Um provocante vestido rosa mudou a vida de Geisy Arruda. A universitária, na época com 20 anos, iria a uma casa de shows após o termino da aula, mas a roupa escolhida provocou um tumulto - com o protesto de cerca de 700 alunos da Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban) -, que ganhou repercussão nacional.
A história está no livro "Vestida para causar", da editora Matriz e que será lançado amanhã. Nele há detalhes da infância e adolescência de Geisy, uma evangélica, filha de pai alcoolista, que começou a trabalhar aos 8 anos e que perdeu a virginda, de forma traumática aos 13 anos. Mas ela não se importa com a exposição, como afirma na entrevista abaixo.
"O vestido não mudou minha vida. O que mudou minha vida foi o ato de preconceito, de vandalismo e a barbárie que vivenciei."
Por que o livro?É um desejo pessoal. Uma vontade de contar a minha vida e tudo que eu já passei ou abdiquei, do meu ponto de vista. O jornalista (Fabiano Rampazzo, autor) é um amigo. Ficamos amigos após tantas matérias que fez comigo. Numa brincadeira, numa conversa informal, ele acabou sugerindo escrever o livro, e eu aceite.
Ansiosa para o lançamento?Terei uma gravação para um programa de TV, na terça (amanhã); saio de lá e vou direto para o lançamento. Uma correria. Mas estou muito feliz e espero que as pessoas gostem de ler o meu livro, de conhecer um pouquinho mais da Geisy, que ninguém conhece, ainda. E que é bem diferente, né?
O livro fala também de sua infância, do relacionamento com seu pai, da perda da sua virgindade...Não tenho problemas com superexposição. Acredito ser uma das mulheres mais superexpostas, na atualidade. Estava em um reality show em que havia mais de 50 câmeras me vigiando, 24 horas. Mas não quero entrar nesses detalhes, que estão no livro.
Participaria de outro?Acho que outro reality show não seria bacana.
Você chegou a buscar um namorado em um programa de TV. Deu certo?Namoramos por um mês. Mas, devido à distância e incompatibilidade, terminamos.
Você ainda guarda o vestido que mudou sua vida?O vestido foi apreendido. Vai ser usado no processo - contra a faculdade Uniban, onde Geisy Arruda estudou e de onde chegou a ser expulsa por conta do vestido que usou para ir à aula -, como prova de defesa.
Comprou outro?Fiz melhor. Criei uma coleção de vestidos inspirados nele, que lembram o modelo.
E a vida de empresária?Está indo bem. Começamos devagar, aos poucos.
O vestido mudou a sua vida?Não mudei pelo vestido. Não posso achar que uma peça de roupa é responsável por minha transformação e evolução como ser humano. O vestido, dentro de toda a minha história, é o que menos importa. O que mudou minha vida foi o ato de preconceito, de vandalismo e a barbárie que vivenciei.
Com a mudança na rotina, com a atenção da mídia, mudou a forma de se cuidar? Está mais caro ser bonita?Acredito que de todas as transformações por que eu passei, entre as que causaram impacto, a cirurgia plástica foi a mais cara e a mais dolorida. Agora é só manter. Na verdade eu não tenho muito tempo para comer. Minha vida anda muito tumultuada. Como muita besteira, e às vezes nem como. Mas agora é só cuidar do que já está bom.
Posaria nua de novo?Eu aprendi que a gente nunca deve dizer nunca, né? Posei para uma revista que vem tendo recorde de vendas. A edição em que apareço foi a mais vendida nos últimos três anos, com repercussão em várias países. Continuo só com ela, não penso em outras. - A GAZETA
Geisy Arruda revela que pretende levar sua história para as telas do cinema
Geisy Arruda lançou sua biografia nesta terça-feira em uma livraria de São Paulo e revelou que pretende levar sua história para as telas do cinema. "Tornar o livro em filme é um projeto que quero tocar adiante", contou em entrevista ao site "O Fuxico". E para protagonizar o longa, a empresária pretende ser a estrela.
"Nada melhor do que eu fazer o filme. Eu senti e vivi tudo aquilo", disse se referindo ao problema que teve na universidade.
Entre os convidados, Nany People, ex-colega de confinamento da loira no programa "A Fazenda" foi prestigiar o lançamento. As duas deixaram o reality brigadas, mas fizeram as pazes durante gravação do programa "O Melhor do Brasil".
"Eu e a Nany nos encontramos hoje no programa e fizemos as pazes. Ela que já era minha mãe voltou a ser de novo", explicou.
O livro relata com detalhes o episódio vivido por ela na Uniban, quando foi humilhada por causa de um vestido curto. Sobre este episódio, Nany People deu sua opinião. "A Geisy só foi hostilizada porque não era gostosa e se viu no direito de se sentir, e colocou um vestido curto. Se fosse a Gisele Büindchen colocariam um tapete vermelho pra ela passar. Se fosse comigo imagina o que teria acontecido", brincou. (SDRZ)
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