sexta-feira, 11 de maio de 2012

Chacina em Doverlândia. Mãe diz que suspeito que morreu na queda do helicóptero teve ajuda

Mãe diz que suspeito de chacina em Goiás teve ajuda

Corpo de delegado foi o primeiro a ser
resgatado e levado ao IML 
Reprodução TV

A mãe do acusado de matar sete pessoas em uma fazenda de Goiás foi a Goiânia nesta quinta-feira (10) buscar o corpo do filho. Aparecido Souza Alves, 23, morreu na queda de um helicóptero da Polícia Civil na terça.

Ilda Aparecida de Souza Paes disse ao "Bom Dia GO", da TV Globo, que tem medo de vingança por parte das famílias das vítimas que morreram na fazenda e que está abalada com os acontecimentos.

Para ela, o filho, que confessou o crime, teve ajuda. "Isso aí ele não fez sozinho. Uma pessoa sozinha não faz uma tragédia daquelas."

Ela diz que o filho deve ter sido ameaçado para não falar sobre eventuais comparsas. "Se ele contasse, eles o matariam ou a uma pessoa da família. Essas coisas normalmente acontecem", disse.

A mãe diz que não tinha conhecimento de que o filho pudesse estar envolvido com "qualquer coisa errada", e que sente pelas vítimas da chacina e da queda do helicóptero. "A gente cria os filhos e depois eles saem pelo mundo. Você não sabe com quem eles estão se envolvendo. O pai e a mãe não têm culpa do que os filhos fazem de errado."

Além de Alves, morreram na queda do helicóptero os delegados Vinícius Batista da Silva, Antônio Gonçalves Pereira dos Santos, Bruno Rosa Carneiro e Jorge Moreira da Silva e Osvalmir Carrasco Melati Júnior; e os peritos Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva. A aeronave caiu na cidade de Piranhas (321 km de Goiânia) quando voltava de uma reconstituição do crime.

CRIME

Sete pessoas foram mortas e degoladas no último dia 28 em uma fazenda no sul de Goiás. O crime aconteceu por volta das 17h no município de Doverlândia (a 403 km de Goiânia).

Além do fazendeiro Lázaro de Oliveira Costa, foram mortos seu filho, Leopoldo Rocha Costa, e o vaqueiro Eli Francisco da Silva, funcionário da fazenda.

As outras quatro vítimas --Miracy e Joaquim Manoel Carneiro, o filho do casal, Adriano, e a namorada dele, Tames Mendes da Silva-- eram amigos do fazendeiro e foram ao local para fazer uma visita.


Todos os corpos foram encontrados com cortes no pescoço que, segundo a polícia, chegavam quase à coluna das vítimas.

Na segunda-feira (30), a polícia prendeu Alves em flagrante. Ele tinha o tênis sujo de sangue e, com ele, foram encontrados um celular e uma carabina que pertenciam às vítimas.

Em depoimento à polícia, ele disse que cometeu o crime depois de ter sido contratado por "Alcides do Supermercado", sogro de Leopoldo. Alcides prometeu R$ 50 mil e adiantou R$ 700 em troca do assassinato da família do fazendeiro, segundo sua versão.

Também foram contratados para ajudar a executar o crime Celio Juno Costa da Silva, sobrinho do fazendeiro assassinado, e um pistoleiro identificado como José de Ribeirãozinho, de acordo com o depoimento de Alves.

Celio e Alcides foram presos enquanto participavam do velório das vítimas, em Frutal (MG). O quarto suspeito continua foragido.

A principal hipótese é que o crime ocorreu por questões "materiais", possivelmente ligadas à propriedade, segundo a delegada-geral da Polícia Civil de Goiás, Adriana Accorsi.

A reportagem não conseguiu localizar os advogados dos suspeitos.

Fonte: jornalfloripa.com.br

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