Ela não teria respeitado orientação de jejum antes da cirurgia; outra suspeita é de embolia
Uma jovem de 23 anos, morreu na manhã de ontem, em Vitória, dois dias após ser submetida a uma cirurgia para implante de silicone nos seios e lipoaspiração, no Hospital Praia do Canto. Ana Carolina Barreto do Prado foi operada na segunda-feira e, ontem, por volta das 6h30, teria sofrido paradas respiratórias em decorrência de complicações da cirurgia. Ela morreu cerca de três horas depois.
Segundo o presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Ariosto Santos, a morte de Ana Carolina pode ter sido causada por um broncoespasmo. "Parece que a paciente não estava com o estômago totalmente vazio. Ela pode ter regurgitado e aspirado esse conteúdo, que foi parar nos pulmões. Depois disso, ela permaneceu na Unidade de Terapia Semi-intesiva e chegou a apresentar melhoras, mas ontem de manhã sentiu falta de ar e teve a parada respiratória", explicou.
Sem UTI
O hospital não possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Outra hipótese para a causa da morte seria embolia pulmonar, que ocorre quando a paciente é submetida a uma cirurgia demorada ou passa muito tempo sem se movimentar. É causada pela obstrução das artérias dos pulmões por coágulos (trombos ou êmbolos) que, na maior parte das vezes, se formam nas veias profundas das pernas ou da pélvis e são liberados na circulação sanguínea.
A direção do hospital não quis se pronunciar sobre o caso, alegando respeito à dor da família, e não informou o nome do médico responsável pela cirurgia. Parentes de Ana Carolina também não quiseram falar sobre o assunto. Segundo informações fornecidas por um familiar que não se identificou, na porta do hospital, Ana Carolina morava em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, mas a família seria do Estado.
Segundo o presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Ariosto Santos, a morte de Ana Carolina pode ter sido causada por um broncoespasmo. "Parece que a paciente não estava com o estômago totalmente vazio. Ela pode ter regurgitado e aspirado esse conteúdo, que foi parar nos pulmões. Depois disso, ela permaneceu na Unidade de Terapia Semi-intesiva e chegou a apresentar melhoras, mas ontem de manhã sentiu falta de ar e teve a parada respiratória", explicou.
Sem UTI
O hospital não possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Outra hipótese para a causa da morte seria embolia pulmonar, que ocorre quando a paciente é submetida a uma cirurgia demorada ou passa muito tempo sem se movimentar. É causada pela obstrução das artérias dos pulmões por coágulos (trombos ou êmbolos) que, na maior parte das vezes, se formam nas veias profundas das pernas ou da pélvis e são liberados na circulação sanguínea.
A direção do hospital não quis se pronunciar sobre o caso, alegando respeito à dor da família, e não informou o nome do médico responsável pela cirurgia. Parentes de Ana Carolina também não quiseram falar sobre o assunto. Segundo informações fornecidas por um familiar que não se identificou, na porta do hospital, Ana Carolina morava em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, mas a família seria do Estado.
Indefinição
O corpo de Ana Carolina foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) na tarde de ontem, onde passou por necrópsia. O exame é necessário, segundo o médico legista José Luiz Federici, porque há dúvidas com relação à causa da morte. Até o início da noite de ontem, a necrópsia ainda não havia sido concluída. Apenas o atestado de óbito seria entregue à família atestando, preliminarmente, "causa indefinida".
O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que vai abrir sindicância para apurar as responsabilidades do hospital e do médico no caso.
"Procedimentos normais", diz clínicaPor meio de um dos membros de sua equipe jurídica, o advogado Victor Conti, a Clínica Praia do Canto informou que o estabelecimento trabalhou "dentro dos procedimentos corretos" estabelecidos para a situação. A clínica preferiu não dar detalhes a respeito do procedimento cirúrgico alegando risco de "violação ao sigilo profissional".
