Corpo de delegado foi o primeiro a ser resgatado e levado ao IML Reprodução TV |
Ilda Aparecida de Souza Paes disse ao "Bom Dia GO", da TV Globo, que tem medo de vingança por parte das famílias das vítimas que morreram na fazenda e que está abalada com os acontecimentos.
Para ela, o filho, que confessou o crime, teve ajuda. "Isso aí ele não fez sozinho. Uma pessoa sozinha não faz uma tragédia daquelas."
Ela diz que o filho deve ter sido ameaçado para não falar sobre eventuais comparsas. "Se ele contasse, eles o matariam ou a uma pessoa da família. Essas coisas normalmente acontecem", disse.
A mãe diz que não tinha conhecimento de que o filho pudesse estar envolvido com "qualquer coisa errada", e que sente pelas vítimas da chacina e da queda do helicóptero. "A gente cria os filhos e depois eles saem pelo mundo. Você não sabe com quem eles estão se envolvendo. O pai e a mãe não têm culpa do que os filhos fazem de errado."
CRIME
Sete pessoas foram mortas e degoladas no último dia 28 em uma fazenda no sul de Goiás. O crime aconteceu por volta das 17h no município de Doverlândia (a 403 km de Goiânia).
Além do fazendeiro Lázaro de Oliveira Costa, foram mortos seu filho, Leopoldo Rocha Costa, e o vaqueiro Eli Francisco da Silva, funcionário da fazenda.
As outras quatro vítimas --Miracy e Joaquim Manoel Carneiro, o filho do casal, Adriano, e a namorada dele, Tames Mendes da Silva-- eram amigos do fazendeiro e foram ao local para fazer uma visita.
Todos os corpos foram encontrados com cortes no pescoço que, segundo a polícia, chegavam quase à coluna das vítimas.
Na segunda-feira (30), a polícia prendeu Alves em flagrante. Ele tinha o tênis sujo de sangue e, com ele, foram encontrados um celular e uma carabina que pertenciam às vítimas.
Em depoimento à polícia, ele disse que cometeu o crime depois de ter sido contratado por "Alcides do Supermercado", sogro de Leopoldo. Alcides prometeu R$ 50 mil e adiantou R$ 700 em troca do assassinato da família do fazendeiro, segundo sua versão.
Também foram contratados para ajudar a executar o crime Celio Juno Costa da Silva, sobrinho do fazendeiro assassinado, e um pistoleiro identificado como José de Ribeirãozinho, de acordo com o depoimento de Alves.
Celio e Alcides foram presos enquanto participavam do velório das vítimas, em Frutal (MG). O quarto suspeito continua foragido.
A principal hipótese é que o crime ocorreu por questões "materiais", possivelmente ligadas à propriedade, segundo a delegada-geral da Polícia Civil de Goiás, Adriana Accorsi.
A reportagem não conseguiu localizar os advogados dos suspeitos.
Fonte: jornalfloripa.com.br
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