center, que, com 110 andares era, na época, o maior edifício de Nova York. Para efeito de comparação, os ataques japoneses em Pearl Harbor deixaram pouco mais de 2 mil mortos e levaram os Estados Unidos da América a entrar de vez na Segunda Guerra Mundial. Em setembro de 2001, foram quase 3 mil mortos, entre os atentados nas duas torres e também no Pentágono.

No dia o atentado, A GAZETA produziu um edição extraordinária, que circulou durante a tarde e à noite sobre os acontecimentos. Relembre abaixo.


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Dez anos depois, normas e regras de segurança nos Estados Unidos estão muito mais rígidas. Também nesse período, o país entrou em guerra com Afeganistão e Iraque. No dia primeiro de maio deste ano, a captura do líder terrorista Osama Bin Laden foi anunciada pelo presidente Barack Obama, então principal responsável pelos ataques do dia 11 de setembro. A ação foi comemorada por americanos em todo o mundo.

A política externa dos Estados Unidos endureceu muito nesse período. Não faltam julgamentos sobre possíveis excessos e desmandos por parte dos americanos, mas isso já é outra história, muito mais complexa que os atentados. Reveja abaixo vídeos e fotos do período e tire as conclusões.



11 de Setembro de 2001



Antes       Depois


Na época do acidente, capixaba escapou por pouco. Leia mais uma vez a matéria:
Capixaba escapa da morte

Graças a um atraso de cinco minutos, Luciana - que trabalha em um prédio a 10 metros do Trade Center - escapou das explosões ocorridas em Manhattan

Graças a um atraso de cinco minutos a capixaba Luciana Pires Albuquerque de Castro, 33 anos, que trabalhava a 10 metros do World Trade Center, em Nova York, escapou ilesa das explosões ocorridas ontem, nas duas torres daquele prédio. Menos assustada, ela lamenta: "Não sei o que é pior, se pensar no desespero das famílias da vítimas da explosão, se imaginar as pessoas que ficaram presas nos andares do prédio, ou visualizar a angústia dos passageiros seqüestrados, indo de encontrado às torres. São cenas pavorosas".

Trabalhando como assistente executiva em um banco alemão, Luciana acordou ontem disposta a fazer o mesmo trajeto que costuma fazer todos os dias: "Sai de Nova Gersey, onde moro e levei minha filha para a escola. Depois de deixá-la, retornei para casa, mas enfrentei um trânsito ruim. Acabei atrasando cinco minutos a mais do que o normal".


Em seguida, a capixaba foi para a estação de trem. "Era cerca de nove horas, já estava no trem quando anunciaram que todos deveriam sair e pegar outra composição e retornarem para suas casas, porque havia acontecido um acidente no World Trade Center. Mas não falaram o que tinha acontecido. Sai, peguei outro trem, e fui em direção ao trabalho. Não imaginava que tinha acontecido uma explosão", destacou Luciana.

No caminho, a surpresa: "Estava a cerca de dois quarteirões do trabalho. De repente olhei para o céu e vi as duas torres do World Trade Center em chamas. Comecei a chorar. Um amigo que estava do meu lado, se ajoelhou desesperado. Todos choravam. Eram cenas de filme. Chamas saindo por todos os lados".

O susto não tinha acabado. "De repente uma das torres desabou. Procurei um rumo, tentei fugir, mas não conseguia. Passava pelos hospitais tinha pessoas ensangüentadas. Aviões de caça sobrevoando a área. Pessoas gritando no alto-falante, pedindo doações de sangue. Uma coisa pavorosa", lembrou a capixaba.

Imagens de um helicóptero registraram toda ação dos terroristas. Veja mais uma vez:


Na angústia, Luciana não chegou a ver o prédio onde trabalha: "Da rua liguei para um amigo do serviço. Ele me informou que depois da primeira explosão os colegas correram e desceram para o primeiro andar. Quando estavam saindo aconteceu a segunda explosão. Dizem que a estrutura do prédio não ficou abalada, mas foi atingida pelos destroços do World Trade Center. Quem ficou perto para ver a cena, com certeza saiu machucado".

Só às 15h, Luciana conseguiu se livrar do desespero: "Seis horas depois começaram a abrir as pontes. O pânico das pessoas era tão grande que elas atravessam a pé. Fui para a estação e peguei o trem de volta para casa. A condução estava lotada. Fui na porta, pendurada".

Reveja alguns dos principais atentados nos Estados Unidos:
4/5/1886: Bomba matou 11 pessoas e feriu mais de 100 em uma passeata de sindicalistas em Chicago, na Haymart Square. O atentado foi atribuído a anarquistas e oito pessoas foram condenadas.
1/10/1910: Bomba plantada no jornal Los Angeles Times matou vinte pessoas. O atentado foi atribuído a sindicalistas e duas pessoas foram presas.
16/09/1920: Bomba nas proximidades de Wall Street matou 30 pessoas e feriu mais de 300, no coração financeiro de Nova York. Ninguém foi condenado.
18/05/1927: Bomba em uma escola em Lansing, capital do Estado de Michigan, matou 45 pessoas, entre elas 35 crianças. O terrorista, um fazendeiro que temia perder sua propriedade devido ao não pagamento de impostos, morreu na explosão.

Internauta guardou jornais da época do acidente e fez o vídeo abaixo:



29/12/1975:
 Bomba deixa 11 mortos e 75 feridos no aeroporto de La Guardia, Nova York. Ninguém foi preso ou condenado.

26/02/1993: Bomba deixa seis mortos e mais de cem feridos no World Trade Center, em Nova York. Quatro árabes foram condenados pelo atentado.

19/04/1995: Bomba em um prédio do serviço público federal em Oklahoma City mata 167 e fere 467. Timothy McVeigh, um extremista de direita que dizia estar se vingando do autoritarismo do governo americano, foi condenado a morte. Morreu no último mês de julho com um injenção letal.


LEONARDO QUARTO - GAZETA ONLINE


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