terça-feira, 26 de abril de 2011

Hipertensão arterial atinge 23,3% dos brasileiros

Proporção de brasileiros com hipertensão aumentou nos últimos cinco anos.
Dados fazem parte de pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde.



A hipertensão arterial atinge 23,3% dos brasileiros, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (26) pelo Ministério da Saúde. A proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial, de acordo com o levantamento, aumentou nos últimos cinco anos, passando de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010. Em relação ao ano passado, no entanto, o levantamento aponta recuo de 1,1 ponto percentual. Em 2009, a proporção foi de 24,4%.

Percentual de adultos com diagnóstico de hipertensão arterial
Rio de Janeiro29,2
Belo Horizonte25,5
Porto Alegre25,5
João Pessoa25,4
Recife24,9
Vitória24,5
Maceió24,3
Campo Grande23,5
Distrito Federal23,1
Curitiba23,0
Rio Branco23,0
São Paulo22,9
Natal22,1
Aracaju22,0
Cuiabá22,0
Goiânia21,5
Salvador21,2
Fortaleza21,1
Teresina21,0
Florianópolis20,8
Macapá19,4
Boa Vista18,8
Porto Velho18,3
Manaus18,1
São Luís18,0
Belém17,5
Palmas13,8


Fonte: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
Os dados fazem parte da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Em 2010, foram entrevistados 54.339 adultos nas 26 capitais e no Distrito Federal.
Segundo o Ministério da Saúde, a pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. Esse movimento acaba sobrecarregando vários órgãos, como coração, rins e cérebro. Se a hipertensão não for tratada, pode causar entupimento de artérias, acidente vascular cerebral e infarto.
Diagnóstico
De acordo com a pesquisa, o diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres - 25,5% - do que em homens - 20,7%. Nos dois sexos, no entanto, o diagnóstico de hipertensão arterial se torna mais comum com a idade, alcançando cerca de 8% dos indivíduos entre os 18 e os 24 anos de idade e mais de 50% na faixa etária de 55 anos ou mais de idade.
Segundo o Ministério da Saúde, "o aumento das prevalências se deve ao maior acesso da população ao diagnóstico na atenção primária de saúde. E as mulheres procuram mais o diagnóstico na atenção básica, daí uma prevalência mais significativa entre elas".
O estudo aponta que a associação inversa entre nível de escolaridade e diagnóstico é mais marcada na população feminina: enquanto 34,8% das mulheres com até oito anos de escolaridade apresentam diagnóstico de hipertensão arterial, a mesma condição é observada em apenas 13,5% das mulheres com doze ou mais anos de escolaridade.
Capitais
Entre as capitais, Palmas tem o menor percentual de adultos com diagnóstico de hipertensão, com 13,8%. O Rio de Janeiro tem o maior percentual - 29,2%. Entre os homens, as maiores frequências de hipertensão ocorrem no Distrito Federal (28,8%), Belo Horizonte (25,1%), e Recife (23,6%); e as menores, em Palmas (14,3%), Boa Vista (14,6%) e Manaus (15,3%).
Entre mulheres, os maiores percentuais foram no Rio de Janeiro (33,9%), Porto Alegre (29,5%) e João Pessoa (28,7%); e os menores, em Palmas (13,2%), Belém (17,4%) e Distrito Federal (18,1%).
 Metade dos brasileiros com mais de 55 anos tem hipertensão
Estudo do Ministério da Saúde revela que quanto mais a população vai envelhecendo, maior o risco de ter pressão alta

Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira mostram que metade dos brasileiros com mais de 55 anos tem hipertensão. De acordo com o ministério, quanto mais a população vai envelhecendo, maior o risco de ter pressão alta, fator que contribui significativamente para o surgimento de doenças cardíacas.

Na faixa acima de 65 anos de idade, 60,2% dos brasileiros têm a doença. A prevalência da hipertensão entre os jovens é bem menor. Na faixa de 18 a 24 anos de idade, somente 8% foram diagnosticados com a doença.

Nos últimos cinco anos, tem aumentado o número de brasileiros com hipertensão. Em 2006, 21,6% da população tinha a doença. Em 2010, essa taxa subiu para 23,3% - um recuo de 1,1 ponto percentual na comparação com o ano anterior. Apesar do crescimento registrado nos últimos anos, o ministro Alexandre Padilha avalia que a tendência é de estabilização dos indicadores.

Os dados fazem parte da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônicos (Vigitel) de 2010, feita anualmente em todas as capitais brasileiras por servidores do ministério e da Universidade de São Paulo (USP).

Veja como reduzir o consumo de sal, um dos vilões da hipertensão:

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