quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Queda de prédio. Cozinheiro diz ter sido abordado por namorada de jogador antes da queda

Cozinheiro diz ter sido abordado por namorada de jogador antes da queda Homem contou que Flávia disse que havia flagrado Rafael com outra. Ele se apresentou espontaneamente à polícia nesta terça-feira (9). 

Jogador mostra desespero em elevador após
jovem cair de prédio (Foto: Reprodução/TV Globo)
Uma nova testemunha, um cozinheiro de 58 anos, se apresentou “espontaneamente”, segundo a delegada Elisabete Sato, titular da 5ª Secciconal, nesta terça-feira (9) para prestar depoimento no inquérito que investiga a morte da adolescente Flávia Anay de Lima, de 16 anos. À polícia ele relatou que foi abordado, após deixar a lanchonete onde trabalha, pela namorada do jogador da Portuguesa Rafael Silva, por volta da 1h da madrugada do dia 31 de julho, na Avenida Apucarana, na Vila Carrão, na Zona Leste de São Paulo.

Segundo o relato do cozinheiro, Flávia estava muito nervosa e pediu informações sobre qual ônibus pegar para chegar à Avenida Conselheiro Carrão, informou a delegada. O homem, então, se ofereceu para acompanhá-la até o ponto de ônibus. Enquanto aguardavam a condução, Flávia disse, segundo o cozinheiro, que estava muito nervosa porque havia acabado de flagrar o marido a traindo.

A família da adolescente rejeita a hipótese de suicídio. O jogador, tanto no depoimento à polícia como por meio de seu advogado, disse que a jovem se jogou da sacada e negou qualquer agressão.

Em seguida, de acordo com o cozinheiro, ela disse que o marido dela era jogador. Segundo a delegada, em um primeiro momento o homem pensou se tratar de alguém viciado em jogo de bingo. Mas logo Flávia explicou que se tratava de um jogador de futebol, da Portuguesa. Pouco depois, ela subiu no ônibus que a levou até próximo ao prédio onde morava com Rafael Silva e, posteriormente, onde foi encontrada morta ao despencar do 15º andar.

No dia seguinte, em 1º de agosto, o cozinheiro, vendo as reportagens sobre a tragédia na televisão, reconheceu Flávia como a moça que o abordou na madrugada. O homem disse à polícia que conversou com a mulher e com os filhos e que foi orientado por eles a ir à delegacia mais próxima para relatar o que acontecera.

Nesta terça-feira, ele compareceu ao 30º DP, no Carrão, e conversou com o delegado de plantão, que, por sua vez, o encaminhou à 5ª Delegacia Seccional, para que fosse ouvido no inquérito. “Na simplicidade dele, ele me pareceu bem convicto sobre o que ele nos contou”, disse Sato, sobre o depoimento do cozinheiro.

O advogado da Portuguesa, Giuseppe Fagotti, que representa Rafael Silva, disse que a traição relatada por Flávia ao cozinheiro não é verídica. “A testemunha ficou sabendo (da traição) pela boca da Flávia, que via coisa onde não existia”, declarou.

Além dele, os dois policiais militares que atenderam a ocorrência voltaram a ser ouvidos pela delegada nesta terça-feira. “Eles reafirmaram que tanto a tia quanto a prima (de Flávia) disseram ao delegado, quando foram registrar o boletim de ocorrência, que a Flávia ameaçava mesmo se matar caso o Rafael a deixasse”, disse Sato.
A delegada confirmou que será feita uma reconstituição, ainda sem data marcada, para tentar elucidar o que aconteceu no apartamento onde o casal vivia na madrugada do último dia 31. No entanto, Sato disse que aguardará os resultados dos laudos elaborados pela perícia para convocar Rafael Silva para depor e só depois marcará a reconstituição.

G1

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