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Fernando dirige o recém-lançado filme "Quebrando tabu" Foto: Marizilda Cruppe |
Andrade e Huck são irmãos por parte de mãe (Marta Dora Grostein). O pai de Fernando (o jornalista Mário de Andrade) morreu quando ele tinha 8 anos, época em que leu o “Eu, Christiane F. 13 anos, drogada e prostituída”.
— O livro me tirou a vontade de experimentar drogas. Mas, ao filmar na Rocinha, tive contato com o narcotráfico e fiquei intrigado como na Holanda se vende maconha no bar e, no mundo, a venda gera violência — diz sobre o que o fez filmar “Quebrando tabu”.
O filme conta ainda com depoimentos do ex-presidente do Estados Unidos Bill Cliton, do escritor Paulo Coelho, do médico Drauzio Varella, entre outros. Fernando Henrique conduz o documentário, que propõe a descriminalização e a regulamentação do uso das drogas.
— Paulo Coelho diz que a droga é ruim porque é boa. Dá prazer, mas pode tirar o que mais importante que gente tem, que é o nosso poder de escolha. Se um professor diz isso numa sala de aula se faz um enorme polêmica — observa ele, que reconhece ter experimentado maconha na adolescência e sugere o debate: — Provei quando jovem, mas no filme, não defendo o uso, sim, o acesso legal. Na rede pública não temos como tratar os dependentes, mas é impossível erradicar as drogas. E toda vez que alguém que critica essa lógica é taxado de apologista. Mas esse tabu, essa barreira, tem que ser quebrado.
Apesar de ter perdido o pai cedo, Fernando garante que não foi um garoto-problema.
— Não dei trabalho para minha mãe. Com 8 anos, eu era membro de uma associação de orquidófilos, em que a média de idade dos sócios era de 80 anos (risos). Na adolescência, morava em São Paulo, com idas e vindas frequentes ao Rio de Janeiro. Com 20 anos, fui morar em Nova York, onde estudei cinema — conta o rapaz, que já prepara um filme sobre o caso verídico do rapaz que foi sequestrado, e depois de matar o sequestrador no cativeiro, precisou provar sua inocência, e outro longa-metragem sobre convivência pacífica entre árabes e judeus. Pilhado ele, não?
EXTRA
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