A cirurgia plástica no abdômen e nos seios foi realizada nesta quarta-feira, na clínica plástica Dr.Joshemar Heringer. Segundo familiares, a funcionária pública estava empolgada com a operação e se recuperava bem.
- Minhas duas irmãs foram ontem visitá-la na clínica, por volta das 19h,20h. Ela estava tranquila, no quarto - diz Fernando Maciel Dias, irmão de Cátia.
Os parentes da funcionária pública afirmam que hoje, por volta das 6h, Cátia teria telefonado avisando que teve alta e pedindo para buscá-la. Ao chegar à clínica, eles contam que foram impedidos de entrar. Logo em seguida, apareceram no local duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Enfermeiros teriam dito que foram atender uma paciente em estado grave. Quando a família conseguiu entrar na clínica, foi informada da morte de Cátia.
- Na hora que eu cheguei, os médicos estavam abraçados na sala de cirurgia, chorando e dizendo: 'pelo amor de Deus, eu não pude fazer nada' - diz Diego Costa Ferreira, genro da funcionária pública.
Um ferimento na cabeça de Cátia chamou a atenção. A explicação recebida deixou os parentes desconfiados.
- O médico e a enfermeira disseram que ela foi ao banheiro e caiu. A pergunta que fica é: ela foi ao banheiro sozinho após uma cirurgia? - questiona o genro da vítima.
A clínica ficou fechada nesta quinta-feira. O proprietário da clínica, Joshemar Fernandes Heringer não foi encontrado para comentar o caso. Segundo a Associação Brasileira de Cirurgia Plástica, ele faz parte da entidade.
A Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que a clínica possui alvará de funcionamento, mas não há registro de alvará sanitário. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar se houve negligência, imprudência ou imperícia no caso. As testemunhas devem começar a ser ouvidas nesta sexta-feira. O Conselho Regional de Medicina também vai investigar as circunstâncias da morte.
Globo.com/MGTV 2ª Edição