quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Morre a atriz Isabella Cerqueira Campos aos 72 anos

Corpo da artista será cremado nesta sexta-feira (4) no Caju.


Morreu na terça-feira (2), a atriz Isabella Cerqueira Campos, que deu vida à Capitu, filme dirigido por Paulo Cezar Saraceni, adaptação do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis, e que foi um marco do Cinema Novo. Isabella tinha 72 anos e lutava contra um câncer de mama, segundo o jornal O Globo.

Isabella, baiana de Novo Mundo, fez cinema, televisão e teatro. Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou teatro e dança. Trabalhou como comissária de bordo e tornou-se modelo em Paris, tendo desfilado para a Maison Dior em 1960.

Ao voltar para o Rio, dois anos depois, estreou no teatro com "A prima dona". No mesmo ano faria seu debut no cinema com "Os apavorados", filme considerado a última chanchada da Atlântida, seguido por "Cinco vezes favela", de Cacá Diegues, outro filme importante Cinema Novo.

Mas foi Capitu, de 1968, que lhe deu projeção. Isabella contracenou com Othon Bastos, o Bentinho, e Raul Cortez, que viveu Escobar. Paulo César Saraceni, que a dirigiu, virou seu marido pouco depois.

A atriz também fez novelas como "Passos dos ventos", de 1968, e "A cabana do Pai Tomáz", de 1971, e no seriado "Sítio do Pica Pau Amarelo", de 1978.

No teatro, seu trabalho mais importante foi "Cora Coralina", de 1989, baseada na vida da poetisa goiana.

Nos anos 1970, ela casou com o cineasta Carlos Frederico Rodrigues, com quem trabalhou em filmes como A Possuída dos Mil Demônios. Na década seguinte, Isabella mudou-se com o marido para Visconde de Mauá, onde fundou o Teatro da Montanha.

No cinema, ainda fez em 2006, Brasília 18%, de Nelson Pereira dos Santos, em 2006 e o documentário Panair do Brasil, de Marco Altberg, em 2007.

Terra

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