segunda-feira, 4 de abril de 2011

Anticoncepcionais.Os 10 melhores métodos contraceptivos

A pílula anticoncepcional completou 50 anos neste ano e é considerada um marco na liberdade sexual feminina. Com ela, a mulher passou a poder decidir entre engravidar ou não. Em contrapartida, passou a enfrentar alguns problemas, como o aumento das doenças sexualmente transmissíveis, do câncer do colo do útero, além dos efeitos colaterais. Felizmente, neste meio século, a composição do medicamento evoluiu e, atualmente, os efeitos são bem menores. Menores, mas ainda existem. As manchas na pele das mulheres - mais propensas a isso - estão aí e não nos deixam mentir. Assim, como a retenção de líquidos e a temida celulite.

Há muitas opções. A pílula à base de progesterona, por exemplo, é mais aconselhável para as mulheres que tem propensão à manchas de pele. Mas é sempre bom lembrar que cabe ao médico prescrever o medicamento.

Justamente por isso, a Revista. AG convidou os ginecologistas Carlos Moschen, Ronney Antonio e o chefe do departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Ufes, Justino Mameri Filho, para auxiliar nessa escolha. Os especialistas apresentaram os prós e contras de 10 anticoncepcionais. Confira!

1 Pílula anticoncepcional. Ela é composta pelos hormônios estrogênio e progesterona, que fazem o bloqueio da ovulação no útero. É indicada para mulheres que têm determinadas patologias, como endometriose e cólicas menstruais fortes, além de evitar a gravidez - seu maior objetivo.

2 Anel vaginal. Funciona igual ao anticoncepcional comum. A própria vagina absorve o medicamento com o efeito anticoncepcional. Qualquer pessoa pode usar. Só depende da adaptação da paciente. É bom para quem costuma esquecer de tomar ou sente enjoo com a pílula. Não atrapalha a atividade sexual. A própria mulher coloca no canal vaginal na primeira menstruação e retira 21 dias depois.


3 Adesivo. É da cor da pele e deve ser trocado de sete em sete dias. É indicado para quem costuma esquecer de tomar a pílula. A pele absorve o medicamento. O único inconveniente é um adesivo fixado na pele. Banho, sauna e suor não atrapalham o efeito do medicamento, que custa, em média, R$ 40,00 ao mês.

4 Implante. É um anticoncepcional colocado embaixo da pele do braço. Tem o formato de um bastão de silicone, com micro furos que liberam por dia microgramas do medicamento. Possui quatro centímetros de comprimento e um milímetro de espessura. É comercializado no Estado por R$ 600,00, em média. Alguns médicos dizem que esse procedimento causa sagramento irregular, escapes. Para colocá-lo é necessário uma anestesia local.

5 Injeção mensal. É composta pelos hormônios estrogênio e progesterona. Com esse método, a mulher continua menstruando normalmente. A recomendação é aplicá-la sempre na mesma data ou sete dias após menstruar. O único inconveniente é a picada. É aconselhada para quem costuma esquecer, ou não quer que outra pessoa saiba da prevenção.

6 Injeção trimestral. Além de ser um método anticoncepcional, o objetivo desse medicamento é fazer a mulher parar de menstruar. Deve ser aplicada no terceiro dia menstruação. Após a primeira, deve ser feita de três em três meses, na mesma data. Pode ter efeitos colaterais em algumas pacientes, como ganho de peso, depressão e redução de líbido.

7 Dispositivo Intra-Uterino (DIU) de progesterona. Como o nome já diz, é inserido dentro do útero, onde os progestágenos são liberados. Considerado um dos métodos de maior eficácia, possui menos efeito colateral do que o implante e a injeção trimestral. Reduz o fluxo ou causa a parada de menstruação. Sua durabilidade é de cinco anos. O valor varia entre R$ 900,00 (consultório) e R$ 1.300,00 (cirurgia).

8 Dispositivo Intra-Uterino (DIU) de cobre. É o mais tradicional. Com ele, a mulher menstrua todo mês. Pode ser colocado no consultório. Dura de 5 a 10 anos e é encontrado na rede pública de saúde. Na rede privada, o valor é, em média, R$ 500,00.

9 Minipílula de progesterona. Esse método é indicado para mulheres que amamentam regularmente. O nível hormonal é muito baixo, por isso, é incapaz de evitar a ovulação. Por não ter o hormônio estrogênio, não interfere na qualidade e quantidade do leite.

10 Pílula de progesterona. É recomendada para todas às mulheres que estão em idade avançada, pré-menopausadas e com riscos cardiovasculares - fumantes ou com histórico de trombose. Ela bloqueia a menstruação. É indicada também para diabéticas por não ter estrogênio, responsável pelo aumento à resistência de insulina. Deve ser ingerida continuamente sem interrupção. Começa no primeiro dia da menstruação. Algumas pessoas podem passar a ter um pouco mais de acne e seborreia, mas não é frequente, o que mais ocorre é o escape menstrual. As pílulas mais modernas custam em torno de R$ 40,00.

Pílula do dia seguinte

É indicada para casos extraordinários, onde o método utilizado falhou ou a pessoa teve uma relação desprotegida no período fértil. A contracepção de emergência, como o nome já diz, deve ser feita o mais rápido possível - após a relação. Dentro das primeiras 24h, a eficácia dela é de 98%. [A Gazeta]



Contraceptivos "de longo prazo" são mais eficientes, diz estudo


Mulheres que optam como métodos contraceptivos a pílula, o adesivo, ou o anel vaginal têm vinte vezes mais chances de ter uma gravidez indesejada do que aquelas que utilizam métodos de uso prolongado, como DIU (dispositivo intrauterino) ou implantes.

O estudo foi feito por pesquisadores da Washington University School of Medicine, em Saint Louis, EUA, e publicado no períodico New Ingland Journal of Medicine.

A pesquisa, realizada com 7.500 participantes de idades entre 14 e 45 anos, mostrou que mulheres abaixo dos 21 anos que escolheram a pílula, o adesivo ou o anel, apresentaram um risco duas vezes maior do que mulheres mais velhas.

"Este estudo é a melhor evidência que temos que métodos reversíveis de longa duração são muito melhores que os outros", afirmou Jeffrey Peipert, um dos autores. "Dispositivos intrauterinos e implantes são mais eficientes porque as mulheres podem esquecer deles depois de colocados"

Gravidezes não planejadas são um grande problema de saúde nos Estados Unidos. Cerca de três milhões por ano -metade de todas as gestações no país- não são planejadas. É um número muito alto para uma nação desenvolvida.

"Nós sabemos que os DIU e os implantes tem índices de falha muito pequenos, de menos de 1%, afirmou Brooke Winner, outro dos autores do estudo. "Mas eles são os métodos escolhidos por apenas 5,5% das mulheres que usam contraceptivos nos EUA".

A inserção do DIU é realizada por uma enfermeira ou por um médico, mas poucas mulheres conseguem lidar com o alto custo de aplicação, de cerca de US$ 500 (R$ 1000,00). Mas "quando os DIU são providos sem custo, cerca de 75% das mulheres escolhem esse método, disse Winner.

Isso significa que um uso maior desses tipos de métodos contraceptivos por adolescentes e mulheres jovens poderia prevenir substancialmente gravidezes indesejadas.

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