Tatuagem de Macarrão foi feita horas antes do sumiço de Eliza Samudio

A tatuagem nas costas de Macarrão, mais que uma homenagem ao amigo Bruno, uma prova de amor ao ex-goleiro do Flamengo, foi feita cerca de três horas antes do sequestro da ex-amante do jogador, Eliza Samudio, segundo reportagem do jornal "O Dia".

Macarrão chegou ao estúdio, no Recreio ds Bandeirantes, por volta de 15h do dia 4 de junho. A frase: "Bruno e Maka - a amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir; amor verdadeiro" demorou aproximadamente três horas para ser tatuada nas costas do amigo do jogador. De lá, Macarrão saiu por volta das 18h30, passou na casa de Bruno e três horas depois, acompanhado do menor de 17 anos, deixou o local para sequestrar Eliza. Antes de parar no Hotel Transamérica, na Barra da Tijuca, para pegar a jovem, a dupla passou no Hotel Windsor, também na Barra, para pegar o jogador que estava concentrado, de acordo com informações da polícia, baseadas em depoimentos.

O responsável pela marca no corpo de Macarrão é conhecido como Viking. Dono do Viking Tatoo Studio, era ele quem fazia as tatuagens da dupla de amigos. Assustado, o tatuador se diz chocado com as notícias.

"Ele (Macarrão) chegou com a frase pronta. Tivemos que corrigir um ou outro erro de português, mas, sinceramente, na hora eu encarei como uma atitude de puxa-saco. De alguém que quer agradar uma pessoa que o tem beneficiado economicamente. Agora, depois que tudo isso veio à tona, fiquei meio chocado. Claro que pensei nisso depois que toda essa história surgiu, mas não tenho como afirmar que ele estava premeditando alguma coisa assim. Só o próprio Macarrão sabe, realmente, o motivo da tatuagem", afirmou ao jornal.

Enquanto esteve tatuando a frase no corpo, Eliza e Macarrão se falaram pelo menos duas vezes ao telefone, segundo indicam as investigações da Delegacia de Homicídios de Minas Gerais e da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro.

O preço da homenagem ao goleiro custou R$ 600, mas Macarrão deixou "pendurado" na conta do amigo. "O Bruno ficou de vir aqui no domingo, mas como ele levou dois gols no fim do jogo (derrota de 2 a 1 para o Goiás), achei até que ele tivesse ficado chateado e resolvido não vir", afirmou Viking.

Porém, no dia 6, as investigações da polícia mineira indicam que o goleiro estava em Contagem, no Motel Palace, onde Eliza teria sido mantida em cativeiro.