Meio copo de água já pode trazer riscos
Não seguir a recomendação médica de realizar jejum horas antes de uma cirurgia pode causar complicações e até a morte do paciente. Segundo o presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Ariosto Santos, se o paciente não cumprir o jejum e beber apenas meio copo de água antes da cirurgia pode prejudicar o andamento do procedimento.
"Quando se submete a um cirurgia plástica o paciente está sujeito a vários riscos. Por isso, é preciso tomar vários cuidados antes do procedimento. Um deles é fazer o jejum corretamente. Se isso não ocorre, o paciente pode ter broncoespasmos - quando ocorre uma espécie de refluxo e o líquido do estômago volta e é aspirado pelo paciente", alerta o especialista.
Também é essencial, segundo o médico, que o paciente faça todos os exames pré-operatórios, informe ao profissional sobre todos os medicamentos que costuma tomar e suspenda o uso desses remédios antes da cirurgia. "Se não fizer isso e omitir informações, o médico pode não conseguir tratar algum problema que venha a acontecer durante a cirurgia", acrescenta.
Além disso, o paciente também deve checar se a clínica ou hospital possui alvará de funcionamento e licença sanitária. A existência de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também é importante, mas não obrigatória. Por isso, deve-se ter certeza de que o local possui condições de dar atendimento seguro em casos de complicações.
Mesmo tomando todas essas precauções, o paciente ainda está sujeito a complicações anestésicas, infecções e processos embólicos. "Os pacientes precisam ter consciência de que o risco de complicações existem", finaliza Ariosto Santos.
A Gazeta
O corpo de Ana Carolina foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) na tarde de ontem, onde passou por necrópsia. O exame é necessário, segundo o médico legista José Luiz Federici, porque há dúvidas com relação à causa da morte. Até o início da noite de ontem, a necrópsia ainda não havia sido concluída. Apenas o atestado de óbito seria entregue à família atestando, preliminarmente, "causa indefinida".
O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que vai abrir sindicância para apurar as responsabilidades do hospital e do médico no caso.
"Procedimentos normais", diz clínicaPor meio de um dos membros de sua equipe jurídica, o advogado Victor Conti, a Clínica Praia do Canto informou que o estabelecimento trabalhou "dentro dos procedimentos corretos" estabelecidos para a situação. A clínica preferiu não dar detalhes a respeito do procedimento cirúrgico alegando risco de "violação ao sigilo profissional".
Meio copo de água já pode trazer riscos
Não seguir a recomendação médica de realizar jejum horas antes de uma cirurgia pode causar complicações e até a morte do paciente. Segundo o presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Ariosto Santos, se o paciente não cumprir o jejum e beber apenas meio copo de água antes da cirurgia pode prejudicar o andamento do procedimento.
"Quando se submete a um cirurgia plástica o paciente está sujeito a vários riscos. Por isso, é preciso tomar vários cuidados antes do procedimento. Um deles é fazer o jejum corretamente. Se isso não ocorre, o paciente pode ter broncoespasmos - quando ocorre uma espécie de refluxo e o líquido do estômago volta e é aspirado pelo paciente", alerta o especialista.
Também é essencial, segundo o médico, que o paciente faça todos os exames pré-operatórios, informe ao profissional sobre todos os medicamentos que costuma tomar e suspenda o uso desses remédios antes da cirurgia. "Se não fizer isso e omitir informações, o médico pode não conseguir tratar algum problema que venha a acontecer durante a cirurgia", acrescenta.
Além disso, o paciente também deve checar se a clínica ou hospital possui alvará de funcionamento e licença sanitária. A existência de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também é importante, mas não obrigatória. Por isso, deve-se ter certeza de que o local possui condições de dar atendimento seguro em casos de complicações.
Mesmo tomando todas essas precauções, o paciente ainda está sujeito a complicações anestésicas, infecções e processos embólicos. "Os pacientes precisam ter consciência de que o risco de complicações existem", finaliza Ariosto Santos.
A Gazeta
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