quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Suspeito de matar modelo Murilo Rezende e Eugênio Bozola mente, afirma polícia

Suspeito de matar dois na Oscar Freire mente, afirma polícia
modelo Murilo Rezende da Silva, encontrado morto em um apartamento na Rua Oscar Freire, região nobre de São Paulo, no dia 24/08/2011

A Polícia Civil classificou como "fantasiosa" a versão apresentada ontem em depoimento por Lucas Cintra Zanetti Rosseti, 21 anos, suspeito de assassinar dois homens em um apartamento na rua Oscar Freire (zona oeste de SP), e informou que vai indiciá-lo por latrocínio (roubo seguido de morte).

Em interrogatório na sede do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), na capital, ele afirmou que o analista de sistemas Eugênio Bozola, 52 anos, matou o modelo Murilo Rezende, 21, e depois tentou assassiná-lo em 23 de agosto.

Rosseti diz ter matado Bozola em legítima defesa.

"Ele disse que tomou um suco que estaria com remédio.

Como ele tomou pouco suco, diz que acordou antes da hora e viu o modelo esfaqueado, já com o saco plástico na cabeça.

O dono do apartamento [Bozola] teria se voltado contra ele, que diz que conseguiu tomar a faca e reverter a agressão", relatou o delegado Maurício Guimarães Soares, do DHPP.

Artur Rodrigues
do Agora





Acusado de duplo homicídio na Oscar Freire queria ser delegado
Mãe de jovem acusado matar modelo e analista de sistemas afirma que filho era focado nos estudos e não seria capaz de matar


Lucas Cintra Zanetti Rosseti, 21 anos, apontado pela Polícia Civil como responsável por matar a facadas o modelo Murilo Rezende, de 21, e o analista de sistemas Eugênio Bozola, de 52, dentro de um apartamento na Rua Oscar Freire, sonhava em ser delegado. A mãe do jovem, Andréia de Mendonça, 39 anos, disse que seu filho é um jovem estudioso, trabalhador e teve uma "ótima criação". Ela afirma que sua dor é tão grande quanto a das mães do modelo e do analista de sistemas.

"Meu coração de mãe tem certeza que ele não seria capaz de fazer isso", desabafou. Lucas foi descrito pela mãe como um rapaz que gostava de rock e tinha vários sonhos. Entre eles, trabalhar na polícia. Ele cursava o primeiro ano de direito.

Andréia diz que seu filho nunca teve relacionamentos homossexuais e mostrava ser apaixonado pela namorada. "Mãe é mãe. Estou do lado dele independentemente de qualquer coisa. Tenho esperanças de que um milagre aconteça."

Lucas chegou à sede do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) na tarde de ontem, após ser medicado na Santa Casa de Misericórdia; as mãos dele estão machucadas.

Versão fantasiosa

Em depoimento, o jovem confirmou a versão dada de forma não oficial à polícia de Sertãozinho, onde ele foi preso na segunda-feira. Lucas diz ter desconfiado de um "suco amargo" feito por Bozola e afirma ter acordado no momento em que o analista esfaqueava Murilo no pescoço. Ele diz ter tido tempo apenas para pegar uma faca para se defender. Sobre os objetos roubados e a fuga para o interior, Lucas alegou ter "medo do que poderia acontecer".

Para o delegado Maurício Soares, do DHPP, a versão é "completamente fantasiosa". Lucas permanecerá preso temporariamente por 30 dias.

Jaqueline Sampaio, namorada de Murilo, está inconformada com a versão do suspeito. "Conversamos quando os dois já estavam mortos. Ele disse que estavam dormindo e ainda me desejou uma boa noite e mandou um beijo. Para mim, é um criminoso frio e calculista. Tudo foi planejado antes."


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