Mistério em assassinato praticado numa cobertura de um prédio na Praia da Costa, em Vila Velha. O aposentado Geraldo Marques, 80 anos, foi encontrado morto na manhã de ontem, na beira da piscina do apartamento em que morava sozinho. A vítima, que apresentava sinais de asfixia, teve os pés e as mãos amarrados; e a boca, amordaçada. No local, não havia sinais de arromabamento, segundo policiais militares, mas foram roubados um computador, um notebook e um relógio da vítima.
A cobertura fica na Torre A do Residencial Aquarius. Localizado na Rua Ceará, o condomínio fica na quadra da praia. A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese para a morte do aposentado, que, segundo vizinhos, era advogado e escritor.
De acordo com a polícia, foi uma diarista quem encontrou o corpo. A jovem – que trabalhava para o aposentado havia dois meses – contou a investigadores que chegou para trabalhar por volta das 7 horas e encontrou a porta do apartamento aberta, sem sinais de arrombamento. Ela falou que, assim que entrou na cobertura, viu que o escritório da vítima estava revirado.
Como não encontrava o aposentado no primeiro andar da cobertura, a diarista resolveu ir até o segundo andar. E foi lá onde ela deparou com o corpo da vítima, caído próximo à piscina. A mulher, então, acionou o condomínio, buscando ajuda. A síndica teria isolado o apartamento e chamado a polícia.
Cena
Geraldo estava caído de barriga para baixo, com os pés e as mãos amarrados com um tecido amarelo, no deque da piscina. O escritor vestia uma camisa de cor branca e uma bermuda cinza e estava descalço. Estava amordaçado com esparadrapo, coberto por um tecido. Havia, ainda, uma gravata amarrada na boca do idoso.
De acordo com as primeiras informações da perícia da Polícia Civil, a causa da morte pode ter sido asfixia. Mas isso só será confirmado hoje, depois que for divulgado o laudo do exame do Departamento Médico Legal (DML). Também será analisado se a vítima foi dopada antes de ser morta.
O corpo não tinha outras marcas de violência aparentes, segundo os peritos. Havia somente manchas roxas decorrente da paralisação da circulação sanguínea. Devido ao estado do corpo, peritos disseram que o escritor deve ter sido morto durante a madrugada.
Poucos moradores do condomínio onde Geraldo Marques morava quiseram comentar sobre o crime. Porteiros do prédio isolaram a área da portaria e também não quiseram falar nada sobre o assunto. Curiosos que passavam pela rua paravam no local para saber o que havia acontecido.
Família espera filho da vítima para liberar corpo
Um irmão do aposentado Geraldo Marques esteve no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, ontem à tarde, para reconhecer o corpo da vítima. No local, ele informou a funcionários que o corpo seria liberado na manhã de hoje, porque a família estava esperando a chegada de um filho de Geraldo, que reside no Rio de Janeiro, para fazer o velório e o enterro do aposentado. Segundo a polícia, a ex-mulher da vítima acompanhou toda a perícia no apartamento, ontem à tarde. Era necessário que alguém da família acompanhasse os trabalhos, já que os filhos de Geraldo não moram no Estado.
Além de assalto, polícia investiga crime passional
Crime passional e assalto são duas das hipóteses que estão sendo investigadas pela polícia no caso da morte do aposentado Geraldo Marques, 80 anos, dentro da cobertura em que morava, no bairro Praia da Costa, em Vila Velha.
O delegado Marcus Vinicius Rodrigues Souza, da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Vila Velha, afirmou que ainda é cedo para excluir qualquer hipótese.
“Não podemos precisar ainda o que aconteceu. Mas foram roubadas coisas do apartamento do aposentado, como o computador, um notebook e um relógio que a vítima usava. Também não podemos descartar a hipótese de crime passional”, acrescentou.
Souza ressaltou que não poderia dar detalhes do que a polícia já havia descoberto para não atrapalhar as investigações. “Não podemos dizer se a porta foi ou não arrombada, se temos ou não suspeitos, porque tudo isso pode acabar atrapalhando o nosso trabalho”, explicou o delegado.
Testemunhas
A única coisa que Souza adiantou foi que, a partir de hoje, já seriam intimadas algumas pessoas para prestar depoimento sobre o caso. Serão ouvidos vizinhos, funcionários do condomínio, a diarista que trabalhava na casa de Geraldo e até mesmo uma ex-funcionária do aposentado. Esta teria trabalhado na casa dele na última quarta-feira, no feriado de Tiradentes.
