Acusada de ser fraudadora, estelionatária e suspeita de encomendar a morte do marido e até de um amante, a advogada Heloísa Borba Gonçalves, 61 anos, conhecida como Viúva Negra, está sendo procurada pela polícia. O Disque Denúncia oferece recompensa valiosa por informações que levem à prisão da criminosa. O prêmio pulou de R$ 2 mil para R$ 11 mil.
Somando as recompensas oferecidas pelos traficantes mais procurados do Rio - Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, R$ 3 mil; Fabiano Atanázio, R$ 5 mil, e Francisco Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, R$ 5 mil - o montante chega a R$ 13 mil, apenas R$ 2 mil a mais que o valor oferecido para quem denunciar a bandida.
Segundo a polícia, Heloísa já foi condenada a mais de 19 anos de prisão pela 19ª Vara Criminal e responde a outro processo por dois assassinatos e tentativa de um terceiro, na 1ª Vara Criminal.
Ela ficou conhecida como Viúva-Negra por causa dos crimes: quatro homicídios e duas tentativas de homicídio. Segundo o Supremo Tribunal Federal, o primeiro marido de Heloísa, Irineu Duque Soares, foi assassinado em 1983, em Magé, meses depois de ter se casado com ela, com pacto nupcial de comunhão total de bens. Na época, após seu depoimento à delegacia, o crime foi registrado como latrocínio.
Condenada por bigamia
A Viúva Negra também foi condenada por bigamia. Quando era casada com o militar Jorge Ribeiro, casou-se, ao mesmo tempo, com o comerciante aposentado Nicolau Saad, que morreu logo depois. Ela passou, então, a usar uma antiga procuração do marido para transferir imóveis do falecido e acabou condenada por falsidade ideológica.
‘Currículo' tá cheio
O STF negou ainda um pedido de habeas corpus em 2009, no qual Heloísa é acusada da morte de Jorge Ribeiro, um dos maridos. Ela também é a principal suspeita da morte do ex-namorado Wargih Murad e do pedreiro que o acompanhava na ocasião. Ela é acusada ainda de tentar matar o filho de Wargih, Elie Murad, e de mandar matar o detetive por ele contratado para investigar a morte do pai, Luiz Marques da Mota.
Vítima morta a pauladas
Enquanto mantinha relacionamento com Jorge e Nicolau, Heloísa engravidou. Segundo o Tribunal de Justiça, ela induziu os dois a registrarem a criança. Em 1992, Jorge foi morto a pauladas, com as mãos amarradas, em uma sala comercial, em Copacabana. Heloísa é acusada de ser a mandante, ajudar na execução do crime e facilitar a fuga do assassino. O motivo do assassinato seriam os bens da vítima.
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