Luan Santana: o sucesso meteórico do ídolo teen sertanejo
— Não, eu nunca passei necessidade. Minha vida sempre foi normal, com conforto, graças a Deus — assume o matogrossense, filho de um bancário e de uma artista plástica.
Fã declarado de Zezé Di Camargo & Luciano, Luan cresceu ouvindo modas de viola nos churrascos em família. Hoje, nos cerca de 25 shows que apresenta por mês Brasil afora — ele fechou 2009 com 300 apresentações e prossegue na maratona —, coloca centenas de crianças e adolescentes para cantar, na maior empolgação, clássicos sertanejos como “Telefone mudo” e “As andorinhas” entremeados a hits do axé, como “Diga que valeu” e “Rebolation”.
Semana passada, em sua primeira apresentação no Rio, enquanto as mocinhas se descabelavam, espremidas na grade em frente ao palco, os pais observavam a histeria de longe, satisfeitos.
— É bom saber que nossa filha curte um artista tão bom moço — afirmava a administradora Stael Corrêa Ravalhia, de 48 anos, que com o marido, Jael, levou a filha Estella, de 17 anos, e a afilhada dela, Nathalia, de 11, ao show: — Acompanhei todas as fases dela, de Sandy & Junior, passando por Felipe Dylon e KLB até chegar ao RBD. A gente se preocupa, adolescente tem uma cabeça muito confusa.
E o artista é consciente de sua influência na vida dos fãs:
— Por eu ter começado muito jovem na noite, convivi com drogas e bebidas, mas nunca me deixei envolver. Ninguém melhor do que eu para passar uma mensagem positiva. Sou assim, fui criado assim, não forço nada. É por isso que a galera se identifica.
Vizinhas de condomínio, sete amigas chegaram uniformizadas com uma camiseta especialmente criada para o show. O sonho de todas elas? Ser a escolhida para subir ao palco durante a música “Chocolate”, em que Luan coloca um pedaço do doce na boca da fã e dança agarradinho com ela.
— Luan é o vesguinho mais bonito do mundo! — dizia Amanda Passos, de 13 anos.
Luan Santana no Hotel em Paranavai - Bastidores
Elas perdem a linha
Luan Santana vive sendo agarrado e beijado à força, e já foi surpreendido com uma fã invadindo seu quarto de hotel pela janela. A maior saia justa, porém, aconteceu num camarim:
— A menina cismou que queria um autógrafo na bunda e foi abaixando as calças. Fiquei constrangido, e ela se contentou com uma assinatura na barriga.
E o assanhamento não para por aí. Como que uma espécie de “Wando teen”, Luan vira alvo de atiradoras de sutiãs insandecidas durante seus shows:
— Acontece sempre. É um assédio muito louco! Chega a ser engraçado...
Mergulhado em trabalho e, portanto, solteiro, o cantor afirma que fãs têm, sim, chances com ele:
— Não saio pegando todo dia, mas fico com elas. Se for bonita, não há por que negar. Já para namorar é diferente...
Só na aba
Mas nem só com fãs do sexo feminino se lota uma plateia de Luan Santana. Muitos garotos veem no show uma oportunidade de se darem bem junto às gatinhas. Caso do quase-xará do cantor, Loan Casé, de 18 anos, que saiu de Guadalupe numa sexta-feira chuvosa para fazer o sacrifício de acompanhar a prima, Mayara, de 15, à casa de espetáculos da Barra:
— Tenho uma inveja infinita desse cara. Olha quanta mulher nesse lugar! De repente, sobra uma pra mim.
Fase perdida Tamanho assédio, diz Luan, assusta, mas é compensador. O rapaz de sucesso meteórico já fez até ponta como ator, em “Malhação”, no início do ano.
— A experiência foi ótima, ajudou na divulgação da minha carreira, mas não quero seguir adiante com isso. Meu negócio é cantar — explica, ciente de que na vida há ganhos e perdas: — Perdi minha liberdade, estou perdendo a adolescência. Essa era a hora de sair e curtir com os amigos. Sei que vou pular essa fase, e talvez no futuro eu sinta uma saudade do que não vivi.
O primeiro sonho de consumo, comprar um carro, Luan realizou há pouco mais de uma semana. Ontem, os 19 anos de vida chegaram com novas metas:
— Ainda vou comprar uma fazenda. Espero ter pelo menos mais 20 anos de carreira e alcançar o sucesso que Michael Jackson conseguiu.
Fonte: EXTRA
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