terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Otoplastia: cirurgia simples, e adeus à orelha de abano

Orelhas de abano: quem tem “orelhas em abano” sabe como é difícil conviver com o problema. "As orelhas proeminentes afetam a autoestima do paciente. A partir de cinco ou seis anos, faixa em que se iniciam as atividades escolares, os comentários feitos por colegas de classe passam a incomodar a criança, que se sente ‘diferente’, discriminada do grupo”, afirma o cirurgião plástico Ruben Penteado, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Nestes casos, a otoplastia, cirurgia para correção de deformidades na orelha externa, é o caminho indicado. Geralmente, ela é realizada entre os 7 e os 14 anos de idade, quando as orelhas já atingiram o tamanho definitivo. Adultos também podem se submeter à operação, mas por possuírem cartilagens mais rígidas, em 15% dos casos há recidivas, mas a cirurgia pode ser refeita

Uma cirurgia simples, e o fim da orelha de abano
Orelhão, Dumbo... Quem tem a orelha de abano certamente já ouviu algum comentário desagradável desse tipo. Mas para além da brincadeira, o preconceito com uma orelha diferente pode ser motivo até de depressão, principalmente para crianças em idade escolar.

Isso porque a gozação dos colegas gera constrangimentos que podem levar a distúrbios psicológicos. Para esses casos mais graves a solução pode ser mesmo a otoplastia – uma cirurgia rápida, feita em ambulatório e que resolve o problema em pouco tempo.

"É uma cirurgia pequena mas que gera mudanças grandes, de auto-estima e de atitude", afirma o cirurgião estético Adriano Trindade. Com especialização na área, ele conta que a cirurgia é feita com anestesia local. A recuperação é em até 20 dias.

Por isso, pessoas de qualquer idade podem realizar o procedimento. "Para as crianças, a indicação é que a cirurgia reparadora seja feita a partir dos 7 ou 8 anos, porque é a idade em que as orelhas já estão formadas e praticamente com seu tamanho definitivo", adianta.

Mas a cirurgia também pode ser feita mais tarde – segundo o médico são freqüentes as cirurgias em adolescentes e em pessoas mais velhas, que viviam incomodadas com o tamanho da orelha. É o caso da professora Rosa Maria Chrille, 47. "Quando era mais nova, ouvi muitos apelidos maldosos na escola. Ficava constrangida e imaginava que todos estavam sempre olhando para a minha orelha", lembra.

Depois de passar anos chateada, resolveu fazer a cirurgia no começo do ano. "Minha auto-estima melhorou muito. Hoje fico mais animada na hora de me arrumar para sair. Uso brincos maiores, prendo o cabelo. Antes estava sempre cobrindo as orelhas", comemora.

Para entender


Deformidade. O problema costuma ser provocado por uma deformidade congênita. O bebê já nasce sem a anti-hélix (dobra mais externa da orelha) que mantém as orelhas alinhadas à cabeça num ângulo de 30 a 45º


Causa. A causa é desconhecida, sendo o fator hereditário omais predominante. Há também o mau posicionamentodo lóbulo


Ansiedade. É comum os pais quererem resolver logo o problema dos filhos. Mas é preciso paciência. A idade ideal para fazer a cirurgia em crianças é a partir dos 7 anos – é quando elas entendem mais o que está acontecendo e podem colaborar com a cirurgia e a recuperação


Hora certa. Já para os adultos, o momento de realizar a cirurgia é quando se está emocionalmente preparado para um ato médico. Nunca é tarde para resolver um problema que incomoda


Quando fazer. Alguns casos são muito evidentes, mas outros dependem da avaliação médica. Deve-se levar em conta o contexto estético da face e do crânio. No caso da cirurgia estética, o objetivo é sempre o bem-estar do paciente


Recuperação. A cirurgia é feita com internação de um dia e anestesia local. O paciente fica, em média, dois dias com o curativo e, depois, usa uma tiara por três semanas para proteger as orelhas. A partir daí, vida normal.

Vídeo: Otoplasty (Ear Reshaping)





Fonte: A Gazeta (Reportagem: Tatiana Wuo)

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