Durante alguns anos, os pesquisadores tentaram relacionar as fases da Lua com os terremotos, mas até agora as tentativas não produziram resultados.
É certo que a atração gravitacional exercida pela Lua tem alguma influência nas camadas mais profundas da crosta e do manto e em alguns casos pode até provocar microssismos, mas não há evidências de que podem disparar terremotos.
Atualmente, estuda-se a possibilidade das marés poderem provocar alguns tipos de sismos próximos à linha costeira, mas não existem estudos conclusivos a esse respeito e são objeto de discussão por parte dos pesquisadores.
Foto: Dois momentos da Lua Cheia. À esquerda, Lua Cheia durante o apogeu, quando a distância pode chegar a 405 mil quilômetros. À direita, a Lua Cheia no perigeu, quando o satélite atinge apenas 357 mil km da Terra. [apolo11.com]
Lua mais que cheia
No último dia 19 de março a Lua chegou bem próxima da Terra. A última vez que o satélite se aproximou tanto do nosso planeta foi em 1992. Neste dia, a Lua cheia vai parecer 14% maior e significantemente mais brilhante que o normal. Mas, mesmo com tanto brilho, a super Lua tem um lado negro. Luas cheias foram ligadas a grandes desastres naturais no passado, de terremotos até enchentes. Contudo, astrônomos e outros cientistas dizem que uma catástrofe é improvável.
O dia 19 de março foi o perigeu lunar deste ano, ou seja, o ponto em que a lua esteve mais próxima da Terra. A responsável pela diferença de distância entre nosso planeta e seu satélite natural é a rota elíptica da Lua. O perigeu deste ano vai deixar a Lua 8% mais perto que o normal e 2% mais perto que a média dos perigeus.
As super Luas do passado coincidiram com desastres naturais: o terremoto na Indonésia em 2005, enchentes na Austrália em 1954. Mas os cientistas dizem que não há ligação. Segundo o geofísico John Bellini, da U.S. Geological Survey, “vários estudos foram feitos sobre estes acontecimentos, mas nada de significativo foi encontrado”. As marés vão ficar um pouco mais altas, mas terremotos ou vulcões não serão afetados. “Na prática, você nunca verá nenhum efeito do perigeu lunar. Suas conseqüências estão entre ‘não surte nenhum efeito’ e ‘o efeito é tão pequeno que nem se sente’”, disse o sismologista John Vidali, da Universidade de Washington. [PopSci]
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