sexta-feira, 9 de julho de 2010

Goleiro Bruno não quer ceder material genético para investigação

O chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, o delegado Edson Moreira, informou nesta sexta-feira que os suspeitos do homicídio de Eliza Samudio não concordaram em ceder material genético para as investigações. Ele ressaltou que o goleiro Bruno, seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido pelos apelidos de Neném, Bola e Paulista, foram "instruídos por seus advogados e apenas utilizaram um artifício previsto na lei".

Ainda assim, Edson Moreira demonstra confiança em colher outras provas para desvendar o desaparecimento da ex-amante de Bruno. "Claro que (a rejeição em ceder o material genético) vai atrasar as investigações, mas pela competência das pessoas que estão trabalhando, só vai retardar mesmo, não vai atrapalhar", avisou.

Edson Moreira ainda revelou nesta sexta-feira o teor do rápido contato que teve com Bruno na chegada à Divisão de Investigação (DI), em Belo Horizonte. "Dei as boas vindas, agora ele está aqui em Minas Gerais. Ele não respondeu nada não", disse, sorridente.

Desde que se entregou à polícia, Bruno transparece um sentimento de indiferença, tanto que declarou preocupação maior em perder uma chance na Copa de 2014. Experiente, Edson Moreira acha, porém, que ele começa a perceber a gravidade de sua situação.

"O Bruno está mostrando que não está abalado, não está muito interessado. Mas o que está demonstrando certamente não é o que sente", opinou.

Inicialmente, as autoridades descartam um sentimento de ansiedade para escutar os suspeitos. Neste momento, a polícia retoma as buscas por restos mortais de Eliza Samudio na residência na região de Vespasiano (MG), onde ela teria sido assassinada e desossada por Marcos Aparecido dos Santos, e no sítio de Bruno.

"Temos 30 dias para ouvir o depoimentos do Bruno, do Macarrão e do Bola. Se for necessário, podemos ampliar a prisão provisória deles", afirmou o delegado.

No Rio de Janeiro, Bruno e Macarrão tiveram a prisão preventiva decretada pelo sequestro de Eliza Samudio no ano passado. Desta forma, eles podem ficar detidos até a data do julgamento do caso.

Fonte: Abril Notícias

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