quarta-feira, 9 de maio de 2012

Falha mecânica é causa provável para queda de helicóptero. Sete policiais e o principal suspeito de chacina morreram

Falha mecânica é causa provável para queda de helicóptero, diz delegada
Delegada-geral da Polícia Civil em Goiás, Adriana Accorsi falou sobre tragédia.
Sete policiais e o principal suspeito de chacina morreram no acidente.

A delegada-geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi, afirmou nesta quarta-feira (9) que falha mecânica é a provável causa da queda do helicóptero, matando sete policiais e o principal suspeito da chacina de Doverlândia, na zona rural de Piranhas, na tarde de terça-feira (8). A informação foi dada durante entrevista coletiva realizada nesta manhã, em Goiânia. "Não sou perita, mas para mim houve algum problema na aeronave", disse.

Adriana observa que  existem procedimentos de segurança na aviação que eram mantidos e seguidos à risca pelos delegados Osvalmir Carrasco Júnior e Bruno Rosa Carneiro, piloto e copiloto da aeronave, respectivamente.

A delegada também descartou a possibilidade de que Aparecido Souza Alves, de 22 anos, que, segundo a polícia, admitiu ter degolado sete pessoas em Doverlândia, no dia 28 de abril, tenha se rebelado e provocado a queda da aeronave. “O preso ia totalmente algemado, pés e braços. O cinto de segurança é de difícil retirada. Ele estava sendo seguro pelos delegados, não tinha como ele ter contato algum com os pilotos. Realmente, não considero essa hipótese”, enfatiza Adriana Accorsi.

Investigações
As causas do acidente deverão ser esclarecidas pelos investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que chegou ao local do acidente no fim desta manhã. Aeronaves sobrevoam a região da Fazenda do Boi, no município de Piranhas (GO), em busca de mais destroços.

O gerente de Operações da Polícia Civil, Carlos Roberto Teixeira, afirmou em entrevista à TV Anhanguera, na terça-feira (8), que a aeronave estava com o tanque cheio o suficiente para a viagem de volta para Goiânia. Pela localização dos destroços, o helicóptero caiu cerca de 15 minutos depois de decolar. “Provavelmente, se tivesse apresentando algum defeito, não estaria voando”, observa.
Equipes passaram a madrugada em busca dos destroços do helicóptero da Polícia Civil de Goiás


Vítimas
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás, as vítimas da queda do helicóptero são: o superintendente da Polícia Judiciária de Goiás, o delegado Antônio Gonçalves Pereira dos Santos; os delegados Bruno Rosa Carneiro, Osvalmir Carrasco Melati Júnior, Jorge Moreira da Silva e Vinícius Batista da Silva;  os peritos criminais Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva; além do principal suspeito do crime, Aparecido de Souza Alves.

Até as 13h desta terça-feira, apenas o corpo do delegado Vinícius Batista havia chegado ao Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia.

O governador Marconi Perillo decretou luto oficial de três dias no estado, devido à tragédia de Piranhas. O delegado-chefe da comunicação da Polícia Civil, Norton Ferreira, explica que, do ponto de vista do atendimento ao público, esta quarta-feira (9) será um dia de trabalho como outro para a corporação. No entanto, ele admite que não há como encarar este dia com normalidade.

Reconstituição
A Polícia Civil de Goiás retomou, na manhã de terça-feira, a reconstituição da chacina. O crime aconteceu no dia 28 de abril, em uma fazenda onde sete pessoas morreram degoladas.

O superintendente da Polícia Judiciária em Goiás, o delegado Antônio Gonçalves, e o delegado de Doverlândia, Vinícius da Silva, estavam responsáveis por conduzir o segundo dia dos trabalhos de reprodução simulada dos fatos. Na primeira parte da reconstituição, realizada na última quinta-feira (3) com a coordenação da delegada-geral de Polícia Civil, Adriana Accorsi, os investigadores teatralizaram, com ajuda de dublês, as duas primeiras mortes: do proprietário da fazenda e do filho dele, mortos dentro da casa.

Na terça, a polícia decidiu usar manequins para representar as cinco vítimas mortas na área externa da propriedade. Segundo Antônio Gonçalves, o mudança tem como objetivo facilitar os trabalhos. "Nestas cenas, os corpos serão arrastados no pasto. Com manequins fica mais fácil", explicou o delegado.

Suspeito
Assim como no primeiro dia da reconstituição, o principal suspeito do crime, Aparecido Souza Alves, foi a Doverlândia acompanhar os trabalhos.  "Ele vai falando o que aconteceu, enquanto os peritos vão encenando, filmando e fotografando", detalhou Gonçalves. Segundo ele, como não há nenhuma testemunha visual dos fatos, essa era uma importante prova técnica para desvendar o caso.

No último dia 28 de abril, sete pessoas foram degoladas em uma fazenda na zona rural de Doverlândia. Morreram o dono da fazenda e o filho dele, um caseiro da propriedade e dois casais que haviam ido visitar o fazendeiro. Três pessoas estão presas. Segundo a polícia, eles foram ouvidos e negaram participação no crime.



Delegado de Tupã, SP, é uma vítimas de queda de helicóptero em Goiás 
O acidente aconteceu depois da reconstituição de um crime. 
O principal suspeito também estava na aeronave e morreu.


O delegado Osvalmir Carrasco Melati Júnior, de 38 anos, nascido em Tupã (SP), morreu nesta terça-feira em Goiás durante a queda do helicóptero usado na reconstituição da chacina que abalou a cidade de Doverlância (GO) na última semana.

Osvalmir era tripulante e estava na aeronave acompanhado de mais sete pessoas, incluindo o principal suspeito, peritos, outros delegados e o superintendente da Polícia Judiciária do estado. No crime investigado, sete pessoas foram degoladas em uma fazenda. Além de delegado, ele também era piloto, mas, não se sabe ainda se era ele quem pilotava a aeronave no momento do acidente.


O pai e a irmã do delegado tupaense já estão na cidade de Piranhas em Goiás para o reconhecimento do corpo. O delegado nascido na região Centro-Oeste, possuía família e amigos na cidade de Tupã, onde se formou em direito.

A família ainda tenta entender como o acidente aconteceu. A avó Elvira Melati Carrasco, está inconformada. "Toda a vida ele gostou dessa vida assim, parece que já tava no sangue dele sabe. Foi delegado e tudo e agora ele estudou para piloto e tava exercendo, até que aconteceu esse final".

Segundo Enóqui Fonseca, amigo, ele nunca esqueceu o sonho de voar. "Ele gostava de aeromodelo, essas coisas, e sempre foi uma pessoa que se aproximava disso, porque quem gosta, mesmo que não vá ser piloto, acaba aprendendo muita coisa de navegação, de aerodinâmica. E sempre que ele falava disso, se msotrava uma pessoa apaixonada".

Depois de ingressar para a polícia como delegado em Goiás, em 1999, ele começou a estudar aviação. Em 2006 já era um dos pilotos mais experientes da Polícia Civil de Goiás.



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