O cabo Ricardo Ribeiro, da Polícia Militar, informou que a diarista que encontrou o corpo de Geraldo Marques disse que apenas o escritório da casa da vítima estava revirado. Os demais cômodos da casa estavam arrumados.
Uma das funcionárias do condomínio não soube informar se pessoas estranhas haviam entrado no apartamento do aposentado no dia anterior ou durante a noite. Pessoas que trabalham num prédio vizinho também disseram não ter ouvido barulho.
Bandido tinha chave ou entrou com permissão
Ou o assassino entrou a convite da vítima ou tinha a chave do seu apartamento. Foi essa a constatação inicial de policiais que foram ontem ao Residencial Aquarius, onde o aposentado Geraldo Marques, 80 anos, foi assassinado. O idoso morava no apartamento, sozinho, havia muitos anos. Investigadores chegaram ao local às 10h30, e um dos delegados adjuntos da Delegacia de Crimes de Vila Velha também esteve na cobertura do prédio. A perícia papiloscópica, responsável por colher impressões digitais, começou seu trabalho às 13 horas e saiu do edifício por volta das 18h30, levando pacotes contendo material para análise. Os peritos afirmaram que não poderiam passar informações para não prejudicar as investigações.
Peritos já analisam imagens de câmeras
Imagens das câmeras do Residencial Aquarius, localizado na Rua Ceará, na Praia da Costa, Vila Velha, já estão em poder da Polícia Civil. A partir delas, peritos poderão identificar se algum suspeito entrou no prédio do aposentado Geraldo Marques, 80 anos, e cometeu o assassinato. O prédio possui 18 câmeras de segurança: uma em cada portaria, outras na garagem e na área de lazer do condomínio, que funcionam durante 24 horas.
O esquema de segurança do edifício, no entanto, não se resume a videomonitoramento. O condomínio conta com cerca elétrica, porteiros 24 horas e sensores eletrônicos para evitar invasões.
Câmeras próprias
Moradores do prédio onde o aposentado morava e foi encontrado morto informaram que ele comentou, numa reunião de condomínio há cerca de dois meses, que iria instalar câmeras de circuito interno dentro do próprio apartamento. De acordo com moradores que não quiseram se identificar, o escritor teria tomado essa decisão depois que teve sua casa arrombada por três vezes.
No apartamento do aposentado, a polícia encontrou apenas sensores de alarme. Segundo o delegado Marcus Vinicius Souza, o alarme não teria sido disparado e também não foi ouvido por vizinhos do aposentado.
Condomínio aumenta rigor na segurança
A morte de Geraldo Marques chocou os moradores do Residencial Aquarius, na Praia da Costa, e provocou um maior rigor no acesso de visitantes ao local. Ontem, para entrar no residencial – que possui duas torres de apartamentos –, visitantes tiveram que apresentar documento de identidade na portaria.
Preocupados, moradores do prédio se reuniram informalmente ontem à noite. Eles queriam saber detalhes sobre as condições de segurança do local, mas foram informados pela administração do condomínio que não há problemas, já que há pelo menos 18 câmeras em funcionamento no local.
Segundo residentes do condomínio, o aposentado Geraldo Marques, 80 anos, seria advogado. Ali, ele era visto como um homem reservado, que gostava de vinho e de receber convidados.
Uma pessoa chegou a dizer que Marques – que havia sido casado pelo menos duas vezes e era separado judicialmente – recebia visitas em sua cobertura, nos finais de semana. Muitos vizinhos, porém, sequer o conheciam, e ninguém relatou ter ouvido barulho, na madrugada de ontem.
Na Serra, outro aposentado é assassinado
Outro aposentado foi morto, durante a madrugada de ontem, na Serra. Dois homens encapuzados, usando roupas escuras, armados e se identificando como policiais civis, retiraram de casa Edson dos Santos Batista, 41 anos, às 3h20, em Planalto Serrano, e executaram-no com 15 tiros, no bairro vizinho, Campinho da Serra I. O corpo foi encontrado na manhã de ontem, em um terreno baldio. Edson apresentava 15 perfurações de tiros – quatro delas na cabeça. A mulher do aposentado disse que os dois homens pularam o muro e tentaram arrombar a porta da casa. Como não conseguiram, identificaram-se como policiais. Edson, então, resolveu abrir a porta. “Eles falaram que era para a gente procurar por ele no DPJ da Serra”, contou a mulher. Pela manhã, ela, o filho e uma amiga saíram à procura de Edson. Logo, eles receberam a informação do encontro de um corpo no bairro vizinho e, quando chegaram ao local, reconheceram a vítima. Segundo a mulher, Edson tinha o costume de assediar mulheres desconhecidas.
