quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Fofoca pode fazer bem, acredite!


Acredite. Fofoca faz bem



Quando a notícia a ser dada de um colega para outro for uma promoção, aí a fofoca é do bem



Sabe da última? Quem nunca ouviu essa pergunta nos corredores da empresa onde trabalha? Na maioria dos casos, a pergunta é seguida por alguma notícia sobre algum colega de trabalho ou algo que está acontecendo no local. É claro que é impossível controlar a fofoca, mas alguns especialistas defendem que ela pode ser boa, em alguns casos como a divulgação de novas oportunidades dentro da empresa.

De acordo com a professora da Ibmec/Global Business, Mírian Machado, a fofoca do bem é bem vinda quando se descobre oportunidades de promoção. "É claro que a tendência é comentar coisas ruins. Fazer o serviço de buscar de algo que vai desenvolver coisas boas no trabalho é bem melhor como a prestação de serviços ou ajudar as pessoas a se candidatarem a uma promoção. O diálogo franco pode ajudar mais e a divulgação de notícias ajuda a melhorar o sentimento do bem", ressaltou.

O consultor e autor do livro Jogos Políticos nas Empresas, Mauricio Goldstein, a fofoca tem a utilidade de fazer a informação circular dentro da empresa. "A fofoca ajuda a aumentar a ansiedade das pessoas. Neste caso, a vantagem fica para quem a emite: maior influência entre os demais. Quando houver uma situação como esta é importante descobrir um meio de lidar com ela. Neste caso, o diálogo franco é um bom antítodo para isso", disse.

Ele destaca que a liderança deve estar sempre disponível para ouvir perguntas difíceis. Segundo o consultor, há duas formas de se tornar um líder mais aberto. No primeiro caso, se o chefe for uma pessoa fechada, há ferramentas que ajudam a desenvolver esse problema.

"Outro ponto fundamental é criar canais de diálogo, como por exemplo, o presidente da empresa se reunir com os funcionários. É importante lembrar que a conversa franca é boa para todos. Além de favorecer o ambiente de confiança diminuir a fofoca".

Ele lembra que algumas companhias já estão utilizando técnicas de mapeamento de redes sociais internas (conhecidas por Social Network Analysis) e projetos de fortalecimento das redes de conversação.

Vantagens e desvantagens do mexericoA conversa no corredor pode ser relaxante, mas também pode se voltar contra você

Quais seriam as vantagens da fofoca?
1)
Ela democratiza o ambiente. É uma ótima maneira de equilibrar as forças entre chefes e subordinados, uma vez que a fofoca rompe com o desejo de controle da informação dos gestores.

2)
Ela aumenta o poder de influência de quem a pratica. O fofoqueiro se posiciona como uma fonte para assuntos tabus, que não são discutidos na presença do chefe.

3)
Ela aumenta a capacidade de leitura precisa do ambiente organizacional. Ainda que as informações venham de fonte de discutível valor, o estudo americano aponta na máxima de que toda a mentira tem um fundo de verdade.

Como ficar de fora da fofoca do mal

Um risco de quem faz a fofoca é ser o objeto da fofoca. A seguir, três medidas para você não se meter num burburinho.

Mude de assunto:
Se alguém iniciar uma fofoca, direcione a conversa para outro tema.

Mate a conversa com uma distração:
Quando a fofoca começar, ofereça um café para a pessoa, mostre a ela seu novo celular. Enfim, desvie a atenção para outro assunto.

Fique na moita:
Deixe a pessoa falar até acabar e não faça nenhum comentário sobre o que ouviu.

Análise

Um pouco de cuidado é sempre bem-vindo 
Anderson Rocha, Professor de comunicação, liderança e motivação
Nós nos comunicamos o tempo todo e de diversas maneiras. No entanto, dentro do ambiente corporativo, é preciso tomar cuidado para que isso não vire excesso. É bom lembrar que a fofoca faz parte do ser humano. É uma forma de aproximar as pessoas. A cautela é fundamental para não prejudicar alguém. Para as corporações, o essencial é adotar o diálogo franco, além de construir um ambiente de trabalho com mais respeito. Outro ponto importante é usar a comunicação para melhorar a relação entre as pessoas. Quem se comunica bem é mais feliz.


"Quando alguém não está satisfeito fala na hora. Todos têm a liberdade de conversar comigo", Patrícia Lima, diretora administrativa da Arte Assinada

O que as empresas fazem

Arte Assinada: 
A diretora administrativa e financeira da empresa, Patricia Lima, avisa logo na entrevista que no local não são aceitas fofocas. "Todos os funcionários tem liberdade para conversar comigo. A melhor solução é saber tratar o funcionário e mostrar o lado de ser amiga das pessoas".

Hospital Metropolitano: 
Para a coordenadora de Recursos Humanos do hospital, Lorena Morelato, "o diálogo franco garante transparência à comunicação corporativa. Dessa forma, o profissional sabe exatamente o que se espera dele e isso gera uma relação de confiança entre os colaboradores e a empresa".

Argalit: 
Willian Bala, do Recursos Humanos da empresa, aposta na comunicação interna como instrumento de informação.

Lorenge: 
O diretor de RH da construtora, Nilson Silva, afirma que a empresa adota a política do respeito. "Adotamos a política de total liberdade para se expressar".

Morar: 

a coordenadora de Gestão de Pessoas, Patrícia Cordeiro, conta que entre as soluções adotadas estão o jornal mural, o informativo diário on-line e avaliação de feedback a cada seis meses.


"A melhor solução é saber tratar o funcionário, mostrar o lado de amizade entre todos", Celia Zeferino vendedora da Arte Assinada



Diná Sanchotene
A Gazeta

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