A pílula anticoncepcional completa 50 anos neste ano e é considerada um marco na liberdade sexual feminina. Com ela, a mulher passou a poder decidir entre engravidar ou não. Em contrapartida, passou a enfrentar alguns problemas, como o aumento das doenças sexualmente transmissíveis, do câncer do colo do útero, além dos efeitos colaterais. Felizmente, neste meio século, a composição do medicamento evoluiu e, atualmente, os efeitos são bem menores. Menores, mas ainda existem. As manchas na pele das mulheres - mais propensas a isso - estão aí e não nos deixam mentir. Assim, como a retenção de líquidos e a temida celulite.
Há muitas opções. A pílula à base de progesterona, por exemplo, é mais aconselhável para as mulheres que tem propensão à manchas de pele. Mas é sempre bom lembrar que cabe ao médico prescrever o medicamento.
Justamente por isso, a Revista. AG convidou os ginecologistas Carlos Moschen, Ronney Antonio e o chefe do departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Ufes, Justino Mameri Filho, para auxiliar nessa escolha. Os especialistas apresentaram os prós e contras de 10 anticoncepcionais. Confira!
Na sociedade moderna, onde todos têm liberdade de escolha, a prevenção de uma gravidez indesejada se tornou parte da nossa vida quotidiana. Embora algumas pessoas não acreditem em controle de natalidade, devido à sua religiosa ou moral considera, por aqueles que confiam nele, escolhendo o método de controle de natalidade direito pode ser um desafio. Aqui estão os 10 melhores métodos de controle mais eficazes.
1 Pílula anticoncepcional. Ela é composta pelos hormônios estrogênio e progesterona, que fazem o bloqueio da ovulação no útero. É indicada para mulheres que têm determinadas patologias, como endometriose e cólicas menstruais fortes, além de evitar a gravidez - seu maior objetivo.
2 Anel vaginal. Funciona igual ao anticoncepcional comum. A própria vagina absorve o medicamento com o efeito anticoncepcional. Qualquer pessoa pode usar. Só depende da adaptação da paciente. É bom para quem costuma esquecer de tomar ou sente enjoo com a pílula. Não atrapalha a atividade sexual. A própria mulher coloca no canal vaginal na primeira menstruação e retira 21 dias depois.
3 Adesivo. É da cor da pele e deve ser trocado de sete em sete dias. É indicado para quem costuma esquecer de tomar a pílula. A pele absorve o medicamento. O único inconveniente é um adesivo fixado na pele. Banho, sauna e suor não atrapalham o efeito do medicamento, que custa, em média, R$ 40,00 ao mês.
4 Implante. É um anticoncepcional colocado embaixo da pele do braço. Tem o formato de um bastão de silicone, com micro furos que liberam por dia microgramas do medicamento. Possui quatro centímetros de comprimento e um milímetro de espessura. É comercializado no Estado por R$ 600,00, em média. Alguns médicos dizem que esse procedimento causa sagramento irregular, escapes. Para colocá-lo é necessário uma anestesia local.
5 Injeção mensal. É composta pelos hormônios estrogênio e progesterona. Com esse método, a mulher continua menstruando normalmente. A recomendação é aplicá-la sempre na mesma data ou sete dias após menstruar. O único inconveniente é a picada. É aconselhada para quem costuma esquecer, ou não quer que outra pessoa saiba da prevenção.
6 Injeção trimestral. Além de ser um método anticoncepcional, o objetivo desse medicamento é fazer a mulher parar de menstruar. Deve ser aplicada no terceiro dia menstruação. Após a primeira, deve ser feita de três em três meses, na mesma data. Pode ter efeitos colaterais em algumas pacientes, como ganho de peso, depressão e redução de líbido.
7 Dispositivo Intra-Uterino (DIU) de progesterona. Como o nome já diz, é inserido dentro do útero, onde os progestágenos são liberados. Considerado um dos métodos de maior eficácia, possui menos efeito colateral do que o implante e a injeção trimestral. Reduz o fluxo ou causa a parada de menstruação. Sua durabilidade é de cinco anos. O valor varia entre R$ 900,00 (consultório) e R$ 1.300,00 (cirurgia).
8 Dispositivo Intra-Uterino (DIU) de cobre. É o mais tradicional. Com ele, a mulher menstrua todo mês. Pode ser colocado no consultório. Dura de 5 a 10 anos e é encontrado na rede pública de saúde. Na rede privada, o valor é, em média, R$ 500,00.
9 Minipílula de progesterona. Esse método é indicado para mulheres que amamentam regularmente. O nível hormonal é muito baixo, por isso, é incapaz de evitar a ovulação. Por não ter o hormônio estrogênio, não interfere na qualidade e quantidade do leite.
10 Pílula de progesterona. É recomendada para todas às mulheres que estão em idade avançada, pré-menopausadas e com riscos cardiovasculares - fumantes ou com histórico de trombose. Ela bloqueia a menstruação. É indicada também para diabéticas por não ter estrogênio, responsável pelo aumento à resistência de insulina. Deve ser ingerida continuamente sem interrupção. Começa no primeiro dia da menstruação. Algumas pessoas podem passar a ter um pouco mais de acne e seborreia, mas não é frequente, o que mais ocorre é o escape menstrual. As pílulas mais modernas custam em torno de R$ 40,00.
Pílula do dia seguinte
É indicada para casos extraordinários, onde o método utilizado falhou ou a pessoa teve uma relação desprotegida no período fértil. A contracepção de emergência, como o nome já diz, deve ser feita o mais rápido possível - após a relação. Dentro das primeiras 24h, a eficácia dela é de 98%.
A Gazeta
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