Peruano de três anos que carregava feto do irmão gêmeo no abdômen se recupera de cirurgia
Isbac Pacunda sendo preparado para a cirurgia Foto: Reprodução
A cirurgia de retirada do gêmeo parasita do abdômen do pequeno Isbac Pacunda, de três anos, foi bem sucedida. Segundo informações do site “Antena 3”, a operação foi complicada, mas o prognóstico é bom. O garoto está em recuperação no Hospital Las Mercedes de Chiclayo, no Peru.
De acordo com Marco Antonio Flores, médico que participou do procedimento, o feto estava muito ligado ao rim direito do menino. O gêmeo parasita era alimentado pelas veias renais de Isbac, que possuem grande fluxo sanguíneo. Isso tornou o procedimento bastante trabalhoso.
Isbac Pacunda chegou ao hospital em Chiclayo acompanhado do pai, Leónidas. O menino reclamava de fortes dores no estômago. Os médicos descobriram que Isbac carregava um irmão gêmeo parasita, de 25 centímetros, no abdômen.
O feto tinha crânio com couro cabeludo, coluna vertebral e ossos dos braços e pernas. Mas não possuía cérebro, pulmões ou coração, e se alimentava do sangue de Isbac.
De acordo com Carlos Astocondor, pediatra cirurgião que liderou a cirurgia de Isbac, o problema do menino é conhecido como "Fetus in fetu" e ocorre quando os gêmeos ainda são zigotos e não conseguem se separar completamente.
Veja reportagem sobre o caso (em espanhol)
Gêmeo Parasita – Fetus in Fetu
Esta anomalia poderia ser dizer que é um exacerbo do caso dos gêmeos xipófagos (siameses). Neste caso, é considerada uma anomalia “fetus in fetu“, quando um gêmeo malformado é encontrado dentro do corpo de um gêmeo hospedeiro, seja uma criança ou um adulto vivo.
De acordo com a literatura especializada, quando o feto hospedeiro consegue sobreviver ao parto, este fica com uma protuberância, como se fosse um inchaço na região onde está feto parasita. Cerca de 80% dos casos ocorrem com o parasita alojado na região abdominal. Quando nasce uma criança (ou um adulto passa por exames específicos), podem ser escontradas no abdomen massas contendo ossos, cartilagem, dentes, tecido do sistema nervoso central, gordura e músculo denominadas ‘teratomas’. Mas só serão consideradas como fetus in fetu caso haja um tronco e membros reconhecidos.
Embora seja difícil saber a taxa exata de incidência, já que os casos podem passar despercebidos durante longos períodos, acredita-se que o fetus in fetu ocorre a cada grupo de 500 mil nascimentos, e muitas vezes passam desapercebidos sem serem diagnosticados.
Extra Online
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