Lesões podem ser combatidas, se recentes e amenizadas, se antigas
As estrias surgem quando ocorre o rompimento das fibras colágenas, responsáveis pela elasticidade da pele. Essas fibras têm um formato de três hélices contorcidas em um mesmo eixo, e se encontram na segunda camada da pele, a derme. Segundo o dermatologista Claudio Mutti, da Clinica Visia, de São Paulo, elas se rompem por diversos motivos: aumento de peso brusco, seja em uma gravidez ou pelo "efeito sanfona"; durante a fase da puberdade, no crescimento acelerado e também por causa de alguns medicamentos, como é o caso do uso de corticóides.
A microdermoabrasão é uma das possibilidades para combater o problema em estágios mais avançados Foto: Divulgação |
Em alguns casos elas podem ser prevenidas, evitando o ganho de peso e aumento muscular rápido, assim as fibras tem uma menor chance de romper e dar origem a estrias. Em outros casos isso não e possível de ser evitado, como no crescimento rápido do adolescentes, a distensão da barriga da gestante.
— O aparecimento das estrias é determinado principalmente pela genética, as vezes nos deparamos com pacientes obesas sem nenhuma estria, e outras, que com uma pequena distensão da pele formam muitas estrias. Isso tudo se deve a genética de cada paciente — explica o especialista.
Segundo Mutti, a alimentação é muito importante para se evitar o aparecimento das estrias. Para fugir do problema, a dieta deve ser pobre em doces e gorduras, rica em vitamina c. Além disso, é fundamental que se beba muita água, pois ela irá auxiliar a produção de colágeno, com a finalidade de melhorar a elasticidade da pele.
Os exercício físicos também são importantes, pois alem de diminuir o acúmulo de gordura, o músculo estimulado propicia uma melhor circulação local, tanto sanguínea como também linfáticas.
— Uma circulação linfática eficiente faz com que tenha menos inchaço e por conseguinte menor distensão. Porém, exercícios de musculação que visem a hipertrofia do músculo pode propiciar o aparecimento de novas estrias — ressalta.
O especialista ressalta que o uso de cremes à base de óleo de amêndoa, Aloe vera, hamamelis, uréia, ácido lático, auxiliam no processo de hidratação e regeneração celular.
— A boa hidratação permite maior distensão sem arrebentar a pele, o que daria lugar as estrias — explica.
As estrias são lesões irreversíveis e, portanto, não existe um tratamento que possa combater os danos. Os tratamentos existentes no mercado visam apenas melhorar o aspecto das lesões, estimulando a formação de tecido colágeno subjacente e tornando-as mais semelhantes à pele ao redor.
— Vale ressaltar que, no caso de estrias recentes, são lesões avermelhadas que podem ser removidas com a luz intensa pulsada ou lasers que tem como alvo o pigmento avermelhado das mesmas. Quanto mais precoce o tratamento, melhor o resultado. Essas estrias recentes podem chegar a desaparecer completamente — explica.
Para lesões mais antigas, as estrias brancas, o dermatologista recomenda alguns tratamentos:
:: Microdermoabrasão
Consiste em remover as células mortas da camada mais externa da pele, através de um equipamento que faz uma esfoliação das lesões, estimulando a formação de colágeno e elastina na pele, tratando progressivamente as estrias.
:: Intradermoterapia
Consiste em injeções de substâncias na derme, através de uma agulha de 4 mm, visando estimular o surgimento de um novo colágeno e melhorar a circulação do local.
:: Peeling químico
Nesse tratamento é feito a aplicação de ácidos que promovem uma descamação local e produção de novas fibras de colágeno, e uma retração das estrias.
:: Radiofrequência (Accent)
Estimula o colágeno e promove uma reorganização da trama elástica, melhorando o aspecto das estrias.
:: CO2 fracionado
Laser que busca melhorar a qualidade da pele e atenuar as estrias. Nesse caso, podem ser feitas sessões mensais para alcançar um resultado melhor.
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