quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Soldado mata homem em quarto de motel e alega legítima defesa

O soldado paraquedista do Exército Salomão Silveira, de 21 anos, preso em flagrante por matar Darci Ataíde Cavalcante, 55 anos, num motel em Campinho (zona norte do Rio), alega que agiu em legítima defesa.

De acordo com a versão do soldado, o homem o obrigou a entrar no carro e ir até o motel. Chegando lá, se despiu e, segundo o rapaz, tentou obrigá-lo a ter relações sexuais. O militar, faixa roxa de jiu-jitsu, teria dado um soco na vítima, seguido de um golpe de estrangulamento. Ele diz que sua intenção não era matar, mas fazer o homem desmaiar.

Assustado, Salomão tentou fugir no Fiat Uno da vítima. O gerente do motel não deixou o rapaz ir embora. Salomão diz que se identificou como militar e que, então, pediu para chamarem a polícia. Ele afirma que não conhecia Darcy, que não é homossexual e que não imaginava que tinha matado a vítima. A polícia não tem informações sobre a profissão de Darcy. Seus parentes ainda não foram localizados.

Salomão contou que mora na Ilha do Governador com a mãe e que não tem antecedentes criminais. Ele lamenta que ninguém acredite em sua versão e nega que seja homossexual.

O delegado Felipe Etori, titular da delegacia de Homicídios do Rio, contesta a versão de Salomão. Segundo ele, o quarto estava em alinho, nada sumiu e ele não alertou nenhum funcionário do motel de que estaria sendo obrigado a entrar no local, o que indica que o rapaz não foi levado a força.
"Eu não acredito na versão do militar, pois eles permaneceram no motel por 20 minutos e não havia sinais de luta corporal.Não foram encontradas armas no local. Em momento algum, Darcy tentou chamar a atenção dos funcionários do estabelecimento para ajudá-lo. Ou seja, essa história não está bem contada. Vamos investigar e aguardar o resultado da perícia do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli)", disse o delegado.

Foto: Alexandre Vieira | Agência O Dia

Fontes: O Dia, SDRZ, Folha Online, R7

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