Gagueira não tem cura, mas pode ser melhorada
Tratamento com um fonoaudiólogo ajuda o paciente gago
Não tem nada de psicológico ou emocional. A gagueira, assunto que ganhou destaque com a participação do coreógrafo Diogo Preto no Big Brother Brasil 11 e com a estreia do filme "O Discurso do Rei" - que conta a história de um rei considerado incapaz de governar por conta de uma gagueira nervosa -, é provocada por um distúrbio no cérebro e, ao contrário do que muitos pensam, não passa com o tempo.
A existência de uma cura para o problema e a crença de que a gagueira é desencadeada por alterações emocionais são apenas alguns mitos que, segundo a fonoaudióloga do grupo Microsom - especializado no tratamento da gagueira -, Clara Rocha, trazem confusão e até mesmo atrapalham quem precisa de ajuda.
Clara explica que a gagueira está ligada a uma dificuldade do cérebro para sinalizar o término de um som ou uma sílaba, e passar automaticamente para o próximo. "É como se a pessoa ficasse ?presa? em algum som até que o cérebro consiga dar o comando para que ela termine o restante da palavra", explica.
De acordo com a especialista, cerca de 5% da população brasileira já passaram por um momento de gagueira, e 1% sofre com o problema constantemente. "Na infância, é comum a criança apresentar os sintomas, mesmo que não tenha pré-disposição genética. Isso acontece por dificuldades no desenvolvimento da fala".
Timidez
Nesses casos, a gagueira pode ser temporária. Mas quem sofre também na fase adulta deve procurar ajuda. O tratamento permite ao gago driblar o problema e a suavizar a fala, como explica a fonoaudióloga da Associação Brasileira de Gagueira no Estado, Isabel Camilo Roque. "O gago pode desenvolver um medo do ouvinte e se retrair. Pode ter até a autoestima afetada. Por isso, é importante procurar um tratamento".
A gagueira tem cura?
Mito. O problema é genético, com exceção de quando é momentâneo, em crianças, e não há como eliminar o caráter genético ou orgânico envolvido. No filme o "O Discurso do Rei", o rei George VI consegue fazer o seu discurso, porém, não é curado. Ele passa a utilizar estratégias que facilitam a fluência, o que é possível com o tratamento
Completar a palavra ou frase de um gago ajuda.
Mito. Pelo contrário, o gago pode se sentir frustrado. As pessoas devem encorajar que o gago fale, sem interromper. Não se deve pedir para a pessoa ter calma, pensar, respirar e falar devagar
Em um momento de tensão, a gagueira aumenta.
Verdade. Os fatores psicológicos não provocam a gagueira, mas são aspectos importantes na fluência e podem aparecer como consequência do distúrbio
O problema tem relação com a garganta ou com a língua.
Mito. Ele tem relação com o cérebro, e não com órgãos utilizados para a fala. Pode ser, inclusive, hereditário, ou seja, passado de pai para filho
Quando canta, a pessoa não gagueja.
Verdade. Isso acontece porque o canto é processado no cérebro de forma diferente da fala. No canto, há pistas externas, como ritmo, melodia e uma letra que já existe, que auxiliam o cérebro e favorecem a fluência
Fonte: Grupo Microsom (Em "A Gazeta" - O melhor Jornal do ES)
eu sou gago mas quando estou convecando com meus amigos não gageijo muito.
ResponderExcluirMas cuando vou apresentar um trabalho no meu colegio eu cageigo muito e meus golegas ficão rindo de me,quanto mas eles riem mas eu gageigo.
eu acho que porque eu sou muito nervoso , esse meu caso tem cura.....