sábado, 2 de outubro de 2010

Remédio trata câncer de próstata avançado

Novos remédios revolucionam o combate ao câncer de próstata


O combate ao câncer de próstata ganhou um novo aliado: o cabazitaxel. A droga injetável é o primeiro medicamento desenvolvido no mundo para homens que estão em estágio avançado da doença e que têm resistência às quimioterapias convencionais. Já comercializado nos Estados Unidos e na Europa, o remédio aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que possa ser vendido no Brasil.

Segundo a oncologista Kítia Coimbra Perciano, pesquisas mostraram que a substância aumenta em 28% a sobrevida de pacientes resistentes à quimioterapia tradicional e com o câncer de próstata avançado ao ponto de já ter atingido outros órgãos. "O medicamento é mais uma opção de tratamento. Em breve, ele poderá ser usado também no Brasil", explica. Após a liberação da Anvisa, o produto ainda precisa passar por uma fase de negociação de preço para que, enfim, possa chegar ao mercado.

A droga foi experimentada em um estudo europeu apresentado em um congresso de oncologia clínica em Chicago, nos Estados Unidos, no mês de junho deste ano. Um grupo de 755 pacientes com a doença em estágio avançado recebeu o remédio.

Congresso
A importância do medicamento será abordado na I Jornada Neon de Uro-Oncologia que acontece em Pedra Azul. O evento também abordará novos medicamentos e terapias para os tumores urológicos que atingem bexiga, próstata, rins, entre outros órgãos. (Frederico Goulart)

Doença
Esse foi o número de casos de câncer de próstata registrados no Estado em 2010.

Tratamento com super-hormônio é esperança
Outro tipo de tratamento que pode ser a esperança para quem têm a doença é a terapia com os chamados super-hormônios, destinados a tratar câncer de próstata avançado. Duas novas classes conhecidas como antiandrógeno oral - MDV3100 e abiraterona -, com potência quatro vezes maior do que seus antecessores, estão sendo analisadas, fora do Brasil, em pessoas com resistência aos hormônios convencionais. Os resultados preliminares foram apresentados há um ano e mostraram-se eficientes, segundo a oncologista Kítia Coimbra Perciano. "Agora temos que aguardar o término dos estudos, realizados com um grupo maior de pacientes, para avaliar se há impacto real na qualidade e na quantidade de vida", diz. Os resultados finais devem ser divulgados no ano que vem. O medicamento pode ser capaz de bloquear as células cancerígenas e controlar a doença por um prazo que chega a oito anos.

A Gazeta

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