domingo, 27 de janeiro de 2013

Incêndio na boate de Santa Maria - RS. Haverá dificuldade em reconhecer corpos

Foi terrível, cena de filme de terror", diz mulher que escapou de incêndio em boate

Segundo Fuchs, o transporte dos corpos é realizado por um caminhão da Brigada Militar, devido ao elevado númerode de mortos. Eles são levados ao Centro Desportivo Municipal (Farrezão), porque o IML (Instituto Médico Legal) não tem capacidade para abrigá-los.

"O número de mortos pode chegar a 150, já que a equipe do Corpo de Bombeiros ainda não chegou até o fundo da boate", disse Fuchs.

O balanço com os números e nomes das vítimas ainda não foi divulgado porque os bombeiros ainda não terminaram o trabalho de resgate. Além disso, os feridos estão distribuídos em diferentes hospitais da cidade.

Ao menos cem pessoas morreram e 200 pessoas ficaram feridas na madrugada deste domingo na boate Kiss, segundo informações preliminares do Exército.

INCÊNDIO
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Adelar Vargas, o fogo teria começado na espuma de isolamento acústico, no teto. Um dos integrantes da banda, que se apresentava no local, teria acendido um sinalizador, que atingiu o teto e o fogo se espalhou rapidamente, de acordo com Vargas.

A auxiliar de escritório, Michele Pereira, 34, que estava em frente ao palco no momento em que começou o incêndio, confirma que um dos integrantes da banda acendeu um sinalizador no palco.
"A banda que estava no palco começou a usar sinalizadores e, de repente, pararam o show e apontaram [o sinalizador] para cima. Aí o teto começou a pegar fogo, estava bem fraquinho, mas em questão de segundos começou a se alastrar", disse Pereira.

No local, havia apenas uma saída de emergência. Os bombeiros tiveram que abrir um buraco na parede da boate para facilitar o acesso e a retirada das pessoas do local.

O assessor do Hospital Caridade, que fica na região central da cidade, Claudemir Pereira, disse que pelo menos 30 pessoas estão no hospital com ferimentos leves a graves. Os corpos foram levados para o Centro Desportivo Municipal (Farrezão), porque o IML (Instituto Médico Legal) não tem capacidade para abrigá-los.

Segundo informação preliminar da prefeitura, há registro de quatro mortes na UPA e outras quatro no Hospital da Guarnição de Santa Maria. A prefeitura está recrutando voluntários para ajudar no atendimento aos feridos, principalmente, enfermeiros e de médicos.

O fogo foi controlado por volta das 5h30, mas por volta das 7h os bombeiros ainda permaneciam no local fazendo o trabalho de rescaldo. O prédio ficou destruído e corre risco de desabamento, de acordo com os bombeiros.

As causas do incêndio serão investigadas.



"Vi pessoas serem pisoteadas tentando sair", diz vítima de incêndio

A auxiliar de escritório Michele Pereira, 34, é uma das pessoas que conseguiu escapar do incêndio que atingiu na madrugada a boate Kiss, no centro de Santa Maria (307 km de Porto Alegre), e deixou ao menos cem mortos e 200 feridos, segundo informações preliminares do Exército.


No momento do incêndio Pereira estava em frente ao palco onde um grupo fazia um show. "A banda que estava no palco começou a usar sinalizadores e, de repente, pararam o show e apontaram [o sinalizador] para cima. Aí o teto começou a pegar fogo, estava bem fraquinho, mas em questão de segundos começou a se alastrar", contou.

A auxiliar estava próxima da porta da saída, por isso conseguiu escapar. "Foi minha sorte estar perto da saída e era a única que tinha pelo que eu vi porque todo mundo estava saindo por ela ou pela porta de entrada", contou. No corre-corre, Michele caiu e machucou o joelho. "Vi muita gente sendo pisoteada no desespero para sair de lá eu acabei cortando o joelho", disse.

Na saída, o cenário visto por Pereira foi desolador. "Foi terrível, cena de filme de horror! Corpos caídos pelo chão, muita gente desmaiada, chorando, tentando respirar porque a fumaça era muita", contou.

Pereira estava com a estudante de radiologia Leandra Toniolo, 23, quando a amiga avisou que iria ao banheiro, deixando todos os documentos na bolsa da auxiliar. O incêndio começou quando Toniolo ainda estava no banheiro. A família ainda busca por notícias da estudante.

"Assim que o incêndio começou ela ainda estava no banheiro, que ficava próxima a entrada. Eu estava no lado oposto, perto do palco e próximo da porta de saída. Eu teria que cruzar a pista inteira para tentar encontrá-la e no tumulto era impossível", contou.

INCÊNDIO

O incêndio deixou mais de cem mortos e ao menos 200 pessoas feridas na madrugada deste domingo na boate Kiss, no centro de Santa Maria (307 km de Porto Alegre), segundo informações preliminares do Exército.

O tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs afirmou que o número de mortos pode ser ainda maior, já que ainda há pessoas desaparecidas e espalhadas por diversos hospitais. Ainda não foi divulgado a relação de nomes das vítimas. De acordo com Fuchs, o alvará do estabelecimento estava vencido desde agosto de 2012.

Ele disse ainda que o transporte dos corpos para o Centro Desportivo Municipal (Farrezão) é realizado por um caminhão da Brigada Militar, devido ao elevado número de mortos. "O número de mortos pode chegar a 150, já que a equipe do Corpo de Bombeiros ainda não chegou até o fundo da boate", disse Fuchs.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Adelar Vargas, o fogo teria começado na espuma de isolamento acústico, no teto. Um dos integrantes da banda, que se apresentava no local, teria acendido um sinalizador, que atingiu o teto e o fogo se espalhou rapidamente, de acordo com Vargas.

A auxiliar de escritório, Michele Pereira, 34, que estava em frente ao palco no momento em que começou o incêndio, confirma que um dos integrantes da banda acendeu um sinalizador no palco.

"A banda que estava no palco começou a usar sinalizadores e, de repente, pararam o show e apontaram [o sinalizador] para cima. Aí o teto começou a pegar fogo, estava bem fraquinho, mas em questão de segundos começou a se alastrar", disse Pereira.

No local, havia apenas uma saída de emergência. Os bombeiros tiveram que abrir um buraco na parede da boate para facilitar o acesso e a retirada das pessoas do local.

FOLHA
SIDNEY GONÇALVES DO CARMO

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