"Qualquer exercício contribui para o enrijecimento da região pélvica, desde que tenha a respiração conjugada com a prática. Ao fazer um abdominal, a mulher deve contrair o bumbum. Ela pode até sentir um desconforto, mas é próprio do trabalho", ensina a professora de Educação Física e personal trainer Eliane Cunha.
Segundo a sócia do Centro Capixaba de Pilates, Gisely Machado, as alunas comentam os benefícios que a atividade trouxe à relação sexual. "As alunas até brincam dizendo que os maridos estão gostando. O pilates fortalece os músculos mais profundos da região abdominal e da pelve que dão sustentação e durabilidade ao ato sexual. Além de dar mais flexibilidade e reduzir dores crônicas, que podem incomodar", explica Gisely.
De acordo com a professora Eliane, com a musculatura enrijecida, a pessoa percebe mais o seu corpo - consciência corporal -, assim, ela sente mais prazer e diminui a incidência de problemas ligados ao útero e ao ovário.
A fisioterapeuta Raquel Pompermayer, especialista em saúde da mulher, destaca mais benefícios. "Os exercícios perineais relaxam a musculatura quando a mulher tem vaginismo (contração involuntária da musculatura perineal), melhoram o desejo sexual, favorecem a lubrificação vaginal, facilitam o orgasmo, previnem e tratam incontinências urinárias e fecais, as distopias (quedas de bexiga, útero) e, no caso das gestantes, preparam a musculatura para o parto e pós-parto", lista Raquel.
Como fazer
A ginecologista e sexóloga Denise Galvêas explica como a mulher pode fazer em casa mesmo os exercícios na região pélvica. "Imagine que você está urinando, pare pela metade, prenda o jato e depois libere. Essa musculatura é a mesma que faz a vagina ficar com a força muscular maior. É como se fosse uma musculação específica. Mas não é para ser feito na hora de urinar. De 50 a 100 repetições ao dia é o aconselhável para alcançar o objetivo", orienta a médica.
A Gazeta
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