O estudo sugere que a química do cérebro desempenha um papel na habilidade das pessoas cometerem a infidelidade.
Uma pesquisa feita pela Universidade do Estado de Nova York, nos Estados Unidos, mostrou que uma em cada quatro pessoas tem o gene DRD4. Segundo os cientistas, homens e mulheres com o "gene da traição" têm uma facilidade maior para trair e, quando traem, costumam manter casos esporádicos com diversas pessoas em vez de se envolver com uma só.
O pesquisador Justin Garcia, coordenador do estudo, afirma que é claro que vários fatores, e não só um gene, abrem espaço para uma traição. Mas no estudo feito com 189 pessoas, foi possível perceber que aqueles que carregavam o DRD4 traíam duas vezes mais do que os sem esta característica genética.
"A motivação parece vir da forma como o cérebro processa a dopamina, neurotransmissor ligado ao sistema de recompensas. É como se, durante a traição, eles recebessem uma descarga maior de prazer", escreveu Garcia na revista especializada PloS.
O pesquisador acredita que o impulso da traição pode ser canalizado de outras formas: "O gene DRD4 também está ligado a uma visão política mais liberal e a um comportamento mais aventureiro".
Mais pesquisa é necessária
Garcia observa que seus resultados não indicam uma associação de causa-e-efeito entre genética e comportamento sexual, mas o estudo não prova que a biologia humana afeta o comportamento e as decisões que as pessoas fazem em suas vidas pessoais. Ele disse que mais pesquisas são necessárias, com grupos maiores de homens e mulheres para identificar os potenciais marcadores genéticos que influenciam o comportamento sexual.
"Essas relações são associativos, o que significa que nem toda a gente com esse genótipo terá carrinhos one-night ou cometem infidelidade ", diz Garcia. "De fato, muitas pessoas sem este genótipo cometem infidelidade. O estudo sugere que apenas uma proporção muito maior de pessoas com este tipo genético são propensos a se envolver em tais comportamentos."
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