A dona de casa Maria Lúcia de Souza Lopes e a irmã de Márcio Luiz de Souza Lopes não consegue conter o choro e se abraçam
Foto: Márcio Leijoto/Especial para Terra
A polícia localizou na manhã deste domingo quatro corpos de vítimas do pedreiro suspeito de matar seis meninos no município de Luziânia (GO), a 196 km de Goiânia. No sábado, já haviam sido encontrados outros dois cadáveres. O homem foi preso ontem acusado de ter assassinado os adolescentes de Luziânia, no interior de Goiás, desaparecidos desde o fim do ano passado e no início de 2010. De acordo com a polícia, ele confessou os crimes.
Os seis corpos estavam em uma mata, a 300 m da BR-040 entre os municípios de Luziânia e Cristalina, a 268 km da capital do Estado, onde ele afirmou no sábado que teria mais corpos. Assim que clareou o dia, a polícia seguiu com o suspeito para o local. Os cadáveres só serão removidos da mata após a perícia.
De acordo com o delegado regional de combate ao crime organizado da Polícia Federal do Distrito Federal e região, Wesley Almeida, os corpos só poderão ser reconhecidos por exames de DNA.
No sábado, além do pedreiro, foram presas quatro pessoas que fazem parte da vida social dele - a irmã, o cunhado, o sobrinho e um amigo. A polícia investiga a participação deles nos crimes.
Segundo os delegados responsáveis pelo caso, o pedreiro disse que oferecia dinheiro - entre R$ 10 e R$ 50 - para os meninos em troca de algum serviço. Para duas das vítimas ele teria dito que o ajudariam a pescar próximo a essa mata - local de difícil acesso e no qual foram localizados os corpos.
No sábado, quando foi preso, o homem não teve condições psicológicas para prestar depoimento formal, pois estava transtornado.
Para chegar ao suspeito, a polícia verificou as fichas criminais dos moradores da região buscando os que tinham precedentes por crimes sexuais. O pedreiro ficou preso de 2005 a 2009 por assédio sexual contra um adolescente. Uma semana após ser beneficiado com a progressão da pena, teria ralizado o primeiro crime. Segundo a polícia, laudo psiquiátrico dele aponta que o homem é uma pessoa "perigosa".
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