23/04/2010 - 00h00 ( A Gazeta)
A cobertura fica na Torre A do Residencial Aquarius. Localizado na Rua Ceará, o condomínio fica na quadra da praia. A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese para a morte do aposentado, que, segundo vizinhos, era advogado e escritor.
De acordo com a polícia, foi uma diarista quem encontrou o corpo. A jovem – que trabalhava para o aposentado havia dois meses – contou a investigadores que chegou para trabalhar por volta das 7 horas e encontrou a porta do apartamento aberta, sem sinais de arrombamento. Ela falou que, assim que entrou na cobertura, viu que o escritório da vítima estava revirado.
Como não encontrava o aposentado no primeiro andar da cobertura, a diarista resolveu ir até o segundo andar. E foi lá onde ela deparou com o corpo da vítima, caído próximo à piscina. A mulher, então, acionou o condomínio, buscando ajuda. A síndica teria isolado o apartamento e chamado a polícia.
Cena
Geraldo estava caído de barriga para baixo, com os pés e as mãos amarrados com um tecido amarelo, no deque da piscina. O escritor vestia uma camisa de cor branca e uma bermuda cinza e estava descalço. Estava amordaçado com esparadrapo, coberto por um tecido. Havia, ainda, uma gravata amarrada na boca do idoso.
De acordo com as primeiras informações da perícia da Polícia Civil, a causa da morte pode ter sido asfixia. Mas isso só será confirmado hoje, depois que for divulgado o laudo do exame do Departamento Médico Legal (DML). Também será analisado se a vítima foi dopada antes de ser morta.
O corpo não tinha outras marcas de violência aparentes, segundo os peritos. Havia somente manchas roxas decorrente da paralisação da circulação sanguínea. Devido ao estado do corpo, peritos disseram que o escritor deve ter sido morto durante a madrugada.
Poucos moradores do condomínio onde Geraldo Marques morava quiseram comentar sobre o crime. Porteiros do prédio isolaram a área da portaria e também não quiseram falar nada sobre o assunto. Curiosos que passavam pela rua paravam no local para saber o que havia acontecido.
Família espera filho da vítima para liberar corpo
Um irmão do aposentado Geraldo Marques esteve no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, ontem à tarde, para reconhecer o corpo da vítima. No local, ele informou a funcionários que o corpo seria liberado na manhã de hoje, porque a família estava esperando a chegada de um filho de Geraldo, que reside no Rio de Janeiro, para fazer o velório e o enterro do aposentado. Segundo a polícia, a ex-mulher da vítima acompanhou toda a perícia no apartamento, ontem à tarde. Era necessário que alguém da família acompanhasse os trabalhos, já que os filhos de Geraldo não moram no Estado.
Além de assalto, polícia investiga crime passional
Crime passional e assalto são duas das hipóteses que estão sendo investigadas pela polícia no caso da morte do aposentado Geraldo Marques, 80 anos, dentro da cobertura em que morava, no bairro Praia da Costa, em Vila Velha.
O delegado Marcus Vinicius Rodrigues Souza, da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Vila Velha, afirmou que ainda é cedo para excluir qualquer hipótese.
“Não podemos precisar ainda o que aconteceu. Mas foram roubadas coisas do apartamento do aposentado, como o computador, um notebook e um relógio que a vítima usava. Também não podemos descartar a hipótese de crime passional”, acrescentou.
Souza ressaltou que não poderia dar detalhes do que a polícia já havia descoberto para não atrapalhar as investigações. “Não podemos dizer se a porta foi ou não arrombada, se temos ou não suspeitos, porque tudo isso pode acabar atrapalhando o nosso trabalho”, explicou o delegado.
Testemunhas
A única coisa que Souza adiantou foi que, a partir de hoje, já seriam intimadas algumas pessoas para prestar depoimento sobre o caso. Serão ouvidos vizinhos, funcionários do condomínio, a diarista que trabalhava na casa de Geraldo e até mesmo uma ex-funcionária do aposentado. Esta teria trabalhado na casa dele na última quarta-feira, no feriado de Tiradentes.
O cabo Ricardo Ribeiro, da Polícia Militar, informou que a diarista que encontrou o corpo de Geraldo Marques disse que apenas o escritório da casa da vítima estava revirado. Os demais cômodos da casa estavam arrumados.
