Exercícios e boa dieta? Esqueça as velhas receitas de vida longa
Pelo menos é o que diz uma recente pesquisa americana, que derruba várias teses sobre como viver mais
Esqueça os sacrifício! Ser otimista, casar, comer vegetais e fazer exercícios não vão fazer você chegar aos 100 anos. Pelo menos é o que defendem os psicólogos Howard Friedman e Leslie Martin, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Eles acabaram de publicar o livro "The Longevity Project", ainda sem tradução para português, em que derrubam uma série de receitas de longevidade, como não se preocupar ou fazer pelo menos 30 minutos de exercícios diariamente. Para isso, os especialistas analisaram, durante 20 anos, a rotina de 1.500 pessoas, muitas delas com 100 anos, continuando um estudo que começou em 1921.
Para o livro, eles revisaram todos os dados sobre personalidade, estilo de vida, estado de saúde e causa de morte dessas pessoas, e chegaram a afirmações pouco ortodoxas. E afirmam que atividades como jardinagem podem ser tão eficazes quanto passar horas na esteira, na hora de garantir uns anos de vida a mais.
Segundo os psicólogos, a característica predominante na infância dos que viveram mais tempo com saúde foi o senso de responsabilidade e não o eterno bom humor.
Alerta
Mas não vá se basear nessa pesquisa e sair correndo para cancelar a matrícula na academia ou então se entupir de comida gordurosa.
Toda a velha receita, se não render mais anos de vida, vai garantir, ao menos, que, independentemente da idade, você fique mais saudável e com qualidade de vida, como pontua a geriatra Waleska Binda Wruck.
"A alimentação, a atividade física e as vacinas, assim como a socialização, são importantíssimas para garantir a autonomia dos idosos", destaca a médica.
Especialista em Políticas Públicas para Idosos, o psicólogo Cleilson Teobaldo dos Reis lembra que muitos fatores podem contribuir para uma pessoa viver mais, como a genética, o ambiente e os hábitos.
"Cuidar da própria saúde e dos relacionamentos, mesmo que não determine o quanto se vai viver,
interfere positivamente na qualidade de vida. E isso já está comprovado", completa.(Elaine Vieira)
A Gazeta
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