quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cabeleireiro é assassinado na porta de salão de beleza na Serra


A vítima era proprietário do estabelecimento e havia acabado atender uma cunhada quando foi vítima de quase dez tiros



foto: Nestor Muller

Dentro do salão Nosso Estilo nada foi roubado

O cabeleireiro Jackson Pereira Vitório, 36 anos, havia acabado de pintar os cabelos de uma cunhada quando foi assassinado com quase dez tiros de arma de fogo, às 20h desta terça-feira (25) dentro do salão Nosso Estilo. O estabelecimento, que era de sua propriedade, fica localizado na Rua Dom Pedro II, em Serra-Sede. A mulher conseguiu escapar porque correu para os fundos do salão. Jackson Pereira se preparava para fechar a loja quando foi executado.

Nada foi roubado. O crime foi cometido por uma dupla armada em uma moto, segundo investigações de policiais plantonistas da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Familiares da vítima disseram que ambos os assassinos usavam capacetes e não foram identificados. A motivação ainda é investigada. Jackson não teria passagens pela polícia e não era ameaçado, de acordo com parentes.


A investigação deverá solicitar imagens de videomonitoramento público na rua onde ocorreu o fato para tentar obter alguma identificação dos criminosos. O salão também possui câmeras na parte interna, mas não se sabe se o aparato eletrônico gravou o assassinato. A dupla nem entrou no salão. Os tiros foram feitos do lado de fora do estabelecimento. A porta de vidro foi estilhaçada, paredes e muitos objetos ficaram com marcas de tiros.

A vítima foi socorrida por um irmão, um jovem que não será identificado. Jackson foi levado ao Pronto Atendimento (PA) da região, mas já era tarde. Até a manhã desta quarta-feira (26) o rapaz estava com a roupa suja com o sangue do cabeleireiro, lembrado por amigos e parentes como uma pessoa alegre, bem relacionada e que não gostava de se envolver em confusão.

Apelidado como Kiko desde pequeno, Jackson Pereira tinha um filho de 6 anos. O homem era separado da mãe da criança e o menor mora junto com a mulher. Familiares informaram que a menino nem sabia do assassinato do pai até a manhã desta quarta. O salão da vítima estava em pleno funcionamento há pelo menos seis meses. Antes disso, no mesmo endereço, a vítima tinha uma locadora de jogos de video game. O caso foi repassado à Delegacia de Crimes Contra à Vida (DCCV) da Serra.

Paulo Rogerio 
A Gazeta

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