Uma das funcionárias do condomínio não soube informar se pessoas estranhas haviam entrado no apartamento do aposentado no dia anterior ou durante a noite. Pessoas que trabalham num prédio vizinho também disseram não ter ouvido barulho.
Bandido tinha chave ou entrou com permissão
Ou o assassino entrou a convite da vítima ou tinha a chave do seu apartamento. Foi essa a constatação inicial de policiais que foram ontem ao Residencial Aquarius, onde o aposentado Geraldo Marques, 80 anos, foi assassinado. O idoso morava no apartamento, sozinho, havia muitos anos. Investigadores chegaram ao local às 10h30, e um dos delegados adjuntos da Delegacia de Crimes de Vila Velha também esteve na cobertura do prédio. A perícia papiloscópica, responsável por colher impressões digitais, começou seu trabalho às 13 horas e saiu do edifício por volta das 18h30, levando pacotes contendo material para análise. Os peritos afirmaram que não poderiam passar informações para não prejudicar as investigações.
Peritos já analisam imagens de câmeras
Imagens das câmeras do Residencial Aquarius, localizado na Rua Ceará, na Praia da Costa, Vila Velha, já estão em poder da Polícia Civil. A partir delas, peritos poderão identificar se algum suspeito entrou no prédio do aposentado Geraldo Marques, 80 anos, e cometeu o assassinato. O prédio possui 18 câmeras de segurança: uma em cada portaria, outras na garagem e na área de lazer do condomínio, que funcionam durante 24 horas.
O esquema de segurança do edifício, no entanto, não se resume a videomonitoramento. O condomínio conta com cerca elétrica, porteiros 24 horas e sensores eletrônicos para evitar invasões.
Câmeras próprias
Moradores do prédio onde o aposentado morava e foi encontrado morto informaram que ele comentou, numa reunião de condomínio há cerca de dois meses, que iria instalar câmeras de circuito interno dentro do próprio apartamento. De acordo com moradores que não quiseram se identificar, o escritor teria tomado essa decisão depois que teve sua casa arrombada por três vezes.
No apartamento do aposentado, a polícia encontrou apenas sensores de alarme. Segundo o delegado Marcus Vinicius Souza, o alarme não teria sido disparado e também não foi ouvido por vizinhos do aposentado.
Condomínio aumenta rigor na segurança
A morte de Geraldo Marques chocou os moradores do Residencial Aquarius, na Praia da Costa, e provocou um maior rigor no acesso de visitantes ao local. Ontem, para entrar no residencial – que possui duas torres de apartamentos –, visitantes tiveram que apresentar documento de identidade na portaria.
Preocupados, moradores do prédio se reuniram informalmente ontem à noite. Eles queriam saber detalhes sobre as condições de segurança do local, mas foram informados pela administração do condomínio que não há problemas, já que há pelo menos 18 câmeras em funcionamento no local.
Segundo residentes do condomínio, o aposentado Geraldo Marques, 80 anos, seria advogado. Ali, ele era visto como um homem reservado, que gostava de vinho e de receber convidados.
Uma pessoa chegou a dizer que Marques – que havia sido casado pelo menos duas vezes e era separado judicialmente – recebia visitas em sua cobertura, nos finais de semana. Muitos vizinhos, porém, sequer o conheciam, e ninguém relatou ter ouvido barulho, na madrugada de ontem.
Na Serra, outro aposentado é assassinado
Outro aposentado foi morto, durante a madrugada de ontem, na Serra. Dois homens encapuzados, usando roupas escuras, armados e se identificando como policiais civis, retiraram de casa Edson dos Santos Batista, 41 anos, às 3h20, em Planalto Serrano, e executaram-no com 15 tiros, no bairro vizinho, Campinho da Serra I. O corpo foi encontrado na manhã de ontem, em um terreno baldio. Edson apresentava 15 perfurações de tiros – quatro delas na cabeça. A mulher do aposentado disse que os dois homens pularam o muro e tentaram arrombar a porta da casa. Como não conseguiram, identificaram-se como policiais. Edson, então, resolveu abrir a porta. “Eles falaram que era para a gente procurar por ele no DPJ da Serra”, contou a mulher. Pela manhã, ela, o filho e uma amiga saíram à procura de Edson. Logo, eles receberam a informação do encontro de um corpo no bairro vizinho e, quando chegaram ao local, reconheceram a vítima. Segundo a mulher, Edson tinha o costume de assediar mulheres desconhecidas.
23/04/2010 - 00h00 ( A Gazeta)
Obrigado por este belo post. Como esse assunto é caro para mim, acabo bookmarked seu blog.
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