terça-feira, 17 de julho de 2012

Luta contra a Aids: novas esperanças


Luta contra a Aids: novas esperanças
Pílula é aprovada nos EUA, e vacina pode sair em breve

Washington
Os Estados Unidos aprovaram a primeira droga que mostrou capacidade de reduzir o riscos de infecção pelo HIV, um marco nos 30 anos de batalhas contra o vírus que causa a Aids. Ao mesmo tempo, cientistas norte-americanos também sinalizaram ontem com otimismo sobre o licenciamento de uma vacina contra a doença para breve.

A Administração de Drogas e Alimentos dos EUA (FDA, pela sigla em inglês) aprovou o remédio Truvada, da farmacêutica Gilead Sciences, como uma medida preventiva para pessoas que têm alto risco de contrair o HIV, como os que fazem sexo com parceiros infectados. Esse é o primeiro remédio contra o HIV para pessoas ainda não infectadas.

A Gilead Sciences Inc. vem comercializando o Truvada desde 2004 para tratamento de pessoas infectadas pelo vírus. Mas estudos mostraram que a droga pode impedir as pessoas de contrair o HIV quando usada como prevenção. Em três anos, eles descobriram que doses diárias do medicamento podem cortar o risco de infecção em 42% em homens gays ou bissexuais, quando acompanhado do uso de camisinha.

A aprovação inclui como contrapartida um programa de mitigação do risco, com treinamento e orientação voltadas para o aconselhamento de pessoas que usem o Truvada .Outra exigência é que a Gilead recolha amostras de indivíduos que contraírem o HIV durante o uso avaliando uma possível resistência do vírus à droga. Também deverão ser monitoradas as mulheres que engravidarem durante o uso do medicamento.

foto: ASSOCIATED PRESS/ASSOCIATED PRESS/AE
Droga é usada desde 2004 para tratamento de pessoas infectadas pelo vírus


Vacina

Uma série de tentativas frustradas lançou uma sombra duradoura sobre as pesquisas de uma vacina que evitasse a Aids. Em 2009, um teste clínico na Tailândia foi o primeiro a mostrar que seria possível evitar a contaminação pelo vírus HIV em humanos. Desde então, as descobertas apontam para vacinas ainda mais poderosas usando anticorpos que combatem o vírus. Agora, os cientistas acham que o licenciamento de uma vacina acontecerá em breve.

"Conhecemos o rosto do inimigo", disse Barton Haynes, da Universidade Duke, na Carolina do Norte. "O vírus é bem mais astuto do que pensávamos", disse ele, que apresentará um relato sobre os progressos na pesquisa das vacinas durante a conferência anual da Sociedade Internacional da Aids, entre 22 e 27 deste mês em Washington.

Estima-se que haja até 34 milhões de soropositivos no mundo. E, com 2,7 milhões de casos só em 2010, especialistas dizem que a vacina continua sendo a maior esperança de erradicação da Aids.

A Gazeta

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